Palácio do Catete
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O Palácio do Catete localiza-se no bairro do Catete, na Cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi sede do Poder Executivo da República no Brasil de 1897 até 1960, quando este se transferiu para Brasília. A partir da década de 1970, o palácio passou a abrigar o Museu da República, entre outras instituições.
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[editar] História
O Palácio do Catete, foi construído para ser a casa da família do Barão de Nova Friburgo na metrópole. Nesta época ele fica conhecido como Palácio de Nova Friburgo. Os trabalhos têm início com a demolição da casa de número 150 (numeração antiga) da Rua do Catete. A construção termina oficialmente em 1866, porém as obras de acabamento continuam por mais de 10 anos.
Logo após a morte do barão e sua mulher, seu filho mais novo, o Conde de São Clemente, vende a mansão em 1890 para um grupo de investidores, que fundam a Companhia Grande Hotel Internacional, sem êxito, entretanto, no intento de transformar o palácio em um luxuoso hotel. Devido ao encilhamento, a empresa vai à falência e seus títulos são adquiridos pelo Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que 5 anos mais tarde paga suas próprias dívidas com esses títulos que incluem a propriedade do imóvel junto ao Banco do Brasil (na época Banco da República do Brasil). Na ocasião, a sede do Governo era no Palácio Itamaraty. Em 1897 o Presidente Prudente de Morais, fica doente, e durante a sua doença assume o seu vice, o Dr. Manuel Vitorino, que compra o palácio e ali instala a sede do governo. Oficialmente ele foi sede do governo federal de 24 de fevereiro de 1897 até 1960 quando a Capital e o Distrito Federal foram transferidos para Brasília.
[editar] Características Artísticas
O edifício é um dos principais exemplos da arquitetura neoclássica brasileira. O Palácio foi projetado em 1858 pelo arquiteto Carl Friedrich Gustav Waehneldt. O prédio possui extensos jardins com espelhos d'água, que vão da Rua do Catete até a Praia do Flamengo.
Na construção original, havia águias, não as que hoje lá estão, no local havia águias de ferro, que foram substituídas por estátuas de musas, representando o verão, o outono, a justiça, entre outros. Em 1910 foram substituídas novamente por águias, só que desta vez de bronze, obra do escultor Rodolfo Bernadelli, e as esculturas foram derretidas para a fundição dos bancos do jardim. A remodelação dos jardins do palácio ficou a cargo do engenheiro Paulo Villon. A construção ficou então conhecida como o Palácio das Águias, um apelido pouco usado.
[editar] Museu da República
Fundado em 1983, o Centro de Referência da República é uma biblioteca com cerca de 10 mil livros e publicações sobre Ciências Sociais e História do Brasil, incluindo obras raras; 176 títulos de vídeo; 100 títulos de CD-Roms sobre arte, história, museus e variedades; e 600 títulos de periódicos.
Em seu acervo estão obras de pintores importantes para a história do Brasil, como João Batista Castagneto (1862-1900) e Armando Vianna (1897 – 1991).
O Centro de Referência ainda abriga o acervo original da época em que o Palácio do Catete era sede da Presidência da República, o que inclui doações pessoais, como a Coleção Pereira Passos, a Coleção Igreja Positivista do Brasil, a Coleção Getúlio Vargas e a coleção Memória da Constituinte.