Rodovia Washington Luís (BR-040)
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- Nota: Se procura a rodovia paulista, consulte Rodovia Washington Luís (SP-310).
A BR-040 é uma rodovia federal radial do Brasil,. Seu ponto inicial fica na cidade de Brasília (DF), e o final, no Rio de Janeiro (RJ). Passa pelo Distrito Federal e pelos Estados de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Serve, dentre outras, as seguintes cidades:
- Luziânia (GO)
- Paracatu (MG)
- Três Marias (MG)
- Sete Lagoas (MG)
- Belo Horizonte (MG)
- Barbacena (MG)
- Juiz de Fora (MG)
- Três Rios (RJ)
- Petrópolis (RJ)
Sua extensão é de 1178,7 quilômetros.
A atual BR-040 foi efetivada pelo Plano Nacional de Viação em 1973. A redação inicial do Plano, em 1964, estabelecia a rodovia entre Brasília e São João da Barra (RJ). Com a revisão, o trecho entre Belo Horizonte e São João da Barra passou a fazer parte da BR-356, sendo incluído na BR-040 o trecho até o Rio de Janeiro, inicialmente parte da BR-135.
Antes de 1964, o trecho entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte era denominado BR-3.
Dois trechos da BR-040 têm grande importância na história das rodovias brasileiras. O trecho entre Petrópolis e Juiz de Fora compreendia a Estrada União e Indústria, a primeira rodovia brasileira, inaugurada em 23 de junho de 1861 por Dom Pedro II. Este trecho foi substituído pela atual Rio-Juiz de Fora em 1980. O trecho Rio-Petrópolis, conhecido como Rodovia Washington Luís, foi inaugurado em 25 de agosto de 1928, pelo Presidente da República, Washington Luís, e tornou-se o primeiro asfaltado do Brasil em 1931.
O trecho final da BR-040, entre Juiz de Fora e o Rio de Janeiro foi concedido à iniciativa privada, em 1996.
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[editar] História da rodovia Washington Luís
Pelos idos de 1926, o presidente da República, Washington Luís, declarava à Nação que "governar é abrir estradas, num país em que, em 1927, tinha 93.682 automóveis e 38.075 caminhões. O Distrito Federal e o Estado do Rio de Janeiro somavam 13.252 automóveis e 5.452 caminhões.
A estrada Rio-Petrópolis constituiu-se numa das prioridades, notadamente pelo fato de a imprensa fazer pesadas críticas pelo abandono do caminho à Cidade Imperial. Não era para menos: as enxurradas de dois verões levaram a areia e o saibro de macadame da serra, enquanto a tabatinga da Baixada abria-se em sulcos intransitáveis. Um dos jornais comentava o retrocesso, naquela época em que as baratas, cupês e cabriolés voltavam a subir, a bordo dos vagões da Leopoldina.
A picareta, a pá, a enxada e as carrocinhas de burros eram os instrumentos de trabalho, numa fase de surto de malária na Baixada, sem esquecer o frio da serra de Petrópolis. Os operários ocupavam improvisados alojamentos no alto da montanha.
Com oito metros de largura de plataforma, a Rio-Petrópolis era inaugurada pelo presidente Washington Luís, em 25 de agosto de 1928, ao lado de seis ministros e de autoridades regionais. No dia seguinte, domingo, nada menos do que 1.783 carros passavam pela estrada, levando um cronista social a compará-la a uma Avenida Central, devido às enormes filas, vagarosas. Dois dias depois, numerosos caminhões assustavam os usuários, temerosos dos perigos das alturas. Três anos adiante, os 22 km da serra começavam a receber revestimentos de concreto. Três viadutos venceram as profundas grotas existentes, pela ousadia com que conduziram o concreto desfiladeiro abaixo.
A antiga Rio-Petrópolis foi considerada, por muito tempo, a melhor rodovia da América do Sul.
Na década de 1950s foi construída a Estrada do Contorno de Petrópolis, ligando Itaipava a Xerém, que passou a ser usada como pista de descida da serra. Atualmente, a antiga Washington Luiz serve como pista de subida da BR-040 até a entrada de Petrópolis (Quitandinha), onde se inicia a Rio-Juiz de Fora.
[editar] O trecho Petrópolis-Juiz de Fora
Este trecho, concluído em 1980, substituiu a antiga Estrada União e Indústria, a primeira rodovia do Brasil, inaugurada em 1861. Suas obras tiveram início em 1975 e concluídas cinco anos depois, seguindo longo percurso em região montanhosa, plana, ondulada, com trechos de pista simples (7,20 m) e duplas (14,40 m), de largura. A maior parte do percurso é feito em pista dupla, sendo em pista simples o contorno de Juiz de Fora a partir de Matias Barbosa. Este último trecho teve suas obras de duplicação iniciadas em 2005.
De Petrópolis a Juiz de Fora, a rodovia BR 040 corta sete municípios, num percurso de 138 quilômetros, com volume de tráfego de sete mil veículos/dia e menor índice de cargas, em relação a Rio-Bahia, segundo informação do DNER.
Em 1º de março de 1996, o trecho entre Rio de Janeiro e Juiz de Fora foi privatizado pelo prazo de 25 anos, concedido à empresa Concer. Possui três praças de pedágio, duas em território fluminense - Kms 104 (Duque de Caxias), 45 (Pedro do Rio) e uma em Minas - 814 (Simão Pereira).
[editar] O trecho Juiz de Fora-Belo Horizonte
O trecho, que possui 260km, corresponde aproximadamente ao traçado do Caminho Novo aberto no século XVIII. Na década de 1930 a estrada foi retificada e atingiu Belo Horizonte. Em 1 de fevereiro de 1957 foi inaugurada a pavimentação da então rodovia BR-3 pelo presidente Juscelino Kubitschek. Em 1973 a rodovia foi alargada (exceto trechos em pontes e viadutos), sendo que desde meados da década de 1990 diversos trechos estão sendo duplicados.
A rodovia, entre Juiz de Fora e Belo Horizonte, apresenta diversos pontos perigosos, tais como o Viaduto das Almas (km 592), Curva do Sabão (km 580), Curva do Ribeirão do Eixo (km 588), Curva do Bambu (km 653), entre outros. Com a duplicação, esses trechos devem desaparecer ou serem corrigidos.
A rodovia foi tema para Toni Tornado vencer, com BR-3, o Festival Internacional da Canção de 1970.
O trecho entre Juiz de Fora e Belo Horizonte chama-se Rodovia JK.
[editar] Veja também
[editar] Ligações externas
Páginas do Ministério dos Transportes
- Mapas rodoviários do Brasil e dos estados (arquivos PDF para download)
- Percurso detalhado da BR-040 (tabelas)