Projeto Tamar
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O nome Tamar foi criado a partir da contração das palavras “tartaruga marinha”. A abreviação se mostrou necessária ainda no início dos anos 80, para a confecção das pequenas placas de metal utilizadas na identificação das tartarugas marcadas pelo Projeto para estudos de biometria, monitoramento das rotas migratórias e outros.
Desde então, o Projeto Tamar passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, que é executado pelo IBAMA, através do Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas (Centro TAMAR-IBAMA), órgão governamental; e pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisas das Tartarugas Marinhas (Fundação Pró-TAMAR), instituição não governamental, de utilidade pública federal.
Essa união do governamental com o não-governamental revela a natureza institucional híbrida do Projeto Tamar. O Tamar conta ainda com a participação de empresas e instituições nacionais e internacionais, além de organizações não-governamentais.
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[editar] O que o Tamar faz
[editar] Missão
O TAMAR surgiu com o objetivo de proteger as tartarugas marinhas. Com o tempo, porém, percebeu-se que os trabalhos não poderiam ficar restritos às tartarugas, pois uma das chaves para o sucesso desta missão seria o apoio ao desenvolvimento das comunidades costeiras, de forma a oferecer alternativas econômicas que amenizassem a questão social, reduzindo assim a caça das tartarugas marinhas para sobrevivência. O TAMAR também protege tubarões e outras espécies de vida marinha.
As atividades são organizadas a partir de três linhas de ação:
- Conservação e Pesquisa Aplicada,
- Educação Ambiental
- Desenvolvimento Local Sustentável, onde a principal ferramenta é a criatividade.
Desde o início, tem sido necessário desenvolver técnicas pioneiras de conservação e desenvolvimento comunitário, adequadas às realidades de cada uma das regiões trabalhadas. As atividades estão concentradas em 21 bases, distribuídas em mais de 1100 km de costa.
Assim, sob o abrigo da proteção das tartarugas, promove-se também a conservação dos ecossistemas marinho e costeiro e o desenvolvimento sustentável das comunidades próximas às bases - estratégia de conservação conhecida como “espécie-bandeira” ou “espécie-guarda-chuva”.
Essas atividades envolvem cerca de 1200 pessoas, a maioria moradores das comunidades, e são essenciais para a proteção das tartarugas marinhas, pois melhoram as condições do seu habitat e reduzem a pressão humana sobre os ecossistemas e as espécies.
[editar] Sergipe
O litoral de Sergipe possui a maior concentração de desovas da tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) no Brasil. Também são registradas, em menores proporções, desovas das tartarugas cabeçuda (Caretta caretta), pente (Eretmochelys imbricata) e verde (Chelonia mydas).
As bases de Pirambu, Abais e Ponta dos Mangues protegem, juntas, 125 km dos 163 km de praias sergipanas e protegem mais de 2.500 desovas/ano e cerca de 135 mil filhotes:.
O Oceanário de Aracaju e o Centro de Educação Ambiental da Reserva Biológica de Santa Isabel recebem cerca de 170 mil visitantes/ano, sendo 17 mil atendimentos especiais através do Programa de Visitas Orientadas (PVO).
Em Pirambu é desenvolvido o Programa de valorização cultural, envolvendo grupos foclóricos, quadrilhas juninas, capoeira, bordadeiras e o encontro cultural: Culturarte. Todas estas atividades se concentram no Clubinho da tartaruga, um estrutura construída em taipa, em regime de mutirão pela comunidade.