Lagoa Mirim
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Lagoa Mirim é uma lagoa localizada no estado do Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, na fronteira com a República Oriental do Uruguai. É a segunda maior lagoa do Brasil (menor apenas que a Lagoa dos Patos).
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[editar] Aspectos geográficos
Como visão geral, a bacia hidrográfica da lagoa mirim possui uma superfície aproximada de 62.250 km2, dos quais 29.250 km2 (47%) estão no território brasileiro e aproximadamente 33.000 km2 (53%) estão em território uruguaio.
É portanto considerada uma bacia hidrográfica transfronteiriça e sobre a qual prevalece o regime de águas compartilhadas (segundo o Tratado de Limites, assinado em 1909, e o Tratado da Lagoa Mirim, assinado em 1977).
A lagoa mirim, como corpo de água principal da bacia hidrográfica que leva o seu nome, tem aproximadamente 185 quilômetros de extensão, largura média de 20 quilômetros e largura máxima de 37 quilômetros. As profundidades médias naturais são da ordem de 1,00 a 2,00 metros na parte norte, aumentando para 4,00 metros na parte central, chegando a 5,00, 6,00 metros na parte sul. Registre-se que suas costas e margens são baixas e arenosas, com profundidades mínimas e com ocorrência de banhados e juncos.
[editar] Bacias hidrográficas menores
Segundo a Universidade de Pelotas, a bacia hidrográfica da lagoa mirim (que está situada entre os paralelos 31°30’ e 34°30’S e entre os meridianos 52° e 56°O) divide-se em oito bacias hidrográficas menores que são:
- No Brasil: a bacia do São Gonçalo (9.147 km2), cujo principal afluente é o rio Piratini, a bacia do Arroio Grande (4.080 km2), que incorpora, dentre outros, o próprio Arroio Grande e o Arroio Chasqueiro e a bacia do Litoral (6.416 km2), onde estão localizados o Banhado do Taim e a Lagoa da Mangueira, entre outras menores;
- No Uruguai: a bacia do Tacuari (5.143 km2), a bacia do Cebollati (17.328 km2), a bacia do Sarandi (1.266 km2) e a bacia do São Miguel (6933 km2), integrada pelo São Miguel e por outros arroios de menor expressão; de forma conjunta, na divisa entre o Brasil e o Uruguai, está a bacia do rio Jaguarão, com 8.188 km2.
Não existe na área uma estação definida de chuvas: os meses de inverno são mais chuvosos, enquanto novembro e dezembro tendem a ser mais secos. A média anual pluviométrica fica em torno de 1.332 milímetros.
A lagoa Mirim está unida com a Lagoa dos Patos através do Canal São Gonçalo, o qual apresenta uma extensão de 76 km.
[editar] Principais afluentes
Os principais afluentes da lagoa Mirim são o rio Jaguarão pelo lado brasileiro e os rios Cebollatí e o Tacuarí pelo lado uruguaio. Esta lagoa divide as localidades de Jaguarão pelo lado do Brasil e Rio Branco pelo lado do Uruguai.
[editar] Aspectos econômicos
Em ambos os países, Brasil e Uruguai, a predominância às margens da lagoa Mirim são as atividades de pecuária e agricultura. O destaque fica por conta da criação de gado e da plantação de arroz, aproveitando-se as condições naturais para o desenvolvimento desta cultura vegetal.
[editar] Turismo
O turismo é também uma importante fonte de renda, porque movimenta anualmente uma grande cifra nas comunidades em volta da lagoa, tanto no lado brasileiro, quanto no lado uruguaio. Registre-se a lagoa é chamada de Laguna Merín no lado uruguaio, onde um dos mais importantes pontos de visitação é o balneário Lago Merín, que está distante 110 quilômetros de Melo e, pela estrada Rota 8, a 125 quilômetros Treinta y Tres e a 420 quilômetros de Montevidéo. Neste balneário o visitante ou pesquisador encontra uma ampla gama de hotelaria, além de ofertas de casas, chalés, bangalôs e camping, além de restaurantes, mirantes e até um cassino.
[editar] Canal São Gonçalo
O Canal São Gonçalo é uma via fluvial que faz a ligação entre a Lagoa Mirim e a Lagoa dos Patos, tendo uma extensão de 62 km. Seu principal afluente é o rio Piratini.
[editar] Proteção ambiental
No lado leste da bacia, na parte brasileira, encontra-se a Estação Ecológica do Taim, conhecido ponto de pouso, descanso e nidificação de aves migratórias, que com uma diversificada fauna e flora, constitui uma das unidades de conservação federal, tombada pela UNESCO como Reserva da Biosfera.
A Universidade Federal de Pelotas concatena recursos e esforços de pesquisa no mega projeto que chama de Agência de Desenvolvimento da Lagoa Mirim, que muito tem contribuído na pesquisa e identificação de todo o ecossistema da região.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
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