Loxodrómia
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Loxodrómia é a linha que, à superfície da Terra, faz um ângulo constante com todos os meridianos. Por outras palavras, a linha cuja direcção geográfica, ou azimute, é constante. Trata-se, em geral, de uma linha torsa (isto é, que não pode ser assente num plano), e que espirala em direcção a um dos pólos sem nunca o alcançar. Este facto foi pela primeira vez reconhecido pelo matemático português Pedro Nunes, no Tratado em Defensam da Carta de Marear, incluído na sua obra O Tratado da Esfera, de 1537.
É o tipo de trajecto normalmente empregue em navegação marítima, muito embora não constitua o caminho mais curto entre dois pontos. A razão está no facto de a orientação dos navios e aeronaves se realizar com base nas direcções geográficas, fornecidas por bússolas magnéticas e girobússolas. Na navegação marítima, o acréscimo de distância decorrente do emprego da loxodrómia, em vez da ortodrómia, é normalmente desprezável, excepto em longos trajectos oceânicos. Nestes casos, o trajecto planeado segundo a ortodrómia é decomposto em pequenos troços de loxodrómia, cada um dos quais com rumo constante.
Na projecção de Mercator as loxodrómias são representadas por segmentos de recta.