Crise de reféns da escola de Beslan
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A Crise de reféns da escola de Beslan (conhecida também como Cerco à escola de Beslan ou Massacre de Beslan) teve início quando terroristas armados fizeram reféns mais de 1200 adultos e crianças no dia 1 de setembro de 2004, na Escola Número Um, na cidade russa de Beslan, na Ossétia do Norte.
No terceiro dia do conflito ocorreu troca de tiros entre os seqüestradores e forças de segurança russas. De acordo com dados oficiais, 344 civis foram mortos, 186 deles crianças, e centenas mais foram feridos.
O chefe militar checheno Shamil Bassaiev assumiu a responsabilidade pelo cerco à escola, que foi supostamente liderado pelo seu principal subalterno Ingush, Magomet Yevloyev.
[editar] Reação da comunidade internacional
Em 1 de setembro de 2004 o Conselho de Segurança da ONU condenou o ataque em termos fortes e encorajou os Estados a cooperar ativamente com as autoridades russas para trazer à Justiça os perpetradores. O Secretário-geral Kofi Annan condenou o ocorrido como um "massacre de crianças brutal e sem sentido" e "terrorismo, puro e simples".
O presidente da Comissão Europeia Romano Prodi, em nome da Comissão, respondeu em 3 de setembro de 2004 dizendo que: "a matança dessas pessoas inocentes é um ato vil e maléfico de barbárie".
O presidente dos Estados Unidos George W. Bush, num discurso perante a Assembleia Geral da ONU em setembro de 2004 afirmou que os terroristas de Beslan "medem o seu sucesso [...] na morte de inocentes e na dor das famílias enlutadas". E em 2005 chamou-o de "massacre terrorista das crianças de Beslan".
No Vaticano, o papa João Paulo II condenou o ataque como uma "vil e impiedosa agressão contra crianças e famílias indefesas".
Nelson Mandela chamou o ataque "um bárbaro e violento ato de terrorismo", dizendo que "de nenhuma maneira pode a vitimização e morte de crianças inocentes ser justificada em qualquer circunstância, e especialmente não por razões políticas".
O primeiro-ministro britânico Tony Blair descreveu o ataque terrorista como "um ato bárbaro".
O governo de Israel ofereceu auxílio na reabilitação dos reféns libertos. Imediatamente após o ataque uma equipe israelense especializada em traumas foi enviada para Beslan e posteriormente psicólogos russos que trabalhavam com as vítimas receberam treinamento em Israel.
Um grupo de organizações de direitos humanos, inclusive a Anistia Internacional, condenou a "ação [...] repugnante" e "demonstração cabal de desrespeito à vida de civis" e ainda afirmou que foi "um ataque ao mais fundamental direito - o direito à vida; nossas organizações denunciam este ato sem reservas".