Comunismo de conselhos
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O Comunismo de Conselhos surge no interior do movimento revolucionário do início do século xx, em contraposição tanto ao revisionismo da social-democracia quanto ao bolchevismo de Lênin e dos bolcheviques russos e seus partidários no resto do mundo. O comunismo de conselhos tem como antecessor o luxemburguismo, fundado nas teses e práticas de Rosa Luxemburgo, comunista radical alemã que foi a primeira a realizar a crítica aos líderes revisionistas do Partido Social-Democrata Alemão, Eduard Bernstein e Karl Kautsky. A Revolução Russa e o processo de burocratização começou a acirrar a oposição dos comunistas ocidentais em relação aos comunistas russos, bolcheviques. Eles foram duramente criticados por Lênin. Eles qualificaram o regime russo de capitalismo de estado, não tendo, segundo os conselhistas, nada a ver com o comunismo. Os principais opositores de Lênin acabaram passando do "apoio crítico" ao regime soviético à sua recusa total. O comunismo de conselhos passou a criticar os partidos políticos em geral e afirmar o seu caráter contra-revolucionário, tal como os sindicatos. Com a experiência da Revolução Alemã e as várias tentativas de revolução proletária na Rússia, Itália, Hungria, entre outros países, e a emergência dos conselhos operários como organização proletárias e revolucionárias, parte destes comunistas passam a defender o conselhismo, defendendo a tese de que os conselhos operários são os orgãos da revolução proletária e da reorganização da sociedade comunista, abolindo o Estado e os partidos políticos, bem como outras organizações burocráticas. Os principais teóricos do conselhismo foram: Anton Pannekoek, Karl Korsch, Otto Rühle, Paul Mattick.