Publicações científicas
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Critérios Editoriais para Publicação Científica
O sistema de avaliação de produção científica é um processo pelo qual toda a literatura científica passa antes de ser publicada. Para que um artigo científico seja publicado este passa por todo um procedimento de avaliação criteriosa, rigorosa e parmétrica assinada por revisores preparados, éticos, críticos e confiáveis.
Os primeiros periódicos surgiram no século XVII, mas o sistema de avaliação se deu em 1973 devido à necessidade de organização das publicações, assim criou-se papéis fundamentais neste trabalho editorial. Como os editores e avaliadores, ao primeiro cabia a responsabilidade de organizar, sendo representado pelo secretariado da sociedade, e os avaliadores que eram representados prelo conselho.
O sistema de revisão por pares teve grandes vantagens, porém, devido a alguns problemas este passa a ser desacreditado por muitos isso devido haver distorções de terras para atender interesses de terceiros, os editores e organizadores passam a adicionar assuntos ou retira-los e a desconfiança era visível, pois os artigos passaram a levar mais tempo antes de serem publicados, justamente pelo fato dessas, criando-se assim a má conduta ética.
Devido a estes fatos novos mecanismos são criados, os revisores ou árbitros passam a ter maior controle uns sobre os outros com um número maior de membros, para que se dê mais segurança ao autor e ganhar mais confiabilidade.
Quando de algum modo os avaliadores tem algum conhecimento com o0s autores a serem avaliados, estes tem entre si intermediários, e os cuidados em aperfeiçoar este trabalho é cada vez mais intenso para que se torne o mais ético possível, e para que casos como plágio, fraude, não venham a ocorrer.
Pessanha apresenta o quadro em que Lafollete mostra casos de má conduta por parte de autores, avaliadores e editores, como: membros antiéticos apresentam dados que não existem, ou seja, forjam as informações acrescentando ou retirando parte destas. Um outro aspecto dessa negatividade é o uso abusivo de idéias de outros autores, sem atribuir-lhes autoria, violando assim o direito destes. Há ainda casos em que inclui-se autores que nem sequer participaram dos trabalhos editados, muitas vezes retardaram a apresentação do paerecer, para obter vantagens pessoais.
Códigos de ética criados por grandes periódicos e sociedades científicas surgem no sentido de reduzir essas características abusivas por parte dos editoriais. Nos países que tem um elevado número de literatura científica, vêm se preocupando em criar, além do código de ética e conselho algo que prescrevam princípios e regras de procedimento.
Pesquisadores, autores e revisores vêm propondo a criação de mais uma instância racional que possa controlar e assegurara qualidade da ciência.
Ainda nessa linguagem de critérios editoriais fizemos uma abordagem na revista estudos geográficos que além de as normas editoriais ainda submete os artigos a serem publicados a uma avaliação segundo critérios como: organização, clareza do texto, adequação, conteúdos concisos, os objetivos, desenvolvimento e conclusão devem estar adequados e claros, sempre trazendo as citações de autores com suas devidas referências bibliográficas.
Um estudo realizado por Cláudio Csillag, sertanista do curso de medicina da UNIFESP, junto a BIREME, mostra as melhores posições de revistas científicas na área da saúde e a que conseguiu o primeiro lugar foi a revista da saúde pública da USP.
Observando os critérios utilizados pelas maiores bases de dados internacionais na área da saúde: BIREME, Lilacs, Index Medicus, etc.) Cislag desenvolveu uma metodologia de classificação para avaliar os critérios editoriais nesta área, fazendo avaliação de publicações cadastradas na Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Ele observa que as escolhidas têm bibliografia normalizada e são indexadas em pelo menos três bases de dados internacionais e resumos em tópicos. Csillag afirma que esta é a primeira metodologia da área que serviria para a BIREME avaliar e selecionar as publicações que farão parte da Sciclo já que esta é uma base seletiva, porém, Cisillag deixa claro que este trabalho não avalia o conteúdo científico das publicações.
Produzir uma revista científica não significa apenas ter em mãos materiais colhidos em simples pesquisas e em seguida levar a uma editora, esse pesquisador não deve meramente ser produtor de conhecimento, mas deve ser qualificado.
Oswaldo H. Yamamoto (2002) mostra em seus artigos que a comissão conjunta de CAPES/ANPEPP, as quais avaliam a produção científica de pós-graduação dos pesquisadores no sistema nacional e da área de psicologia, vêm se preocupando quanto a qualificação dos periódicos, envolvendo-se eventos como os promovidos pela Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC), dessa forma, os editores trocam experiências. Por esse fato Yamamoto esclarece a qualificação desses editores, os quais não são meramente pesquisadores que se envolvem nestes trabalhos para conseguir equacionar seus orçamentos, mas pessoas que tem conhecimento adequado a cada a tal responsabilidade. Yamamoto faz uma reflexão na área da psicologia em que irá trabalhar a questão de editoração.
A revista psicologia: teoria e pesquisa, assinada pela editora Maria Ângela Guimarães Feitosa, tem matérias muito boas nesse campo, como a responsabilidade ética do editor de periódico científico, dividindo em três grupos as responsabilidades, como a disseminação do conhecimento, normas editoriais no caso, a formatação, revisão por pares, política editorial, além de não esquecer da responsabilidade do editor com os manuscritos e que este ser isento na escolha de consultores, outro aspecto de tamanho cuidado é com a circulação de material sem autorização dos autores.
No campo da ciência da informação, Rosaly Fávero (2000) também citada no artigo de Yamamoto, deixa explícito a responsabilidade que considera fundamental do editor. Sendo direção do processo de publicação, qualidade do conteúdo, imparcialidade quanto ao tema, não sendo preconceituoso, isenção na escolha dos revisores, jamais escolher pessoas que venham trazer-lhe benefícios particulares, objetividade na comunicação profissional entre revisores e autores, reservando os direitos autorais e a decisão final, se o manuscrito será aceito ou rejeitado.
E muitos autores que atentam para estes assuntos editoriais, sempre foram os mesmos pontos que consideram importantes para a publicação de artigos, alertando para a imparcialidade, responsabilidade final e pelo sigilo, isenção, cumprimento de prazo, entre outros.
Como se percebe, trabalhar com editoração é uma tarefa árdua que acima de tudo exige ética e responsabilidade, não é meramente, levar ao usuário um material de pouca importância ou que mereça descrédito por parte destes, mas, há um grande empenho por parte daqueles que trabalham nesta área para colocar todos os pontos acima citados.
Fazemos ainda um breve comentário a respeito do que Oswaldo Yamamoto mencionou em seu trabalho que foi o questionamento de como manter em prática a ética de garantir o sigilo de manuscritos em uma comunidade científica como o da psicologia no Brasil, que é representada por poucos membros, e que mesmo assim procuram cumprir suas metas mesmo com grande desafios.
O que é visível verificar que geralmente esses critérios são quase os mesmos para diversos periódicos, sempre segundo os códigos de ética desenvolvidos por periódicos importantes para impor diretrizes quanto ao comportamento dos avaliadores ou revisores.
Podemos perceber que hoje há um grande número de artigos científicos produzidos no mundo inteiro, e para que realmente sejam divulgados ou publicados, estes seguem determinados critérios.
Contudo, alguns autores ainda não atentaram para estes seguimentos editoriais. Com isso, acham que basta ser pesquisado e organizado alguns artigos e levados para compor uma revista científica. Felizmente a ciência não é produzida assim! Os manuscritos têm que seguir parâmetros aos quais são submetidos antes de chegar às mãos dos usuários desta informação.
[editar] Referências bibliográficas
- PESSANHA, Charles. Critérios editoriais de avaliação cientifica:notas para discussão. Ciência da Informação, 27(2): 226-229. Mai-Ago/1998.
- YAMAMOTO, Oswaldo H. Avaliação de periódico cietíficos brasileiros da área da psicologia. Ciência da Informação, 31(2): 163-177. Mai-Ago/2002.