Circuito impresso
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os circuitos impressos foram criados em substituição às antigas pontes onde se fixavam os componentes eletrônicos, em montagem conhecida na gíria eletrônica como montagem "aranha", devido a aparência final que o circuito tomava, principalmente onde existiam válvulas eletrônicas e seus múltiplos pinos terminais do soquete de fixação.
O circuito impresso consiste de uma placa de fenolite, fibra de vidro, fibra de poliéster, filme de poliéster, filmes específicos à base de diversos polímeros, etc, que possuem a superfície coberta numa ou nas duas faces por fina pelicula de cobre, prata, ou ligas à base de ouro, níquel entre outras, nas quais são desenhadas pistas condutoras que representam o circuito onde serão fixados os componentes eletrônicos.
[editar] Sistemas de confecção manual do diagrama antes da corrosão
Para desenhar o diagrama impresso manualmente os aficcionados ou experimentadores eletrônicos utilizam canetas especiais, algumas com ponta porosa, outras para confecção de micropistas com pontas semelhantes às canetas de nanquim. A tinta deve ser resistente à soluções ácidas ou alcalinas, conforme o metal utilizado sobre a placa isolante. Após desenhado o circuito desejado, corta-se a placa nas dimensões requeridas pelo projeto.
[editar] Sistemas de confecção industrial da placa
Na produção industrial podem ser utilizados diversos métodos, entre estes os mais conhecidos são:
- Serigrafia, onde são impressas as pistas por método serigráfico.
- Processos fotográficos de gravação, nestes a placa é banhada numa solução fotossensível, que após queimada é revelada em meio corrosivo à semelhança das fotografias.
- Processos de jatos abrasivos, nestes se usam jatos de micro esferas lançadas contra uma máscara resistente interposta entre o fluxo e a placa.
- Processos de deposição metálica, nestes são normalmente utilizados os métodos semelhantes à cromagem, ou niquelação, por galvanoplastia.
Existem mais processos menos utilizados e de baixa produtividade.
[editar] Corrosão
Para os processos semelhantes à serigrafia, fotografia ou desenho direto, é necessária a corrosão da superfície metalizada ou superfícies metalizadas da placa por mergulhamento ou por jato de solução química.A corrosão somente ocorrerá na superfície nua, isto é na superfície que não está coberta por tinta ou emulsão fotográfica queimada e revelada.
Artesanalmente ou em baixa escala de produção é utilizado o percloreto de ferro, para produção industrial em alta velocidade de corrosão é muito utilizado o ácido nítrico, entre outros.
No caso de produção artesanal, o tempo de corrosão depende da área e da espessura do metal a ser corroído além das múltiplas reutilizações da solução. Em média para se corroer uma placa de dimensões 10 x 10 cm leva-se em torno de 10 minutos.
Na corrosão industrial, o processo leva de alguns segundos a três minutos no máximo. A velocidade de corrosão praticamente independe da espessura e área a ser corroída, pois é regulada pela concentração e velocidade do jato da solução lançada sobre as placas.
[editar] Verificação artesanal da corrosão e recomendações para evitar danos ao meio ambiente
Para se ter a certeza que a corrosão da superfície foi total, usa-se uma espátula de madeira ou plástico para manipular a placa de circuito. Alguns fazem um pequeno furo na chapa e amarram um fio de nylon, fazendo-a emergir e submergir num movimento rítmico, o que causa uma melhora na qualidade e velocidade de corrosão.
Após o uso da solução, esta deve ser armazenada em recipiente de plástico ou vidro. Em caso de descarte, nunca fazê-lo na natureza ou em vasos sanitários ou pias, pois se o encanamento for metalálico será corroído, além a poluição que causará danos graves ao ambiente.
- Para o descarte das soluções utilizadas existem normas de neutralização do produto geralmente impressas na embalagem.
[editar] Pós corrosão
Quando confeccionada artesanalmente, retira-se a placa da solução (Percloreto de ferro, se for o caso), deixando-a um tempo para escorrer. Após deve-se lavá-la com bastante água corrente. Para remover a tinta da caneta ou serigráfica, usa-se removedor apropriado, geralmente indicado na embalagem da tinta, e após secá-la devemos polí-la com uma esponja de aço bem fina.
[editar] Perfuração e montagem do circuito
Limpas as trilhas de cobre, restará o trabalho de perfurar as ilhas para a fixação dos componentes eletrônicos.
Normalmente, usa-se um furador de placas ou uma broca de 1 mm de diâmetro.
[editar] Recomendações básicas para confecção artesanal
Deve-se evitar criar trilhas muito largas ou próximas entre si, isto poderá causar a inserção indesejável de elementos indutivos ou capacitivos entre as pistas, podendo ocorrer interações e mútua interferência eletromagnética, que poderá causar conseqüentemente alguma realimentação, ou oscilação indesejável do circuito eletrônico, principalmente em projetos de alta frequência.
As trilhas extremamente finas também devem ser evitadas, e utilizadas somente quando necessárias, pois poderão se partir com facilidade.
O ideal é criar trilhas com largura aproximada de 3 mm. As "ilhas" onde serão fixados os componentes, Poderão ter uma circunferência com diâmetro aproximado de 5 mm