Plano Cohen
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O Plano Cohen foi um documento escrito pelo capitão Olímpio Mourão Filho - na época membro do Serviço Secreto integralista -, a pedido do líder Plínio Salgado, com o intento de simular, para efeitos de estudo, uma revolução comunista no Brasil. Porém, membros do Estado Maior do Exército acabaram tomando posse de uma cópia do tal documento, e a sua divulgação foi o estopim para a execução de um plano de tomada do poder por parte do então presidente Getúlio Vargas. O documento foi apresentado à imprensa em 30 de setembro de 1937, no programa radiofônico oficial "Hora do Brasil" - o que hoje conhecemos por Voz do Brasil -, e pôs a nação em pânico, com medo de uma outra tentativa revolucionária comunista. Este clima de tensão nacional permitiu que Getúlio Vargas e seus aliados instaurassem o Estado Novo, em 10 de novembro de 1937.
[editar] Trecho do Plano Cohen:
- XVIII - OS REFÉNS
- No plano de violências deverão figurar, como já foi dito atrás, os homens a serem eliminados e o pessoal encarregado dessa missão. Todavia, tão importantes quanto estes serão os reféns, que, em caso de fracasso parcial, servirão para colocar em xeque as autoridades. Serão reféns: os Ministros de Estado, presidente do Supremo Tribunal, e os presidentes da Câmara e do Senado, bem como, nas demais cidades, duas ou três autoridades ou pessoas gradas. A técnica para a colheita de reféns será a seguinte: os raptos deverão ser executados em pleno dia, nas próprias residências, que serão invadidas por grupos de 3 a 5 homens dispostos e bem-armados e munidos de narcóticos violentos (clorofórmio, éter em pastas de algodão empapadas) e serão transportadas para pontos secretos e inatingíveis, com absoluta segurança. Em caso de fracasso, proceder ao fuzilamento dos reféns. (SILVA, p.283-4)
[editar] Bibliografia
SILVA, Hélio. A ameaça vermelha: o plano Cohen. RS: LP&M, 1980.