Medianeira
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Município de Medianeira | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Medianeira é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população estimada em 2004 era de 39.639 habitantes. O setor agro-industrial é a base da economia do município.
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[editar] História
Medianeira nasceu da Gleba Iguaçu, pertencente até 1939 a Miguel Matte, que não teve sucesso no seu intento (instaurar uma colonização em pequenas propriedades) por ser impossível escoar a produção para outros centros consumidores. Por problemas financeiros Miguel Matte transferiu suas terras a Ramon Lopes. Mais tarde, na metade da década de 40, Alberto Dalcanale, Luiz Dalcanale Filho e Alfredo Pascoal compraram a Gleba Iguaçu e fundaram a Colonizadora Pinho & Terra.
A Pinho & Terra ocupou a região criando outras Colonizadoras sendo sempre a maior acionista delas. A Colonizadora Gaúcha, de onde surgiu São Miguel do Iguaçu; a Colonizadora Matelândia, de onde surgiu Matelândia e a Indústria Agrícola Bento Gonçalves, que fundou Medianeira.
A Indústria Agrícola Bento Gonçalves, dirigida por Pedro Soccol e José Callegari, tinha como outros quatro grandes acionistas o próprio Pedro Soccol, Ivo Soccol, Afonso Martelli e Celeste Dall'Oglio. Muitas outras pessoas eram acionistas menores.
Foi em 16 de agosto de 1950 que José Callegari e seu filho Remi Callegari partiram de Bento Gonçalves em direção a Guaporé onde Pedro Soccol se juntou à viagem. Chegaram no local que se tornaria Medianeira na metade da tarde do dia 20 de agosto. Encontraram, então, o Rio Alegria que atravessa a cidade e enfrentaram uma cobra cascavel junto a uma frondosa árvore onde hoje está o viaduto. Seguiram depois para São Miguel e depois Foz do Iguaçu onde se encontrariam com Alfredo Ruaro. Dias depois, concordaram em iniciar a vila justamente no local onde encontraram a cascavel.
O local onde se situa Medianeira era uma região onde predominava a árvore peroba, mas tinha muita canafístula e ipê.
Determinada a localização de Medianeira, foi procedida a primeira derrubada e localizados os piquetes da então BR 37. Escolheu-se o local da avenida central, estabelecendo-se que a futura cidade teria 2 km ao correr da Estrada Federal e 2 km rumo ao sul, havendo um pequeno aumento de área pela inclinação da estrada na passagem pelo perímetro urbano.
Pedro Soccol entregou sua pretenção ao agrimensor Anisio Paim da Rocha, traçando um "xis" no projeto e indicando as demais avenidas, todas com 30 metros de largura e as ruas com 20 metros. Com isso pensou que o plano urbano estaria perfeito para as condições de tráfego e as quadras obedeceriam ao padrão de 100 x 100 metros, menos as diagonais, com cortes nos cantos e na frente da Federal com a aludida inclinação. Assim, o ponto zero foi estabelecido no encontro do centro da hoje Av. Brasília, com o centro da BR 277 e, lançadas linhas de 1 km nos rumos leste e oeste.
Na primeira quinzena de setembro de 1950 iniciou-se o corte do mato pelos Srs. Emílio Henrique Gomes e Edmundo Carlos Biesdorf. Depois da derrubada da mata e do preparo da terra, plantou-se trezentos quilos de milho que rendeu uma farta colheita no final de janeiro de 1951.
Em 10 de março de 1951 foi iniciada a medição da roçada da nova vila quando também foi construído o primeiro rancho, todo coberto de palmitos.
Em 20 de maio de 1951 chegaram as primeiras quatro famílias: Paulo Becker, Arcelino Rosa, Miguel da Silva e Alfredo Teodoro Brandão. Foram abrigados no galpão que já estava pronto. Suas casas foram construídas logo em seguida porque em 18 de junho de 1951 nasceu o primeiro bebê: Lourdes Brandão.
Como relata o colonizador José Callegari "...era o mês de maio de 1951, quando começamos a discutir sobre o nome que devíamos dar à nova cidade. O Pedro queria um nome guarani. Eu não. Depois de muito diálogo, ficou deliberado o nome Medianeira, situação geográfica entre Matelândia e São Miguel do lguaçu e por coincidência com o mês consagrado a Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças (31 de maio)."
Muitos dos primeiros moradores de Medianeira, bem como de todo os outros municípios vizinhos, vieram através da "Estrada do Parque". Esta estrada foi aberta para rodagem 3 em 1948 por Armando Bitencourt e Arlindo Morera. Levaram mais de um ano para limpar a picada por onde trafegavam colonizadores em carroças e cavalos.
Mas como atravessar o Rio Iguaçu? Era preciso de uma balsa. E a balsa foi construída nas margens do rio. E o carpinteiro responsável foi Osório Pasqual Fellini. "Quem construiu a primeira balsa fui eu", disse Fellini. E complementou: "E foi a Colonizadora quem abriu a estrada".
Mas a origem do atual traçado do Caminho do Colono se perde no tempo. A coluna Prestes, na época da revolução de 1924 (...) subiu do Rio Grande do Sul, atravessou o Rio Iguaçu e passou por uma trilha primitiva do Caminho do Colono até a localidade de Benjamim Constant. Logo, Prestes não inaugurou seu uso... O carreiro de acesso à vila Benjamim hoje é apenas lembrada pelo nome Picada Benjamim.
[editar] Geografia
[editar] Demografia
[editar] Hidrografia
O principal rio da cidade é o rio Alegria. Ele é usado pela Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) para realizar a captação de água para o abastecimento da cidade. Outro rio que passa pela cidade é o rio Bolinha, que se encontra quase totalmente canalizado. O rio Ocoy, mais caudaloso que os dois anteriores, em seu curso corta apenas a zona rural do município.
[editar] Administração
- Prefeito: Elias Carrer
- Vice-prefeito: Ricardo Endrigo