Comic relief
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Em narratologia e nos estudos de literatura e roteiro, um 'comic relief (em inglês, literalmente, "alívio cômico") é um personagem que tem função de acrescentar humor à narrativa, quebrando situações de drama ou suspense. O termo foi popularizado nos anos 1990 a partir do memorando de Vogler e da disseminação mundial dos seriados norte-americanos, que expuseram paradigmas narrativos repetitivos (clichês).
O comic relief muitas vezes toma forma de um sidekick (amigo ou companheiro de jornada do herói). Neste uso, o personagem geralmente comenta sobre o absurdo da situação vivida pelo herói e faz outras observações que seriam inapropriadas para um personagem que deve ser levado a sério.
Muitos autores utilizam crianças como personagens de alívio cômico.
Em certos casos, a propriedade de um comic relief em algumas obras é discutível, já que determinados leitores (ou quem for o público) podem reagir negativamente em vez de serem humoristicamente provocados. Um exemplo notável foi a má recepção generalizada recebida pelo personagem Jar Jar Binks no filme Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma.
William Shakespeare utilizava com profusão este recurso em suas tragédias: o personagem recorrente Falstaff e o porteiro de Macbeth são alguns exemplos. Às vezes, a inclusão de piadas e trocadilhos feitas por ele em cenas supostamente sérias podem parecer de mau gosto para públicos atuais.
[editar] Exemplos
- o Pateta em relação ao Mickey
- o Peninha em relação ao Pato Donald
- Jar Jar Binks os andróides C-3PO e R2-D2 em Star Wars
- Q em relação a James Bond
- Merry e Pippin em relação a Sam e Frodo Bolseiro (em O Senhor dos Anéis)
- Gimli nos filmes de O Senhor dos Anéis
- Marcus em relação a Indiana Jones
- Salsicha e Scooby em relação à turma de investigadores em Scooby-Doo
- Capitão Haddock, Professor Girassol, Dupond e Dupont em Tin-Tin
- Equipe Rocket em Pokémon (anime)
- Michelangelo em Tartarugas Ninja
- Timão e Pumba em The Lion King