Islão no Brasil
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O Islão no Brasil conta com 27.239 crentes segundo dados do censo de 2000. Porém, algumas instituições islâmicas brasileiras consideram que o número é muito superior; para a Federação Islâmica Brasileira o número de muçulmanos no país ronda o milhão e meio.
No censo demográfico de 1991, o islamismo não é tratado de maneira isolada, estando os muçulmanos incluídos na categoria de "Outras Religiões", num grupo que englobou 50.830 brasileiros.
A maioria dos muçulmanos brasileiros vive nos estados do São Paulo e Paraná, mas também existem comunidades significativas no Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Grande parte destes muçulmanos são descendentes de emigrantes sírios e libaneses que se fixaram no Brasil no século XIX, no período da Primeira Guerra Mundial, bem como nos anos 70 do século XX, no contexto da guerra do Líbano. A convergência de emigrantes árabes para a fronteira do estado do Paraná com o Paraguai fez com que a região, especialmente a Foz do Iguaçú, seja um dos locais de maior concentração de muçulmanos no país.
Na cidade de São Paulo existem cerca de dez mesquitas, entre as quais a Mesquita Brasil, na Avenida do Estado (centro da cidade), que foi a primeira mesquita edificada na América Latina e cujas obras de construção começaram em 1929.
[editar] História do Islamismo no Brasil
No Brasil os primeiros muçulmanos que chegaram foram os escravos africanos. Em 1835, eles participaram da Revolta dos Malês, na Bahia, uma rebelião contra a escravidão. Vencidos, os Malês dispersam-se.
O islamismo na África Negra repercutiu de forma indireta, na história do Brasil-colônia, pois como tráfico de escravos negros a partir do século XVI, muitos destes escravos praticavam o islamismo. A maioria destes escravos exercia atividades agrárias, mas o escravo da cidade, desde o início do século XIX, ultrapassou o limite de relação senhor e escravo, entrando em contato com os demais diferentes grupos sociais fazendo com que o islamismo propagasse mais rapidamente. No contexto urbano os escravos muçulmanos se diferenciavam dos demais, pois eles não aceitavam a imposição religiosa de seus senhores. Os senhores convertiam estes escravos ao cristianismo através do batismo ignorando as crenças dos escravos, mas este fato contribui para que os muçulmanos ficassem ainda mais unidos na sua prática religiosa.
Os escravos sempre demonstravam sua indignação de como era tratados com diferença pela sociedade, tentavam mostrar que podiam participar normalmente da sociedade como um cidadão que respeita e merece ser respeitado. O Alcorão também ajudou muito estes escravos, principalmente quando eles foram contra o sistema escravista.
[editar] Referências
- Censo demográfico de 2000
- O Islã não é só árabe - artigo da revista Galileu.