Guerra de Canudos
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- Nota: Se procura filme de Sérgio Rezende, consulte Guerra de Canudos (filme).
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A Guerra de Canudos, revolução de Canudos ou insurreição de Canudos foi um movimento político-religioso brasileiro que durou de 1893 a 1897, ocorrida na cidade de Canudos no interior do Estado da Bahia. Decorrente da grave crise econômica e social que encontrava a região, aonde havia latifúndios improdutivos, seguida de secas cíclicas, desemprego crescente, e um pessoal bastante religioso.
Na Guerra de Canudos os revoltosos não contestavam o regime republicano recém adotado. Entretanto, o governo os acusava disso, ganhando assim apoio da população do sudeste para combatê-los. A liderança do movimento era exercida por Antônio Conselheiro, baseava-se na motivação religiosa. Todo o conflito foi retratada no livro "Os Sertões" de Euclides da Cunha, que a presenciou como repórter do jornal O Estado de S. Paulo, na verdade foi mais uma intentona religiosa do que realmente política.
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[editar] Origem
A situação na região, na época, era muito precária. Havia fome, seca constante, a miséria e a violência afetava a região. A situação, somada com a alta religiosidade local, acabou por gerar distúrbios sociais, os quais o Governo local, na época sem condições de combatê-lo, acabou por gerar um conflito maior.
Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, explodiu num conflito civil. Com duração de quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido ao ímpeto, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento.
Conselheiro, alcunha de Antônio Conselheiro, o mentor e comandante da revolta, que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava o movimento. Ele acreditava que era um enviado de Deus para acabar com as diferenças sociais e a cobrança de impostos.
Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de seguidores que acreditavam que ele realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza. Com o passar do tempo, as idéias iniciais de Conselheiro foram sendo usadas como modo de justificar roubos e outras atitudes que em nada se pareciam com nenhum tipo de ensinamento religioso, pois ele proibia com severidade tal ato. Na verdade quem esparramou o boato foi a república a fim de debilitar a revolta.
Devido à enorme proporção deste movimento, o governo da Bahia não conseguiu sozinho segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado. Por esta razão, pediu a interferência da República, que, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República melhor equipada acabou por vencer a batalha final em sua quarta expedição.
A Guerra de Canudos propriamente dita durou um ano e, segundo a história, mobilizou ao todo mais de dez mil soldados oriundos de 17 Estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Calcula-se que morreram ao todo mais de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da cidade palco da guerra.
[editar] O evento através da mídia
- Guerra de Canudos. Filme dirigido por Sérgio Rezende, com José Wilker, Cláudia Abreu, Paulo Betti, e Marieta Severo. Brasil, 1997. IMDB record
- Sobreviventes - Os Filhos da Guerra de Canudos. Documentário de Paulo Fontenelle, Brasil, 2004.
- Canudos. Documentário de Ipojuca Pontes, com Walmor Chagas, Brasil, 1978. Página do documentário no IMDb.
[editar] Referências bibliográficas
- Uma livro interessante sobre a Guerra de Canudos é o romance "A Guerra do Fim do Mundo" de Mario Vargas Llosa. Nesta obra, Llosa mistura História e ficção,criando um mundo que faz o leitor sentir toda a dimensão da tragédia que foi essa revolta no Brasil.
- Como consequência o evento gerou uma série de livros, filmes e materiais relacionados, como o livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que presenciou toda a guerra como repórter; o filme “Canudos” e muitos outros.
- CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.
- FACÓ, Rui. Cangaceiros e fanáticos. São Paulo: Editora Civilização Brasileira, 1972.
- GALVÃO, Walnice Nogueira. No calor da hora. São Paulo: Editora Ática, 1974.
- LLOSA, Mario Vargas. La guerra del fin del mundo.
- MONIZ, Edmundo. A guerra social de Canudos. São Paulo: Editora Civilização Brasileira, 1978.