Gastão de Orleans, Conde d'Eu
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Luís Filipe Maria Fernando Gastão de Orleans (Louis Phillipe Marie Ferdinand Gaston d'Orleans et Saxe-Coburgo e Gotha), Conde d'Eu, nasceu em Neuilly-sur-Seine, França, a 28 de abril de 1842 e morreu a bordo do navio Massilia, Oceano Atlântico, a 28 de agosto de 1922 quando voltava ao Brasil para celebrar o centenário da Independência. Era filho primogênito de Luís Carlos Filipe Rafael de Orleans, Duque de Nemours, e de sua esposa Vitória Francisca Antonieta Juliana Luísa, princesa de Saxe-Coburgo e Gotha, duquesa de Saxe, filha única do General e Duque Fernando Jorge Augusto de Saxe-Coburgo e Gotha; neto de Luís Filipe, rei da França. Pai de Dom Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, Dom Luís de Orleans e Bragança e Dom Antônio Gastão de Orleans e Bragança.
D. Dom Pedro II queria que suas filhas, Isabel e Leopoldina se casassem para dar continuidade à linhagem. Fez sondagens, com a ajuda de sua irmã, a Princesa D. Francisca, Princesa de Joinville, aos príncipes Gastão de Orleans e seu primo, Augusto de Saxe. Estes chegaram ao Brasil em 1864 para se casarem, respectivamente, com Leopoldina e Isabel. Mas as princesas tomaram a liberdade de escolher seus noivos.
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Assim, Gastão de Orleans, conde d'Eu, casou-se com a Princesa Isabel Cristina de Bragança no Rio de Janeiro, em 15 de outubro de 1864. No entanto, naquele ano o Brasil estava mergulhado na Guerra do Paraguai. Recebeu do imperador o título de Marechal do Exército. Ansioso para entrar em combate, mas impossibilitado por questões políticas (o exército brasileiro não admitiria o comando de um estrangeiro), foi designado por Pedro II comandante de artilharia, a coordenar as operações do Rio de Janeiro. Em 1869, o comandante geral do exército brasileiro na guerra, o Duque de Caxias, adoeceu e Dom Pedro II convocou o genro para tomar a frente no campo de batalha. Assim, Gastão comandou o exército brasileiro nas vitórias de Peribebuí e Campo Grande e, com a morte de Solano López, ditador do Paraguai, em Cerro Corá a 1 de março de 1870, a guerra findou. O Conde d'Eu retornou ao Rio de Janeiro, cercado de glórias como um herói .
O Conde, sua esposa e o próprio Imperador nutriam simpatia pelos políticos liberais, cuja ideologia incluía avanços científicos, intelectuais e sociais. Nesse último aspecto, a maior reforma pela qual os liberais se empenharam era a abolição do regime escravagista, o que fez com que o Conde e seus partidários fossem vistos com maus olhos pelas oligarquias agrárias e, segundo alguns analistas, colocaria a política brasileira irreversivelmente a caminho da extinção da monarquia e instauração do regime republicano.
Quando a República foi proclamada, em 1889, a Família Imperial Brasileira se retirou em exílio para Portugal. O Conde d'Eu permaneceu com a Princesa Isabel e seus filhos na Europa. Ele retornou ao Brasil em 1921, já viúvo, para repatriar os restos dos imperadores e que atualmente se encontram no Mausoléu Imperial da Catedral de Petrópolis. O Conde d'Eu morreu no ano seguinte, de causas naturais, no navio que o trazia mais uma vez ao Brasil, para a celebração do primeiro centenário da independência do país. Ele e a Princesa Isabel também estão sepultados atualmente na Catedral de Petrópolis.
[editar] Descendência
De seu casamento com D. Isabel Leopoldina:
- D. Luísa de Orléans e Bragança (1874)
- D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança (1875–1940)
- D. Luís Maria Filipe de Orléans e Bragança (1878–1920)
- D. Antônio Gastão de Orléans e Bragança (1881–1918)
[editar] Representações na cultura
O Conde d'Eu já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Roberto Lee na novela "Memórias de Amor" (1979), Odilon Wagner nas minisséries "Abolição" (1988) e "República" (1989) e Lafayette Galvão na minissérie "Chiquinha Gonzaga" (1999).
[editar] Ligações externas
Família Imperial Brasileira |
Precursores: | D.João VI de Portugal | D.Carlota Joaquina |
1ª geração: | D.Pedro I | D.Leopoldina de Áustria | D.Amélia de Leuchtemberg |
2ª geração: | D.Pedro II | D.Teresa de Duas Sicílias | D.Januária Maria | D.Paula Mariana | D.Francisca Carolina | D.Maria II de Portugal | D.Maria Amélia |
3ª geração: | D.Isabel Leopoldina | D.Luís Gastão d'Eu | D.Afonso Pedro | D.Leopoldina Teresa | D.Pedro Afonso |
4ª geração: | D.Luísa Vitória | D.Pedro de Alcântara | D.Luís Maria Filipe | D.Antônio Gastão |
5ª geração em diante: | Ramo de Vassouras | Ramo de Petrópolis |