Mortificação
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A mortificação é uma antiga prática cristã que consiste em realizar um sacrifício mental ou físico por amor a Deus com o objetivo de se unir à paixão e à cruz de Jesus Cristo e, portanto, como meio de participação na Redenção.
Distingue-se entre mortificação ativa e passiva. A mortificação ativa é buscada diretamente, como é o caso, por exemplo, do jejum comum em muitas religiões. A Igreja Católica, por exemplo recomenda pequenos sacrifícios durante o tempo denominado quaresma, e o jejum e a abstinência de carne na Sexta-feira da Paixão e na Quarta-feira de Cinzas, a religião mulçumana prevê jejuns durante o Ramadã. A mortificação passiva é a aceitação voluntária de sacrifícios que vêm dados pela própria vida, como doenças, dificuldades, etc. Com a aceitação desses sacrifícios se pode dar uma dimensão maior a eles.
A mortificação pode ser interior ou corporal. A interior se refere ao sacrifício no âmbito da inteligência e da vontade. A corporal se refere ao sacrifício dos sentidos.
Pode cingir-se à renúncia de algum alimento que se tenha preferência ou simplesmente esperar alguns instantes para beber água quando se tem sede. Podem ser também pequenos atos que melhorem o cumprimento dos próprios deveres professionais ou que tornem mais agradável a convivência com outras pessoas: Sorrir quando se está cansado, terminar uma tarefa no horário previsto, ter presente na cabeça problemas ou necessidades daquelas pessoas que nos são caras e não só os próprios, etc.
Muitas vezes, para um cristão comum, será um sacrifício similar, ou ainda mais fácil, do que aqueles sacrifícios que realizam outras pessoas para perder peso, (dietas, operações) melhorar a forma física (musculação, ginásticas) ou outros legítimos cuidados com o próprio corpo.