Rapé
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rapé é tabaco (ou fumo) em pó, para cheirar. Do francês “râper”, ralar, raspar.
O hábito de consumir rapé era bastante difundido no Brasil até o início do século 20. Era visto de maneiras contraditórias: as vezes como hábito elegante, as vezes como vício. Há menções ao hábito em obras de Machado de Assis (Bote de rapé) e Eça de Queiróz (Os Maias).
Vendiam-se caixinhas dos mais diversos materiais, nobres ou não tais como prata, madeira, papel-marchê à semelhança das caixas de fósforo conhecidas como tabaqueira ou boceta. Algumas eram verdadeiras jóias.
Podia-se comprá-lo já ralado (pronto para consumo) ou ainda um pedaço de fumo inteiro. Nesse caso, com um minúsculo ralador ralava-se o fumo na hora para se obter um cheiro de qualidade superior (da mesma forma como, para se obter um bom café, o grão é moído na hora).
[editar] Como cheirar
Um procedimento, considerado elegante, para se cheirar rapé consistia em primeiro, fechar-se uma das mãos, na vertical. Depois esticava-se o dedão firmemente para cima. Ao fazer isso aparece, na junção da mão com o braço, um oco, produzido pelo tendão esticado do dedo. Nesse oco se coloca o pó. Aproxima-se então o pó de uma das narinas, tendo a outra tampada com o dedo indicador da outra mão. Respira-se com força, o pó entra pela narina e o espirro vem. Do espirro vem o prazer relacionado ao consumo de rapé.
O rapé, em tempos passados, foi o grande estimulante do nariz. Ainda é possível encontrá-lo em tabacarias.