Corpus Mysticum
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Corpus Mysticum é o nome dado desde o século XII à Igreja Católica como comunidade dos católicos e como corpo de Cristo. Cristo é a cabeça da Igreja, e a Igreja os membros deste corpo místico. Juntos formam o Corpus Mysticum. O termo não tem origem bíblica, e sim mais recente, remontando aos período carolíngio na Gália, ganhando grande importância durante a controvérsia sobre a Eucaristia, sustentada durante muitos anos por Pascásio Radbert e Ratramnus, ambos do mosteiro de Corbie. O significado original, no entanto, difere em algum nível do atual. Certa vez, Ratramnus sugeriu que o corpo no qual Cristo havia sofrido era seu "corpo próprio e verdadeiro" (proprium et verum corpus) enquanto a Eucaristia era seu corpus mysticum. Com poucas exceções esse foi o significado de corpus mysticum durante vários anos. Porém, essa concepção rapidamente tomou outros rumos por volta do século XII. Em reação às doutrinas de Berengário de Tours e ao ensino de sectários heréticos a Igreja acabou por destacar com maior ênfase a presença real de Cristo na Eucaristia. O pão consagrado passou a ser denominado corpus verum ou corpus christi, ou ainda corpus naturale, ao passo que, notadamente após a Questão das Investiduras, o Corpus Mysticum passou a Igreja que tinha como cabeça, Cristo.