Museu Nacional do Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Museu Nacional do Brasil foi fundado pelo Rei de Portugal Dom João VI em 1818 sob o nome de Museu Real, numa iniciativa de estimular a pesquisa científica no Brasil, até então uma imensa colônia selvagem e desconhecida para a ciência. Inicialmente o Museu abrigava exemplares botânicos e animais empalhados, especialmente aves, o que fez com que o velho prédio em que se localizava no Campo de Santana, no centro da cidade do Rio de Janeiro, ser conhecido como "Casa dos Pássaros".
Em seguida, com o casamento do Imperador Dom Pedro I com a princesa Maria Leopoldina de Áustria da Áustria, foram para o Brasil alguns dos maiores naturalistas do século XIX, como von Spix e von Martius, que trabalharam para o Museu. Outros pesquisadores europeus, como Auguste de Saint-Hilaire e o Barão Langsdorff, contribuíram para a coleção de exemplares botânicos do Museu Real quando em suas expedições pelo Brasil.
No decorrer do século XIX, refletindo tanto as preferências do Imperador Dom Pedro II quanto o interesse do público europeu, o Museu Nacional passou a investir nas áreas da antropologia, paleontologia e arqueologia. O próprio Imperador, um entusiasta de todos os ramos da ciência, contribuiu com diversas peças de arte egípcia, fósseis e exemplares botânicos, entre outros ítens, obtidos por ele em suas viagens. Desta forma o Museu Nacional se modernizou e tornou-se o centro mais importante da América do Sul em História Natural e Ciências Humanas.
O Imperador ainda era uma figura muito popular no momento em que foi deposto, em 1889. Desta forma, os republicanos procuraram apagar os símbolos do Império. Um destes símbolos, o Paço de São Cristóvão, a residência oficial dos imperadores, tornou-se um local ocioso e que ainda representava o poder imperial. Então, em 1892, o Museu Nacional, com todo o seu acervo e seus pesquisadores, foi transferido da Casa dos Pássaros para o Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, onde se encontra até os dias de hoje.
Em 1946 o Museu passou a ser admnistrado pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os pesquisadores e suas salas e laboratórios ocupam boa parte do Paço e alguns prédios erguidos no Horto Botânico, na Quinta da Boa Vista. No Horto ainda encontra-se a maior biblioteca científica do Rio de Janeiro. Atualmente, o Museu Nacional oferece cursos de pós-graduação ligados à Universidade nas seguintes áreas: Antropologia Social, Botânica, Geologia e Paleontologia, e Zoologia.
O Paço abriga a exposição de um dos maiores acervos das Américas de animais empalhados, minerais, coleções de insetos, utensílios indígenas, múmias egípcias e sul-americanas, meteoritos, fósseis e achados arqueológicos.
O Museu Nacional encontra-se aberto ao público de terça a domingo, a partir das 10h.