João II de França
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João II de Valois, o Bom ou o Bravo (nasceu em 24 ou em 16 de Abril, 1319 e morreu, preso em Londres, em 8 de Abril de 1364), estando sepultado na abadia de St. Denis. Foi Rei de França de 1350 a 1364, pertencente à casa de Valois. Filho de Filipe VI e de Joana da Borgonha.
Em 28 de Julho de 1332, João casou com 13 anos com Bona do Luxemburgo, filha de João o Cego, Rei da Boémia, de quem teve numerosa descendência. Na ocasião, o pai fez dele Conde de Anjou. João II foi um dos reis franceses mais envolvidos na fase inicial da Guerra dos Cem Anos contra Inglaterra. Conde do Maine e de Anjou (1332), Duque da Normandia, Duque da Aquitânia ou Guyenne (1345), foi rei de França (22 de agosto de 1350).
Índice |
[editar] Primeiros anos do reinado
João tornou-se rei e foi coroado na Catedral de Reims. O cognome o Bom foi adquirido quase de imediato e era uma referência à sua generosidade para com os pobres e o rigor com que levava a sua condição de cavaleiro. No entanto, o pouco valor que dava ao dinheiro e a aderência cega aos princípios cavalheirescos haveriam de pôr o seu país em graves problemas ao longo do seu reinado. Uma das primeiras medidas como rei foi mandar executar o Conde d’Eu e Condestável de França, um homem poderoso na hierarquia militar e com ligação a várias famílias importantes. A decisão, justificada por alegadas negociações do Condestável com o rei Eduardo III de Inglaterra, com quem França se encontrava em guerra, causou logo mal estar junto da nobreza e minou a autoridade do novo rei. Para substituir d’Eu, João II nomeou o seu favorito Carlos d’Espagne como novo Condestável, apesar da forte oposição. A decisão seguinte de se rodear de conselheiros de proveniência e motivações duvidosas aumentou ainda mais a clivagem entre si e os seus pares, numa altura em que França necessitava sobretudo de unidade. Estes passos que lhe valeram o antagonismo da nobreza eram um indício das fracas capacidades governativas que João tinha para mostrar. O facto de, no primeiro ano do seu reinado, a moeda ter-se desvalorizado dezoito vezes, ilustra bem este ponto.
Se não era muito cuidadoso com assuntos políticos e económicos, João II levava muito a sério a honra e prestígio do seu país, que considerava residirem no cumprimento dos ideais de cavalaria. Para enaltecer estes valores, João criou a Ordem da Estrela, que visava a perseguição da honra em nome de Deus e de Nossa Senhora. A Ordem serviu também como manobra para exigir aos seus 500 membros, de entre a nobreza de França, um novo juramento de lealdade.
Quase desde o início do reinado, João II encontrou um inimigo político no primo e genro Carlos II, o Mau, Rei de Navarra e, enquanto Conde d’Evreux, vassalo de França. Então com pouco mais de 20 anos, Carlos II era um homem ambicioso e conflituoso que procurava minar o poder dos Valois sempre que possível. A luta entre os dois atingiu o auge em 1354 com o assassinato, às ordens de Carlos II, do Condestável de França. Carlos II foi preso e depois perdoado, mas continuou a manipular intrigas contra João II e a manter contactos com Eduardo III de Inglaterra. Assim, quando chegou a hora de um confronto armado com Inglaterra, França estava irremediavelmente fracturada.
[editar] Prisioneiro
A 19 de Setembro de 1356, teve lugar a Batalha de Poitiers, uma das mais importantes da História de França e da Guerra dos Cem Anos. O exército francês apresentou-se na sua máxima força, comandado por João II, o seu Condestável Gautier de Brienne e os Marechais Clermont e d’Audrehem. As tropas inglesas, em menor número, eram comandadas por Eduardo, o Príncipe Negro e incluíam uma divisão de archeiros.
O resultado do confronto foi, tal como a batalha de Crecy, uma derrota humilhante para França, não só devida ao erros tácticos repetidos de encontros anteriores, mas também à desorganização e falta de coerência do exército. As baixas foram pesadas, o número de prisioneiros enorme e os poucos que regressaram a casa foram acusados de cobardia pelas populações. Mas a maior tragédia tinha sido a captura de João II e do seu filho mais novo Filipe de Valois. O Príncipe Negro levou João II e a sua comitiva de prisioneiros para Londres, onde foram recebidos como convidados de luxo. Embora sob custódia, João não foi privado da sua condição real e foi-lhe permitido manter casa, criados, cavalos, cães e falcões para caça, tal como a manutenção da correspondência com França. De Inglaterra, João II importou vinhos e outros artigos de França, que depois vendia aos captores com uma margem de lucro. A contabilidade do rei neste período sobreviveu e mostra que no cativeiro, João II teve uma vida confortável, senão mesmo luxuosa. A França estava entregue à anarquia, com a ausência de um monarca e a falta de autoridade do Delfim enquanto regente, face à burguesia cada vez mais activa na oposição. O resgate do rei e os tratados de paz estavam em negociações, mas mesmo o valor mais baixo admitido ia deixar o país na ruína, o que não ajudava na motivação de reunir a quantia. Para além do mais, a mesada do rei enviada para Inglaterra para a sua subsistência digna era mais um peso nos cofres do estado. O Delfim enfrentou graves problemas sociais, dos quais a revolta popular da Jacquerie foi o melhor exemplo.
Contam cronistas franceses: em 19 de setembro de 1356, o exército francês foi esmagado pelos arqueiros ingleses ao norte de Poitiers. O próprio rei foi feito prisioneiro. O desastre faz recomeçar a guerra que será mais tarde chamada de Guerra de Cem Anos. Eduardo III reabrira as hostilidades vinte anos antes, e tinha vencido os franceses em L'Ecluse (1340) e depois em Crécy (1346). João II, em 1350 sucessor de Filipe VI de Valois, tem dispendiosa vida na corte e enfrenta os ciúmes de alguns grandes senhores feudais, em particular seu genro, o poderoso rei de Navarra, Carlos II o Mau. Ele chega mesmo a capturá-lo. Os ingleses aproveitam tais dissensões entre os senhores feudais e organizam expedições ou «cavalgadas» a partir de Bordeaux e de suas outras terras na Aquitânia ou Guyenne. Enquanto sobem rumo ao rio Loire, o rei de França levanta um exército para ir a seu encontro. O exército inglês é comandado pelo príncipe de Gales, Eduardo, apelidado Príncipe Negro pela cor de sua armadura. É o filho do rei Eduardo III, vencedor de Crécy. O rei de França tem 15 mil homens, os ingleses apenas sete mil. Mas, solidamente dispostos ao longo do planalto de Maupertuis, os soldados ingleses vencem outra vez graças a seus arqueiros. Apesar do forte ataque dos cavaleiros, a batalha cedo se mostra desfavorável aos franceses, e muitos cavaleiros são aprisionados, enquanto outros fogem covardemente e abandonam o rei. João o Bom, assim apelidado em razão de sua coragem, é aprisionado (a prmeira vez para um rei de França, o que se repetirá com Francisco I, aprisionado em Pavia, e Napoleão III em Sedan). O desastre de Poitiers, seguindo-se à derrota em Crécy, mergulha o reino numa de suas mais graves crises.
Uma bela lenda guarda a lembrança do famoso devotamento do jovem filho de João o Bom: no centro da batalha, quando as oportunidades para a vitória eram quase nulas, o rei ordenou a seus filhos mais velhos, o delfim Carlos, Luís, duque de Anjou e João, duque de Berry, fugir, para assim proteger a dinastia e a sucessão. Apenas o jovem Filipe, então com 14 anos, ficou perto do pai, apoiando-o não por armas mas com palavras e gritando: »Pai, cuidado à direita! Pai, cuidado à esquerda!» O rei recompensará mais tarde o filho, atribuindo-lhe o ducado da Borgonha, cuja primeira dinastia se extinguira sem posteridade, e que deixa de anexar ao domínio real como o direito feudal lhe permitiria.m O novo duque ficará conhecido como Filipe o Ousado, em lembrança de seus feitos em Poitiers. Sua própria descendência não tardará em rivalizar com o ramo primogênito dos Valois, pois entrará em conflito com a França e enfrentará a monarquia até, pelo menos, a morte de Carlos o Temerário.
[editar] Etienne Marcel e a Jacquerie
Depois da catástrofe de Poitiers, os burgueses de Paris se aproximaram de Carlos II o Mau, rei da Navarra, primo e genro do rei, para que os viesse proteger na derrota. Aniquilando um banco de camponeses em 10 de junho de 1358, o novo homem forte da França dá fim a uma rebeldia (Jacquerie) que ameaçava o reino. Desde 21 de maio de 1358, centenas de camponeses do Beauvaisis atacaram os castelos da região, matando e violando os habitantes, queimando as casas. A revolta se estenderu aos camponeses da bacia parisiense. Foi a maior dessas rebeliões, chamadas «jacqueries» que ensanguentaram o campo francês na Idade Média. Assim chamads, aliás, em virtude de se chamaram Jacques ou Jacques Bonhomme os camponeses, em geral. Os rebelados eram dos mais ricos campônios em uma das terras mais ricas da Europa. Desde a epidemia de peste que devastara o Ocidente dez anos antes, estavam mais capazes de fazer valer seus direitos, pois os senhores buscavam mão-de-obra para cultivar as terras abandonadas. Este chamada Grande Jacquerie sucedeu pouco depois que os cavaleiros franceses fossem esmagados em Poitiers. Prisioneiro em Londres o rei, Paris era dominada por Etienne Marcel, preboste dos mercadores. Os camponeses já não suportavam que os nobres, fugidos diante dos ingleses, os pressionassem para extorquir outros impostos. Os nobres esmagam porém os «Jacques» em Clermont-sur-Oise em 10 de junho de 1358. Os chefes dos rebelados foram torturados e executados. Mas as revoltas camponesas se renovaram nos anos seguintes sobretudo na Inglaterra em 1381, com Wat Tyler, e na Hungria.
Carlos quis se aproveitar do cativeiro do rei seu pai e se vingar da decisão tomada em 1328 que tinha afastado do trono sua linhagem em benefício dos Valois. Entre em aliança pouco natural com o preboste dos mercadores de Paris, Etienne Marcel. Marcel porém foi assassinado por seus comparsas e o regente do reino, o futuro Carlos V, dá fim às manobras do navarro. Muito superior ao pai, embora com apenas 18 anos, o Delfim (pois é desta maneira que se passa a chamar o herdeiro do trono) consegue recolocar em ordem o país, apesar do enorme resgate exigido pelo rei Eduardo III para libertar João II. Convoca os Estados Gerais, que denunciam os acordos assinados por João II com Eduardo III que tinham cedido à Inglaterra antigas possessões dos Plantagenetas, tirando Poitiers do reino de França. Eduardo III desembarca em Calais e em vão tenta entrar em Reims para se fazer coroar rei da França. No caminho de volta, temendo que sua cavalgada se transformasse em desastre, assina afinal preliminares de paz em Brétigny, arredores de Chartres, em 8 de maio de 1360. Este tratado será ratificado em Calais em 24 de outubro de 1360. São feitas amputações importantes no território francês em benefício dos ingleses: a Aquitânia e, ao norte, Calais, o Ponthieu e o condado de Guînes. O domínio capetiano se reduz ao que era no início do reinado de Filipe II Augusto há 150 anos. O rei de França promete ainda renunciar à soberania sobre a Aquitânia e o rei da Inglaterra renunciar à coroa francesas, desde que os termos do tratado sejam executados. João II deixa sua prisão (mas por alguns meses apenas). Vítima de uma má formação do braço direito, o delfim Carlos não pode combater em pessoa, e se apóia em seu fiel Bertrand du Guesclin, mercenário bretão, para expulsar os ingleses e apagar a humilhação do tratado de Brétigny. Em 16 de maio de 1364, Du Guesclin vence as tropas de Carlos o Mau em Cocherel. A monarquia dos Valois recupera por alguns anos seu prestígio.
[editar] O resgate
O Tratado de Brétigny estipulava o resgate em 3 milhões de libras tournois ou coroas, soma colossal, equivalente a 12 toneladas e meia de ouro, a ser pago aos poucos. Como garantia, 40 nobres foram enviados para Inglaterra em troca da liberdade de João II. Entre eles encontravam-se Luís I, Duque de Anjou e Enguerrand VII, Senhor de Coucy.
O reino estava arruinado. Para obter parte do resgate o rei aceitou uma mésalliance com o rico duque de Milão, Galeazzo Visconti, um mercador de medíocre origem ao qual o rei «vendeu» sua filha Isabel contra 600 mil libras. Eduardo III aceitou liberar o prisioneiro desde que recebesse um primeiro pagamento de 400 mil libras, mas o rei de França teve que se comprometer a pagar o resto, endividando o reinado.
No caminho de retorno, em Compiègne, o rei adota três ordonnances, em 5 de dezembro de 1360. Institui novas taxas entre as quais um imposto sobre o sal, a famosa gabelle, que cedo se tornará dos mais impopulares. Cria ainda uma nova moeda, o franco. Esta nova peça comemora a libertação (franquia) do monarca e está destinada a realimentar o país em moeda de boa liga. O franco vem em complemento da libra tournois: trata-se de uma peça em ouro fino que pesa 3,88 gramas. Representa o rei a cavalo. Uma versão posterior o representará a pé. A partir de Luís XIII, o franco será apenas uma unidade de contas e desaparecerá em benefício da libra, dividida em 20 sous ou 240 dinheiros (deniers). Na lingua corrente, porém, se continuará a falar de franco, e não delibra, e o franco será de novo posto em destaque pela Convenção revolucionária em 1º de agosto de 1793.
[editar] O regresso a França
João II regressou à França quando o país atravessava uma grave crise económica (em parte devido ao seu resgate), política e social. O rei enviou uma expedição para tomar a fortaleza de Brignais, perto de Lyon, onde estava barricada uma companhia de mercenários renegados. O ataque, concretizado sem qualquer plano, resultou em desastre e na morte de Jaime ou Jacques de Bourbon, Conde de La Marche, dos mais leais seguidores. O rei absteve-se de tentativas para recuperar a normalidade da situação e nada mais fez. O inverno de 1362 foi passado em Avinhão, em conversações com o papa sobre a possibilidade de realizar uma nova cruzada. O plano falhou sobretudo graças à bancarrota do reino de França e à falta de entusiasmo de Inglaterra em colaborar.
[editar] O inesperado retorno à Inglaterra
Ao chegar a Paris em Julho de 1363, o rei descobriu que o filho Luís, duque de Anjou, farto de esperar pelo resgate, fugira da custódia inglesa. Tomou então a extraordinária decisão de se entregar de novo aos ingleses, para compensar a falta de conduta do filho, apesar de isso obrigar à negociação de um novo resgate. Regressou a Londres no princípio de 1364 e morreu na cidade cerca de quatro meses depois.
Foi sucedido pelo filho Carlos V e é recordado essencialmente pelas suas políticas desastradas e incapacidade de liderança.
O resgate dera assim em nada: o rei se tornara prisioneiro voluntário para lavar a honra de Luís d´Anjou, que fugira a pretexto de uma peregrinação. «Vous avez blêmi l'honneur de votre lignage», teria replicado o rei ao filho acusando-o de ter manchado a honra de sua linhagem.
João II morrerá na prisão, em 8 de abril de 1364, enquanto a França continuava a pagar seu resgate.
[editar] Casamento e descendentes
Casou em Melun em 27 de julho de 1332 com Bona ou Bonne do Luxemburgo (20 de maio de 1315-11 de setembro de 1349) filha de João, o Cego, Rei da Boêmia, Duque de Luxemburgo e de Isabel da Boêmia, e tiveram 11 filhos.
Casou depois em Nanterre em 19 de fevereiro de 1350 com Joana I (1321-1360) Condessa de Auvergne e de Bolonha, viúva de Filipe da Borgonha (1323-1346), Conde de Artois, de Auvergne e de Bolonha, filha de Guilherme IX, Conde de Auvergne e de Margarida de Évreux.
Seus descendentes formaram ramos poderosos dentro da família real e tiveram influência devastadora na política francesa. Foram eles:
- 3 - Carlos V, Rei de França (1338 - 1380) sucessor do pai.
- 4 - Luis I, Duque de Anjou (1339 - 1384) Conde de Anjou, Duque de Anjou e da Touraine, Duque do Maine, que foi rei de Nápoles e da Sicília e Jerusalém e em 1392 Duque de Orleans.
- 5 - João, Duque de Berry (1340 - 1416)
- 6 - Filipe, Duque da Borgonha. Nascido em Pontoise, em 17 de janeiro de 1342, morreu em 27 de abril de 1404 no castelo de Hal, em Bruxelas ) Apelidado Le Hardi, o Bravo. Duque da Touraine (1360-1363), depois duque da Borgonha, Conde de Flandres e do Artois em 1363. Foi ele o tronco do que se conhece como II Casa da Borgonha.
- 7 - Joana de Valois (1343 - 1373), casou com Carlos II rei da Navarra. Chamada ainda Joana de França, nasceu em Châteauneuf-sur-Loire em 24 de junho e morreu em 3 de novembro em Évreux sendo sepultada na abadia de Saint-Denis). Casou em Vincennes em 1347 com Henrique do Brabante (morto em 1349), Duque de Lothier; e em Viviers-en-Brie em fevereiro de 1352 com Carlos II de Évreux (1333-1387) chamado o mau, rei da Navarra desde 1349, filho de Filipe de Evreux, Conde d'Évreux e de Joana II de França, a filha de Luís X e de Margarida da Borgonha.
- 8 - Maria de Valois ou de França (Saint-Germain-en-Laye 18 de setembro de 1344 - outubro de 1404), casou em Bar-le-Duc em 4 de junho de 1364 com Roberto I, Duque de Bar morto em 1441.
- 11 - a última filha da primeira esposa foi Isabel de Valois ou de França (Bois-de-Vincennes 1 de outubro de 1348, morta em 11 de setembro de 1372 em Pavia), casada em junho de 1360 com Gian Galeazzo Visconti, Duque de Milão (1351 - 3 de setembro de 1402). Sua filha Valentina Visconti (morta em 1408) em 1389 casará com seu primo Luís de Orleans (1372-1407) filho de Carlos V e irmão de Carlos VI, Conde de Angoulême em 1394, conde do Perigord 1400, conde de Dreux 1401, conde de Soissons 1404, deixndo dez filhos.
- 13 - Branca (1350, cedo morta)
- 14 - Catarina (1352 - cedo morta)
- 15 - filho, nascido em 1354 e cedo morto.
| Precedido por: Filipe VI |
Rei de França 1350 - 1364 |
Seguido por: Carlos V |
| Conde de Anjou 1332 - 1356 |
Seguido por: Luís I |
