Dáfnia
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![]() Daphnia magna com ovos |
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Classificação científica | ||||||||||||||
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Espécies | ||||||||||||||
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Daphnia é um género de crustáceos da ordem Cladocera, normalmente chamada de pulga de água, devido á forma como nada impulsionada por duas antenas situadas no cimo da sua cabeça (2.ª Antena) a dáfnia parece pular dentro de água como pulam as pulgas terrestres.
Tem uma envergadura que varia entre os 0,2 e os 0,5 milímetros, habitam em meios aquáticos desde charcos a rios e alimentam-se essencialmente de plâncton podendo também ingerir organismos de menores dimensões tais como protistas e bactérias.
[editar] Reprodução
Durante o verão as Dáfnias reproduzem-se por partenogénese, sendo a sua população composta maioritariamente por fêmeas, no fim do verão com a diminuição das temperaturas os ovos que se estavam a desenvolver dão origem a dáfnias machos que possuem uma ou duas gónadas junto do ânus que se podem transformar num orgão copulatório quando estes utilizam as segundas antenas para agarrar a fêmea e introduzir o seu orgão copulador na gónada da fêmea à qual vão fecundar. A partir desta formam-se ovos de inverno que só são produzidos quando as condições de desenvolvimento são desfavoráveis, ás quais os ovos resistem durante um máximo de vinte anos até que se reunam as condições necessárias para se desenvolverem. Tal capacidade deve-se ao facto de possuirem uma camada protectora constituída pelos restos da cavidade incubadora das suas progenitoras e que se denomina ephippium. Podem flutuar, ser transportadas, congeladas e até digeridos sem sofrerem danos porque a ephippium é resistente ás enzimas digestivas. Esta é uma característica importante para a proliferação e colonização da espécie em novos habitats.
Ao longo do seu crescimento as dáfnias vão perdendo várias vezes o seu exoesqueleto, é um processo normal e similar à mudança de pele em alguns répteis, este processo denomina-se muda ou ecdise e é inerente a todos os animais do filo arthropoda como é o caso da dáfnia.
Alimentam-se da mesma forma que as baleias filtradoras, filtrando o alimento da água que passa pelo seu tubo digestivo. As suas pernas, teracópodes ou apêndices articulados estão especializados para a alimentação e locomoção. O primeiro e o segundo par de apêndices retêm as partículas de maior dimensão e que o ser não pode absorver, enquanto que os outros pares de apêndices impulsionam a água para que esta possa entrar pela sua boca levando consigo o alimento.
Devido ao facto destes animais terem um exoesqueleto transparente, é possível observar ao microscópio todas as partes que o constituem, desde o coração a bater até ao desenvolvimento embrionário na sua cavidade incubadora.
A sua esperança de vida não excede um ano, dependendo das temperaturas, um indivíduo pode sobreviver 108 dias a temperaturas de 3º C e sobreviver apenas 29 dias a temperaturas de 28º C. No inverno existem excepções, a população fica muito limitada mas várias fêmeas sobrevivem até cerca de seis meses tendo um crescimento lento mas atingindo maiores proporções que as fêmes que se desenvolvem em condiçoes normais.