Línguas itálicas extintas
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[editar] OSCO
A língua osca era uma das numerosas línguas itálicas faladas no coração da Itália e era contígua lingüisticamente ao umbro e aoutras línguas sabélicas, como o volsco, o maso, o ecuo, o sabino e o piceno meridional.
Não obstante também houve colônias de língua osca espalhadas por lugares da Itália meridional e da Sicília. Basicamente o osco era a língua das tribos samnitas, os quais foram poderosos antagonistas dos romanos, que precisaram de quase 100 anos para submetê-los (as guerras samnitas tiveram lugar entre 370 e 290 a.C.).
A língua é conhecida por algumas centenas de inscrições datadas entre 400 a.C. e o século I d.C. Pompéia é um local de origem várias inscrições oscas, como as dedicatórias em edifícios públicos.
[editar] Dados
A língua osca, hoje extinta, era falada na região de Samnio e Campania, em parte da Lucania e do Brutio, assim como por marmetinos na colônia siciliana de Messana (Messina).
[editar] Escrita
A língua osca foi escrita em um dos muitos alfabetos derivados do etrusco e que leva o nome da língua, alfabeto osco. A inscrição mais famosa é a tábua de bronze de Agnone, datada de cerca de 250 a.C. Trata-se de uma tábua de conteúdo religioso com inscrições em ambas as faces.
[editar] PICENO
[editar] História
A língua picena foi falada na península italiana próximo à costa adriática, entre os rios Chineti e Sangro. Está relacionada com o osco e o umbro e não deve ser confundida com a língua picena setentrional cuja classificação genética não está clara por estar baseada em quatro inscrições encontradas entre Rímini e Ancona.
Existem umas vinte inscrições procedentes dos séculos VI a IV a.C. e escritas em um alfabeto derivado do etrusco e denominado piceno.
[editar] UMBRO
[editar] História
Um dos mais famosos autores da antiguidade clássica, Plauto, era umbro, mas a língua que utilizou para escrever foi o latim, não o umbro. Esta língua era falada na região que corresponde à atual Umbria, mas quando os umbros foram conquistados pelos romanos iniciou-se um processo de declínio desse povo que levou ao seu desaparecimento. De todos os dialetos itálicos é o que melhor se conhece, graças sobretudo às Tábuas Iguvinas.
A língua está estreitamente relacionada com a volsca, osca e picena meridional.
[editar] Escrita
Para se escrever esta língua foi utilizado uma variante do alfabeto etrusco, denominado alfabeto umbro, e cuja inscrição mais famosa é a coleção de sete tábuas de Gubio, escritas em bronze e procedentes do século II a.C. Não obstante, nestas tábuas há dois há dois tipos de alfabeto, o já mencionado alfabeto umbro e outro que se aproxima do romano.
[editar] FALISCO
[editar] História
A língua falisca se associa estreitamente com a latina, a ponto de ambas formarem o grupo latino-falisco do ramo itálico. Tão próxima é a associação entre as duas línguas que em algumas ocasiões o falisco foi considerado um dialeto do latim, como se pode notar comparando-se estas duas frases, sendo a primeira em falisco e a segunda em latim: foied vino pipafo, cra carefo – hodie vinum bibam, cras carebo (hoje beberei vinho, amanhã não terei).
A língua falisca era falada ao norte de Roma, sendo sua principal cidade Falerii Veteres, destruída por Roma em 241 a.C.
[editar] Escrita
A língua falisca utilizava uma variante do alfabeto etrusco. Há cerca de 200 inscrições, muito curtas, que procedem dos séculos IV e III a.C.