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Catolicismo - Wikipédia

Catolicismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cristianismo
HISTÓRIA

Teologia cristã
Santíssima Trindade:
Deus, o Pai
Cristo, o Filho
O Espírito Santo

A BÍBLIA

Igrejas Cristãs:
Igreja Católica
Igreja Ortodoxa
Igreja Anglicana
Igrejas Protestantes

Catolicismo
Denominações Cristãs
Culto Cristão

Catolicismo é a fé ou a religião "católica", termo que por sua vez vem do grego antigo: καθολικός, que quer dizer "universal".

Índice

[editar] Introdução

Até a meados dos séc. XI, por Igreja Católica se referia a todas as dioceses que eram oriundas da Sucessão dos Apóstolos. Os cristãos ocidentais eram chamados de católicos e os orientais de ortodoxos.

Após o Cisma entre o Papa e o Patriarca de Constantinopla em 1054, convencionou-se chamar de Igreja Católica ao conjunto de dioceses do Ocidente e Oriente que seguiram a liderança do Papa; e Igreja Ortodoxa o conjunto de dioceses do Oriente que seguiram a liderança do Patriarca de Constantinopla.

Nestes termos, por Igreja Católica entende-se o conjunto de todas as Igrejas que estão em comunhão com o Papa. Por exemplo: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Católica Melquita, Igreja Católica Maronita, Igreja Católica Siríaca e etc.

Entretanto, não se deve entender esta diversidade como denominações. O Termo denominação como é usado no Protestantismo é inadequado quando aplicado à Igreja Católica. No Protestantismo o termo refere-se a agremiações de fiés que são independentes entre si, tanto no governo, na disciplina e doutrina. Na Igreja Católica, a diferença de nomenclatura diz respeito apenas à diversidade do rito litúrgico (Liturgia) e à independencia das leis disciplinares (Código de Direito Canônico).

Conforme o exposto, por Igreja Ortodoxa entende-se o conjunto de todas as Igrejas que estão em comunhão com o Patriarca de Constantinopla, que também é chamado de Patriarca Ecumênico. São elas Igreja Ortodoxa Copta, Igreja Ortodoxa Grega, Igreja Ortodoxa Russa, para citar alguns exemplos.

No seu sentido mais estreito e mais vulgar, mas incorrecto se formos comparar com o sentido teológico dado a este termo pela Igreja Católica, o termo católico é usado para referir somente a Igreja Católica Apostólica Romana, sob o Papado, que tem cerca de mil milhões de fiéis, cerca de um sexto da População mundial, o que a transforma não só na maior agremiação cristã (representado cerca de metade dos cristãos do mundo) como também no maior ramo de qualquer religião[1] logo seguida pelo Islão Sunni. As suas características distintivas são a aceitação da autoridade do Papa, o Bispo de Roma, e a comunhão com ele, e aceitarem na sua autoridade em matéria de "fé" e "moral" e a sua afirmação de "total, supremo e universal poder sobre toda a Igreja".

[editar] Significado de "Catolicismo"

Santíssima Trindade em miniatura francesa do século 14

[editar] Os credos e o Catolicismo

A palavra católico surge nos principais credos (definições de fé semelhantes a preces) cristãos, nomeadamente no Credo dos Apóstolos e no Credo Niceno-Constantinopolitano. Os cristãos da maior parte das igrejas afirmam a sua fé "numa única santa Igreja católica e apostólica". Esta crença refere-se à sua crença na unidade última de todas as igrejas sob um Deus e um Salvador. No entanto, neste contexto, a palavra católico é usada pelos crentes num sentido definitivo (isto é, universal), e não como o nome de um corpo religioso. Neste tipo de uso, a palavra é geralmente escrita com c minúsculo, enquanto que o C maiúsculo se refere ao sentido descrito neste artigo.

[editar] Catolicismo

No Cristianismo, as principais fés a se considerarem católicas, além da Igreja Católica, são a Igreja Católica Antiga, a Velha Igreja Católica, a Igreja Católica Liberal, a Associação Patriótica Católica Chinesa e alguns elementos da anglicanos (os "Anglicanos da Alta Igreja", ou os "Anglo-Católicos"). Estes grupos têm crenças e praticam rituais religiosos semelhantes às da Igreja Católica, mas diferem substancialmente destes no que diz respeito ao estatuto, poder e influência do Bispo de Roma.

As várias igrejas da Ortodoxia de Leste e Ortodoxia Oriental pensam em si próprias como igrejas Católicas no sentido de serem a Igreja "universal". As igrejas Ortodoxas vêem geralmente os "Católicos" Latinos como cismáticos heréticos que saíram da "verdadeira igreja católica e apostólica" (veja Grande Cisma). Os Patriarcas da Ortodoxia Oriental são hierarcas autocéfalos, o que significa, grosso-modo, que cada um deles é independente da supervisão directa de outro bispo (embora ainda estejam sujeitos ao todo do seu sínodo de bispos). Não estão em comunhão com o Papa e não reconhecem a sua reivindicação à chefia da Igreja Universal enquanto instituição terrena. Existem também Católicos de Rito Oriental cuja liturgia se assemelha à dos Ortodoxos, e que também permitem a ordenação de homens casados, mas que reconhecem o Papa como chefe da sua igreja.

Alguns grupos chamam a si próprios católicos, mas esse qualificativo é questionável: por exemplo, a Igreja Católica Liberal, que se originou como uma dissensão da Velha Igreja Católica mas que incorporou tanta teosofia na sua doutrina que já pouco tem em comum com o Catolicismo.

[editar] Igreja Católica

CATOLICISMO
HISTÓRIA

TEOLOGIA CATÓLICA

DOGMAS
Santíssima Trindade:
Deus, o Pai
Cristo, o Filho
O Espírito Santo

A BÍBLIA
CATECISMO

VIRGEM MARIA
SANTOS
PAPAS
DOUTORES

CULTO de
TRADIÇÃO LITÚRGICA

IGREJA CATÓLICA

Outras Igrejas consideradas
"católicas" mas que não
estão em comunhão
com o Papa
I. C. A. Brasileira,
Velha Igreja Católica,
Igreja Católica Liberal,
I. C. Conservadora do Brasil,
Anglo-catolicismo
...

Ver artigo principal:Igreja Católica.

A principal e maior denominação Católica é, sem dúvida, a "Igreja Católica". Tem esse nome porque todos os seus aderentes estão em comunhão com o Papa e a maior parte das paróquias seguem o Rito Latino ou Romano na prece, embora haja outros ritos.

De acordo com sua doutrina tradicional, o Papa, Bispo de Roma e Sucessor de S. Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja Universal. É o vigário de Cristo, cabeça do colégio dos Bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual, por instituição divina, tem poder, pleno, supremo, imediato e universal.

Fora da comunhão com o Bispo de Roma, existem outras denominações. Só no Brasil, são mais de setenta denominações de igrejas brasileiras: como a Igreja Católica Apostólica Brasileira, Velha Igreja Católica, Igreja Católica Carismática, Igreja Católica Conservadora do Brasil, Igreja Católica Primitiva, entre outras.

A Igreja Católica, sediada em Roma, cresceu de maneira extraordinária após a conversão de Constantino, que concedeu liberdade de culto aos cristãos (que antes eram perseguidos), através do Edito de Milão. Acabando com a perseguição aos cristãos, Constantino incluiu modificações contundentes nas estruturas do Império Romano, como a adoção da cruz no uniforme dos seus soldados, símbolo miraculoso visto por ele durante a quase perdida batalha com Mascentius, onde, após a visão, venceu o conflito.

Após conseguir, sem mais entraves, penetrar na sociedade romana, o cristianismo oficial do Império Romano (tornado religião do Estado pelo Imperador Teodósio) tornou-se num instrumento importante para a unificação do império e para a consolidação de suas fronteiras.

Depois de Constantino, o primeiro Imperador Romano a se converter ao cristianismo oficial foi Justiniano, o último dos imperadores romanos.

[editar] Anglo-Catolicismo

O Anglicanismo, sendo embora uma única igreja, está na prática dividido em dois ramos, os "Anglicanos da Alta Igreja", também chamados Anglo-Católicos e os "Anglicanos da Baixa Igreja", também conhecidos como Evangélica. Embora todos os elementos da Comunhão Anglicana recitem os mesmos credos, os Anglicanos da Baixa Igreja tratam a palavra Católico no credo como um mero sinónimo antigo para universal, ao passo que os Anglicanos da Alta Igreja a tratam como o nome da igreja de Cristo à qual pertencem eles, a Igreja Católica, e outras igrejas da Sucessão Apostólica.

O Anglo-Catolicismo tem crenças e pratica rituais religiosos semelhantes às da Igreja Católica. Os elementos semelhantes incluem a celebração de sete sacramentos; a crença na Real Presença de Cristo na Eucaristia; a devoção à Virgem Maria e aos santos (mas não hiperdulia); a descrição do seu clero ordenado como "padres"; o vestir vestimentas próprias na liturgia da igreja, e por vezes até mesmo a descrição das suas celebrações Eucarísticas como Missa. A sua principal divergência da Igreja Católica reside no estatuto, poder e influência do Bispo de Roma. Também na crença e aderência aos 39 Artigos de Religião, que definiu o Anglicanismo como denominação protestante. Usa também o Livro de Oração Comum em sua liturgia.

O desenvolvimento da ala Anglo-Católica do Anglicanismo teve lugar principalmente no Século XIX e está fortemente associado ao Movimento de Oxford. Dois dos seus líderes, John Henry Newman e Henry Edward Manning, ambos ordenados cléricos anglicanos, acabaram por aderir à Igreja Católica e por se tornarem Cardeais.

Embora o termo Catolicismo seja geralmente, e erradamente, usado para designar somente a Igreja Católica Apostólica Romana, muitos Anglo-Católicos usam-no para se referirem também a si próprios, como parte da Igreja Católica geral (e não apenas Romana). Na verdade, algumas igrejas anglicanas, como a Catedral de St. Patrick em Dublin ou a "Catedral Nacional" da Igreja da Irlanda (anglicana), referem-se a si próprias como parte da "Comunhão Católica" e como "Igrejas Católicas" em anúncios dentro e em torno delas.

[editar] História e influência

Pintura do martírio de São Pedro - a Igreja Católica Apostólica Romana acredita ter sido fundada por Cristo, que teria apontado Pedro, depois Bispo de Roma, como chefe dos Apóstolos (cf. Mt 16, 18).
Pintura do martírio de São Pedro - a Igreja Católica Apostólica Romana acredita ter sido fundada por Cristo, que teria apontado Pedro, depois Bispo de Roma, como chefe dos Apóstolos (cf. Mt 16, 18).

Ver artigo principal:História da Igreja Católica.

O Cristianismo nasceu e desenvolveu-se dentro do quadro político-cultural do Império Romano. Durante três séculos o império pagão perseguiu os cristãos, porque a sua religião representava outro universalismo e proibia os fiéis de prestarem culto religioso ao soberano.

No decurso do século IV, o Cristianismo começou a ser tolerado pelo Império, para alcançar depois um estatuto de liberdade e converter-se finalmente, no tempo de Teodósio, em religião oficial do Estado. O imperador romano, por esta época, convocou as grandes assembléias dos bispos, a saber os concílios, e a Igreja pôde então dar início à organizaçao de suas estruturas territoriais.

A igreja cristã na região do Mediterraneo foi organizada sob cinco patriarcas, os bispos de Jerusalém, Antióquia, Alexandria, Constantinopla e Roma. As antigas comunidades cristãs foram, então sucedidas pela "sociedade cristã", o cristianismo passou de religião das minorias para então se tornar em religião das multidões. Com a decadência do Império os bispos pouco a pouco foram assumindo funções civis de caráter supletivo e a escolha do bispo passou a ser mais por escolha do clero do que pela pequena comunidade, segundo as fórmulas antigas. Por essa época não foram poucas as intervenções dos nobres e imperadores nas suas escolhas. Figuras expressivas da vida civil foram alçadas à condição de bispo, exemplo disto foram Santo Ambrósio, governador da Alta Itália que passou a bispo de Milão; São Paulino de Nola, ex-consul e Sidônio Apolinário, genro do imperador Avito e senhor do Sul das Gálias, que foi eleito bispo de Clermont-Ferrand.

Antes de findar o século IV o Concílio de Niceia (325) e o I de Constantinopla, em respostas às heresias arianas e ao macedonismo, formularam a doutrina da Santíssima Trindade que ficou fixada no seu conjunto no "Símbolo niceno-constantinopolitano". Por esta época colocou-se a questão da humanidade e divindade de Cristo que ficou definida no Concílio de Éfeso, convocado pelo imperador Teodósio II, que afirmou que Cristo é "perfeito Deus e perfeito homem" e definiu como conseqüencia o dogma da Maternidade Divina de Maria (Theotokos) em resposta à heresia Nestoriana (do bispo Nestório) que lhe atribuia apenas o Christotokos (Mãe de Cristo). Esta posição depois foi reafirmada no Concílio de Calcedônia (451) e no III de Constantinopla (680).

[editar] Padres da Igreja

Os tempos de ouro da Patrística foram os séculos IV e V, embora possa se entender que se estenda até o século VII a chamada "idade dos Padres". Os principais Padres do Oriente foram: Eusébio de Cesareia, Santo Atanásio, Basílio de Cesareia, Gregório de Nisa e Gregório Nazianzo, São João Crisóstomo e São Cirilo de Alexandria, este considerado o principal mariólogo dentre os Padres da Igreja.

Os principais padres ocidentais são: Santo Agostinho, autor das "Confissões", obra prima da literatura universal e Santo Ambrósio, Eusébio Jerônimo, dálmata, conhecido como São Jerônimo que traduziu a Bíblia diretamente do arameu e do hebreu para o latim. Esta versão é a célebre Vulgata, cuja autenticidade foi declara pelo Concílio de Trento, e ainda São Leão Magno e Gregório Magno, este um romano com vistas para a Idade Média, as suas obras "os Morais e os Diálogos" serão lidas pelos intelectuais da Idade Média, e o canto "gregoriano" permanece vivo até os dias de hoje. Santo Isidoro de Sevilha, falecido em 636, é considerado o último dos grandes padres ocidentais.

Por esta época surgiu o monaquismo. Em busca de uma imitação de Cristo mais perfeita, com o tempo o ascetismo cristão tomou formas de afastamento do mundo. Santo Antão é figura-símbolo do monaquismo dos primeiros séculos, mas a sua figura central é São Bento que com os seus dois primeiros mosteiros e a sua famosa "Regra" serviu de referência típica para o monaquismo, principalmente no Ocidente. Na idade média os mosteiros prestarão relevantes serviços e, denre outros, tiveram a grande missão de conservar a cultura antiga.

[editar] Novos horizontes

O Cristianismo, com a invasão dos bárbaros germânicos vindos do oriente a partir do século IV, teve nova oportunidade de expansão. Missionários levaram a mensagem do cristianismo para além das divisas antigas do Império. Winifrid, monge inglês que mudou o nome para Bonifácio, foi o grande apóstolo da Alemanha. Nos primórdios do século VI, no Natal, Clodoveu, rei dos francos recebeu o batismo católico, com ele todo o reino se converteu ao catolicismo. A França é considerada a filha primogênita da Igreja. Os magiares se converteram acompanhando o seu rei Santo Estevão, os boêmios com São Wenceslau e os poloneses com o batizado do duque Miezko.

O meditarrâneo, no entanto, por volta do século VII se viu às voltas com o avanço mulçumano, estes dominaram o norte da África, parte do Oriente que havia sido cristianizado e, no ano 711, desembarcaram na Península Ibérica para conquistar com velocidade surpreendente o reino visigodo cristão e, a final, serem detidos em Poitiers por Carlos Martel. Permaneceram os islâmicos por oito séculos na península. O relacionamento, neste período, entre mulçumanos e cristãos conheceu altos e baixos e muitas variáveis, desde inimigos em combates históricos a aliados episódicos contra vizinhos desafetos, uns e outros suportaram a dominação do adversário de forma desigual e inconstante, segundo as circunstâncias históricas de cada século. No início da Idade Média o Cristianismo sofreu ingerências dos senhores feudais, tanto nos bispados como na Santa sé o que levou a vida eclesiástica a sofrer uma decadência moral.

[editar] O Grande Cisma

O Bispo de Roma era tido pelos outros Patriarcas como "o primeiro entre iguais", embora o seu estatuto e influência tenha crescido quando Roma era a capital do império, com as disputas doutrinárias ou procedimentais a serem frequentemente remetidas a Roma para obter uma opinião. Mas quando a capital se mudou para Constantinopla, a sua influência diminuiu. Enquanto Roma reclamava uma autoridade que lhe provinha de São Pedro (que, segundo a tradição, morreu naquela cidade, e é considerado por ela o primeiro papa) e São Paulo, Constantinopla tornara-se a residência do Imperador e do Senado.

Uma série de dificuldades complexas (disputas doutrinárias, Concílios disputados, a evolução de ritos separados e se a posição do Papa de Roma era ou não de real autoridade ou apenas de respeito) levaram à divisão em 1054 que separou a Igreja entre a Igreja Católica no Ocidente e a Igreja CatólicaOrtodoxa Oriental no Leste (Grécia, Rússia e muitas das terras eslavas, Anatólia, Síria, Egipto, etc.). A esta divisão chama-se o Grande Cisma.

[editar] Apogeu medieval

Os séculos XII e XIII formaram o apogeu clássico da cristandade medieval. Inocêncio III é a figura que desponta nesta época. Por este tempo reuniram-se concílios, surgiram as universidades, foram fundadas ordens religiosas de renome a de São Francisco de Assis, de São Domingos de Gusmão, São Bruno fundou a Cartuxa, e São Bernardo de Claraval, talvez o personagem europeu de maior importância do século XII, deu notável impulso à Ordem de Cister. Surgiram ainda a Ordem das Mercês (Mercedários), os ermitãos de Santo Agostinho, e a Ordem do Carmo dentre outras. Surge também a "Escolástica", é o tempo de Alberto Magno e de Tomás de Aquino e a Suma Teológica e do primeiro "código canônico" (Decretais de Gregório IX), recompilado por São Raimundo de Penhaforte. Surge a Universidade de Paris que tem os seu privilégios reconhecidos pelo Papa Inocêncio III, em 1215, e as de Oxford, Bolonha e Salamanca.

São deste tempo as Cruzadas, os Templários, os Hospitalários, as Ordens Militares e o "cavaleiro cristão" de que El Cid, Rodrigo Dias de Vivar, é o clássico modelo. O Papa concedia graças especiais aos combatentes, e nelas se envolveram príncipes e povos numa demonstração supranacional do elevado grau de seriedade da reliosidade da época. Também na Espanha durante a reconquista os papas decretaram algumas cruzadas contra o Islã, a mais famosa delas foi a batalha de Navas de Tolosa em 1212.

A decadência das cruzadas coincide com o movimento das missões. São Francisco de Assis consegue com o anúncio do Evangelho e o exemplo da caridade o que as armas não alcançaram. Aparecem as grandes Catedrais, a arte medieval é praticamente exclusiva arte sacra e têm lugar as grandes peregrinações com sentido penitencial: ao Santo Sepulcro, aos túmulos de São Pedro e São Paulo, em Roma e a Santiago de Compostela.

[editar] Crise e cisma do Ocidente

Ver artigo principal: Grande Cisma do Ocidente.

Correntes religiosas orientais antigas lançaram as suas raízes no sul da França e norte da Itália. sugiram os "Valdenses" e os "Albigenses" ou "Cátaros", baldados os esforços religiosos-diplomáticos de Inocêncio III este acabou por convocar uma vitoriosa cruzada chefiada por Simão de Monforte. Para continuar a luta contra esta heresia foi criada a Inquisição exclusivamente para a defesa da fé e o combate à heresia. Nesta empresa rivalizaram o poder eclesiástico e o poder civil. Em 1232 foi criada por Gregório IX a Inquisição Pontifícia, tanto o sistema penal da época como o processo inquisitorial tiveram graves defeitos que ferem a sensibilidade do homem moderno.

A Baixa Idade Média viu ainda surgir novas doutrinas heréticas, notadamente as de Wiclef, professor em Oxford, cujas proposiçõe são consideradas como percursoras dos reformadores do séc. XVI e tiveram forte influência sobre João Huss, cujas idéias tiveram ampla aceitação na Boêmia.

Os violentos conflitos entre o Imperador Frederico II e os Papas Gregório IX e Inocêncio IV forma a causa imediata da crise do sistema doutrinal e político da cristandade no século XIII, o que gerou um ressentimento dos povos germânicos contra o papado e que se constitui em causa remota que favoreceu a revolução luterana. Os conflitos entre Bonifácio VIII e Felipe, o Belo, rei da França culminaram com o Papa prisioneiro em Avinhão. Em Avinhão o ponfitificado afrancesou-se, foram franceses o sete papas que ali se sucederam bem como a grande maioria dos cardeais. Apareceu um nacionalismo eclesiástico que desperta o interesse dos soberanos do ocidente. Em 1377 Gregório XI retorna a Sé Apostólica para Roma, no episódio sobressai a figura de Santa Catarina de Sena.

A crise culmina no Cisma do Ocidente, os reis europeus se filiam a diferentes papas segundo as sua conveniências, chegam a ter até tres papas, cada um pretendendo ser a única cabeça legítima da Igreja. O Cisma deixou a cristandade dividida e perplexa, até mesmo entre os santos: Santa Catarina de Sena manteve-se ao lado de Urbano VI enquanto São Vicente Ferrer posicionou-se a favor de do Papa de Avinhão, Clemente VII. O Cisma do Ocidente vai de 1378 a 1417 e só vai terminar com a eleição de Martinho V, quando a Igreja recupera a sua unidade.

[editar] A transição, Constantinopla e a América

Vários fatores contraditórios coincidem na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. As elites são alimentaas por nova visão, agora antropocêntrica e por um certo retorno à antiguidade pagã. Os papas do renascimento são mais voltados para as artes e letras, tornaram-se verdadeiros mecenas, e para o governo temporal que para os problemas disciplinares eclesiásticos e para as questões espirituais.

Constantinopla cai no dia 29 de maio de 1453 na mão dos turcos otomanos, perde-se o Império Cristão do Oriente que começava a se reaproximar depois do "Grande Cisma", a descoberta das Américas abre caminho para o Evangelho chegar a novos povos. É deste tempo, o Humanismo, culto exagerado dos clássicos latinos e gregos, defendia uma piedade erudita, o maior dos humanistas foi Desidério Erasmo (1466 - 1536), de Rotterdam, amigo de Thomas Morus, mas na verdade, com exceção da Espanha, onde o humanismo apoiado pelo Cardeal Cisneros foi sinceramente cristão, a herança religiosa dos humanistas pouco contribuiu para uma esperada reforma da Igreja.

A grande divisão seguinte da Igreja Católica ocorreu no século XVI com a Reforma Protestante, durante a qual se formaram muitas das denominações Protestantes.

[editar] Bibliografia

  • COLLANTES, Justo. A fé católica: documentos do Magistério da Igreja: das origens aos nossos dias / organização, introdução e notas de Justo Collantes; tradução cotejada com os originais em latim e grego. Rio de Janeiro: Lumen Christi, 2003. ISBN 85-88711-03-6
  • CRISTIANI, Mons. Brève histoire des hérèsies. Paris: Librairie Arthème Fayard, 1962.
  • CROCKER III, H. W. , Triumph - The Power and the Glory of the Catholic Church: A 2,000-Year History (Prima Publishing, 2001). ISBN 0761529241
  • DANIEL-ROPS, Henri. História da Igreja de Cristo. Tradução de Henrique Ruas; revisão de Emérico da Gama - São Paulo: Quadrante, 2006 (coleção). ISBN 85-7465-002-1
  • DUFFY, Eamon. Saints and Sinners: A History of the Popes (Yale Nota Bene, 2002). ISBN 0300091656
  • ORLANDIS, José. História breve do Cristianismo. Tradução de Osvaldo Aguiar - Lisboa: Rei dos Livros, 1993. ISBN: 972-51-0046-8
  • WOHL, Louis de. Fundada sobre a rocha, história breve da Igreja. Tradução de Teresa Jalles - Lisboa: Rei do Livros, 1993.
  • Catecismo da Igreja Católica - Tradução Portuguesa (Libreria Editrice Vatiana, 1993) São Paulo: Editoras Vozes, Paulinas, Loyola e Ave-Maria. ISBN 85-326-0910-4
  • Catechism of the Catholic Church - Tradução inglesa (Libreria Editrice Vaticana, 2000). ISBN 1574551108 [2]
  • Compêndio do Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Edições Loyola, 2005. ISBN 85-15-03125-6

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

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