Mídia Alternativa
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Os diversos núcleos de produção de mídia alternativa são uma força relevante na nova forma de comunicação que vem se constituindo. Partindo da insatisfação com as mídias corporativas, comprometidas com os interesses do capital, esses movimentos visam oferecer uma outra maneira de pensar a função transgressiva da comunicação , sendo tudo isso feito com um aparato técnico mínimo e custos irrisórios. Seus principais Veículos de Comunicação são a Internet, as Rádios Comunitárias e Livres, jornais de baixa circulação e fanzines.
Com várias denominações diferentes, como mídia tática, mídia independente ou mídia sob demanda, essas mídias muitas vezes têm ligações com movimentos sociais de fora da rede. Apesar de já ter havido várias manifestações, o movimento das mídias alternativas tomou um novo vulto com o surgimento do Centro de Mídia Independente.
Outro tipo de mídia alternativa são os veículos geridos pelas próprias fontes, como a institucional, ligadas a organizações públicas ou privadas, e a legislativa (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=355DAC001), ligadas aos parlamentos. Alguns dos objetivos destas são justamente a busca de alternativas ao corte editorial da mídia tradicional e o estabelecimento de uma ligação direta entre a fonte e o seu público.
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[editar] Mídia Alternativa enquanto Meio de Comunicação
Mídia Alternativa é também caracterizada no âmbito publicitário como um espaço para veiculação de anúncios de publicidade e propaganda em locais inusitados e ou fora do habitual. Esses anúncios podem, também, interagir com o público. São exemplos de Mídia Alternativa:
- Busdoor
- Bikedoor
- Motodoor
- Mídia em Metrô
- Anúncios feitos com tatuagens
- Anúncios em novas tecnologias
- E quaisquer outros que venham a estar fora do quadro comum de meios e veículos de comunicação
[editar] Mídia Independente
Por mídia independente podemos entender todas as manifestações de mídia que não estão atreladas a nenhum tipo de instituição ou de empresa, ou comprometidas com capitais que podem influenciar sua linha editorial. Seu principal foco de atuação é o jornalismo, e tem como princípio o compromisso com a verdade e com os excluídos sociais. Na maior parte das vezes, essas manifestações de mídia são anticapitalistas e extremamente libertárias. O principal expoente desse tipo de mídia alternativa hoje é o Centro de Mídia Independente (CMI).
[editar] Mídia Tática
"Embora as mídias táticas incluam mídias alternativas, não estamos restritos a esta categoria. De fato, nós introduzimos o termo tático para romper e ir além das rígidas dicotomias que têm restringido o pensamento nesta área por tanto tempo." (GARCIA & LOVINK, 2003)
Com sua sede em Amsterdã, na Holanda, onde ocorre a conferência Next Five Minutes (Próximos Cinco Minutos), as mídias táticas não se constituem como uma organização de produções alternativas, mas sim como um conceito que abarca uma série de manifestações independentes, de qualquer categoria (intelectuais, jornalísticas, estéticas etc) até mesmo offline, como teatro de rua. Vários sítios são considerados mídia tática, inclusive o CMI. A manifestação prática do Mídia Tática são os laboratórios de mídia, os Tactical Media Labs, que pretendem fomentar a formação de mídias independentes.
[editar] Mídias sob Demanda
São aquelas que procuram atender a uma demanda de informações ignorada pelas corporações midiáticas, as chamadas mídias sob demanda. Elas se caracterizam por atender necessidades específicas dos mais variados tipos: desde disponibilização de sítios e links relacionados a determinado assunto (como o Rizoma, o sindominio e o samizdat), a incubadoras de projetos (como o projeto Meta:fora, o MetallosMediaLab e o Co:Lab, desdobramento do Meta:fora). Esses movimentos ativam a socialização do conhecimento através da disponibilização de textos e idéias de forma reorganizada, a partir de um foco de leitura possível, e, principalmente, fazendo a informação circular e produzir novas idéias.
Uma grande parte das manifestações de mídias sob demanda no Brasil se faz através de rádios comunitárias, que procuram discutir os problemas de grupos excluídos, como as favelas e os menores abandonados.
[editar] Referências bibliográficas
- GARCIA, D. & LOVINK, G. ABC da mídia tática. Texto acessado em: <www.multitudes.net>;
Contribuição de Luiz Carlos Santana