Fernanda Karina Somaggio
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Fernanda Karina Ramos Somaggio (Mococa, 23 de abril de 1973) é uma secretária brasileira. Ela é casada com Vitor Somaggio e tem uma filha.
Ela trabalhou como secretária para o publicitário e empresário Marcos Valério na agência de propaganda SMPB e ganhou notoriedade no Brasil, por causa de uma entrevista que deu para a revista IstoÉ Dinheiro onde acusou integrantes do Governo Lula e do Partido dos Trabalhadores de envolvimento com atividades supostamente ilícitas praticadas por seu patrão.
Em depoimento à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Deputados do Brasil, ela afirmou que Valério fazia saques vultosos antes de viagens, e que esses saques chegavam a um milhão de reais. Ela também denunciou depósitos feitos por seu chefe supostamente com a finalidade de beneficiar políticos brasileiros.>
Apesar de ganhar muita repercussão, na época, ela não apresentou provas contundentes sobre o que falou. Contudo, a maioria de suas declarações mostrou-se coerente e foi comprovada com as investigações que se seguiram. Com o fim do sigilo bancário das contas bancárias das empresas de Marcos Valério, pode-se verificar que uma grande quantidade de dinheiro era sacada periodicamente por políticos ou pessoas ligadas a políticos.
O depoimento de Karina tornou mais verossímeis as denúncias que o deputado brasileiro Roberto Jefferson fez contra integrantes da cúpula do Partido dos Trabalhadores, os quais, segundo ele, estariam a pagar mesadas para que parlamentares votassem a favor do governo. As denúncias geraram um escândalo de enormes proporções que ficou conhecido como escândalo do mensalão.
O ex-chefe de Karina, Marcos Valério, acusou-a de exigir dinheiro para ficar quieta sobre o que supostamente sabia sobre sua empresa. Em 22 de agosto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anunciou que a ação penal por crime de extorsão movida por Valério contra Karina deveria ser suspensa temporariamente por falta de coerência entre a denúncia e o depoimento de uma testemunha do caso.
Karina anunciou que aceitaria posar nua para a Revista Playboy, por dois milhões de reais e que usaria o dinheiro para entrar na política, mas a Playboy não quis pagar esse valor.
Foi canditada a deputada federal pelo PMDB de São Paulo em 2006, mas não foi eleita.
[editar] Ligações externas
- Depoimento de Fernanda Karina para a CPI dos Correios (página oficial)
[editar] Mídia
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[editar] Referências
- Ação contra Fernanda Karina é suspensa, Terra Networks, 22 de agosto de 2005.