Sicília
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- Nota: Se procura a província romana, consulte Sicília (província romana).
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Língua oficial | italiano | ||||
Outras línguas: | siciliano, arbëreshë e dialetos lombardos. |
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Capital e maior cidade |
Palermo | ||||
Presidente | Salvatore Cuffaro | ||||
Área: | 25.708 km² | ||||
População: | 5.098.034 (1998) | ||||
Densidade populacional: | 198 /km² | ||||
Data regional: | 15 de maio de 1946 (estatuto de autonomia) |
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Hino | Sicilia Patria Mia (não oficial) |
A Sicília (em italiano e siciliano Sicilia) é uma região autônoma com estatuto especial da Itália meridional com 25 710 km² e 5,1 milhões de habitantes, cuja capital é Palermo. É completamente circundada pelo Mar Mediterrâneo, sendo sua maior ilha em extensão e população. .
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Índice |
[editar] Administração
Esta região é composta das seguintes províncias:
[editar] Línguas
A língua oficial falada na Sicília é o italiano, mas praticamente todos os sicilianos são bilíngües, pois também falam o siciliano, (u sicilianu), falado também na Calábria meridional e na zona do Salento (Puglia).
[editar] Turismo
Esta região, reconhecida unanimemente uma das mais completas e fascinantes de toda a Itália, é visitada anualmente por milhões de visitantes provenientes de todas as partes do mundo.
As suas cores, os seus sabores, os aromas de seus vales e os perfumes que se irradiam das costas contribuíram para perpetuar nos séculos o fascínio de uma terra as vezes dura, mas igualmente rica de possibilidades. Para esta terra – pela aspereza que distingue quem a vive e trabalha – foi cunhado um termo, pelos homens de arte e de cultura: sicilianidade (sicilianità).
A indústria do turismo é uma atividade em crescimento, favorecida pela presença sobre o território de numerosos sítios arqueológicos e de belezas naturais que, como nos casos de Taormina e Cefalù, suscitam o interesse dos visitantes.
[editar] Geografia
A Sicília é a principal ilha do Mar Mediterrâneo, mas geologicamente pertence à mesma placa tectônica da península italiana, e orograficamente é uma região dos Apeninos como muitas outras regiões italianas. Compreende, na região homônima, também diversas ilhas menores, como as ilhas Eólias (Lípari), as ilhas Égadi e as ilhas Pelágias.
O arquipélago onde se encontra a ilha de Malta é só geograficamente parte integrante da Sicília. Malta, por outro lado, esteve unida à Sicília (também politicamente) até 1798 quando foi ocupada (por cerca de dois anos) por Napoleão Bonaparte.
A Sicília é separada do continente e da Itália peninsular pelo Estreito de Messina, de somente três quilômetros, onde se encontra, com seu magnífico porto natural, a cidade de Messina. O comune de Messina é a seu modo associada e ao comune de Reggio Calabria, na região adjacente, a única região com a qual limita-se, a Calábria, formando a seu modo uma área metropolitana integrada do Estreito.
A própria região e também as ilhas circundantes têm intensa atividade vulcânica. Os vulcões principais são: Etna, Stromboli e Vulcano.
De forma triangular, a Sicília tinha na antiguidade o nome de Trinacria. As costas setentrionais, altas e rochosas, se lançam sobre o Mar Tirreno com recortes como os golfos de Castellammare del Golfo, de Palermo, de Termini Imerese, de Milazzo e muitos outros menores que contém amplas praias cobertas de finíssima areia. A oeste a costa jônica é mais recortada em direção ao sul, enquanto o litoral meridional – de frente à África – é arenoso, mas geralmente uniforme.O relevo é variado e, enquanto na Sicília oriental se pode reconhecer, nos Montes Peloritanos, Montes Nébrodi e Madonias, a continuação Apeninos da Calábria, a Sicília central e ocidental ostenta maciços isolados. Mais ao centro estão os Montes Erei, sobre os quais se encontra, a 948 metros de altura, a cidade de Enna.
A oeste surgem outros montes de altura variável, como os Sicanos, cujo pico mais alto é o Monte Camarata de 1580 metros, e os montes que circulam a Bacia de Ouro, a planície onde, defronte ao mar, se estende Palermo, a capital desta região.
A leste se ergue, visivel do Estreito de Messina, o cume do Aspromonte, o cume nevado do vulcão Etna, com 3.263 metros. Com suas freqüentes erupções, o Etna recobriu o território circundante com sua lava negra que produziu a planície que se estende até o mar, a planície de Catânia, uma das províncias da região, ao longo do litoral.
Os rios sicilianos são todos de porte e extensão limitados. Desembocam no Mar Jônico o rio Simeto e o rio Alcântara, ao longo da costa meridional, o rio Imera, o rio Platini e o rio Belice.
[editar] História
A Sicília, devido a sua posição geográfica, sempre teve um papel de importância nos eventos históricos que tiveram como protagonistas os povos do Mediterrâneo. A vizinhança de múltiplas civilizações enriqueceu a Sicília de assentamentos urbanos, de monumentos e de vestígios do passado que fazem da região um dos lugares privilegiados onde a história pode ser revista através das imagens dos sinais que o tempo não apagou.
- Pré-história
- Período grego
- Período romano
- Período árabe
- Período normando-suevo
- Período aragonês
- História judaica
No século XV, a Sicília pertencia à coroa espanhola. Quando em 1492 os reis católicos, Fernando e Isabel, ordenaram a expulsão ou a conversão dos judeus em Espanha, a Sicília teve de fazer o mesmo.
Nesta ilha viviam várias famílias judaicas, que já tinham sido vítimas de pogroms anterioremente. Mas os judeus tinham também um papel predominante no comércio e na medicina na ilha. O vice-rei siciliano hesitou mas acabou por tomar medidas lesivas dos judeus: proibiu-os de vender as suas posses e impediu-os de levar consigo quaisquer armas. Como consequência da saída dos judeus sabemos que o comércio e a economia siciliana sofreu bastante. No século XVII alguns sicilianos pediram ao rei que fizesse alguma coisa para fomentar o comércio na ilha. Carlos II concedeu a Messina o privilégio de porto livre (ver Stadtluft macht frei) e concedeu aos judeus o direito de estabelecer o comércio ali, com a condição de eles dormirem fora da cidade e que usassem um sinal distintivo na sua roupa. Esta posição ambígua não encorajou os judeus a virem e em 1728, foi comncedido aos judeus o direito do comércio em qualquer parte da ilha, que residissem em Messina, terem uma sinagoga e um cemitério e a poderem possuir e dispor de propriedade. Mesmo isto não ajudou, e em 1740 o rei convidou explicitamente os judeus a virem para a ilha. Algumas famílias aceitaram mas viram-se maltratadas pela população. Pouco depois, os judeus foram culpados por elementos da igreja católica pela incapacidade do rei em gerar um sucessor de sexo masculino. Sete anos tinham passado desde que estas últimas famílias tinham chegado e os judeus voltaram a ser expulsos.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
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