Kuomintang
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Kuomintang é um movimento republicano abrigado no Partido Nacionalista da China.
Realizou o seu primeiro congresso em 1924, sob a liderança de Sun Yat-sen. Chiang Kai-shek foi o militar que herdou a liderança do partido nos anos que se seguiram. Era um homem decidido a reunificar a China, eliminando dois inimigos: os comunistas e os senhores da guerra. A China era desde 1911 uma república, mas o país estava dividido em feudos de senhores locais, que tinham exércitos privados, e não havia verdadeiramente um poder central. Em 1927, Chang Kai-shek unificou a maior parte do território e o país passou a ser controlado por um único poder, o Kuomintang. Em 1934, as forças nacionalistas cercaram as tropas comunistas, forçando-as a abandonarem as suas posições no Sul, o que deu origem à chamada "Longa Marcha".
Em Julho de 1937, o Japão atacou a China e os comunistas, sob a palavra de ordem "chineses não devem lutar contra chineses", pressionaram Chang Kai-shek a uma aliança para combater o invasor em conjunto. Embora os comunistas e o Kuomintang fossem aliados, os primeiros tiveram que continuar na clandestinidade.
Depois da derrota dos japoneses na Segunda Guerra Mundial, tanto os comunistas como o Kuomintang tentaram ocupar todo o território. Na altura, o Kuomintang tinha um exército maior e melhor equipado. Ambos os lados principiaram a fortalecer as suas posições, preparando-se para a guerra civil que tinha sido suspensa pela invasão japonesa. Entre 1946 e 1949, travou-se a guerra civil entre os comunistas e o Kuomintang. Neste conflito, a Manchúria foi um campo de batalha vital, devido aos seus recursos económicos. Os norte-americanos ajudaram Chang Kai-shek a estabelecer-se na região, transportando dezenas de milhares de soldados nacionalistas para o Norte da China. Estima-se que tenham desembarcado mais de 60 000 marines americanos, que ocuparam a capital e Tianjin. Estaline cumpriu a sua promessa de retirar as suas tropas da região. Mas esta retirada fazia parte da estratégia dos comunistas, liderados por Mao Tsé-Tung, de não conservar as cidades, onde o Kuomintang era superior militarmente, e recuar para os campos em redor. Uma das directivas de Mao Tsé-Tung era "cercar as cidades com os nossos campos e, com o tempo, tomar as cidades". O Kuomintang dominava as principais cidades mas perdia gradualmente o controlo dos campos e começava a encontrar dificuldades em efectuar o recrutamento. Os comunistas passaram a dominar o Norte da Manchúria e grande parte dos campos.
Em finais de 1947, pela primeira vez, as tropas comunistas superavam em número as do inimigo. A principal razão para este facto estava nas promessas comunistas de promoverem uma nova política de "a terra a quem a trabalha", que fazia com que os camponeses se sentissem apoiados na luta para preservarem as suas terras. Chang Kai-shek entrara entretanto em conflito com muitos dos seus principais generais, transferindo comandantes de um lado para o outro, o que veio a provocar uma quebra no moral das tropas. Nos começos de 1948, a inflação atingira um valor inimaginável nas áreas controladas pelo Kuomintang. Para a população civil a situação estava a tornar-se desesperante. O estado-maior do Kuomintang estava dividido quanto à estratégia a adoptar. Em Setembro detinha apenas três redutos na Manchúria. Ao longo do conflito, tinham-se rendido ou passado para o lado dos comunistas mais de um milhão de soldados do Kuomintang. Embora os aviões norte-americanos continuassem a apoiar os nacionalistas, a 2 de Novembro toda a Manchúria estava em poder dos comunistas.
Em 1949, os comunistas chineses expulsaram os nacionalistas para Taiwan. A ilha tornou-se o refúgio das tropas do Kuomintang, que decretaram a lei marcial e instauraram um governo nacionalista em Taiwan com a protecção americana. Este partido foi o único permitido no país até aos anos oitenta.