Romano III
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Romano III Argiro (em grego: Ρωμανός Γ΄ Αργυρός, Rōmanos III Argiros), (968 – 11 de Abril de 1034), foi imperador de Bizâncio de (15 de Novembro de 1028 a 11 de Abril de 1034). "Argiro" significa "prata" em grego.
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[editar] Vida
Romano Argiro era filho de um membro desconhecido da família Argiro e bisneto do imperador Romano I. Durante o reinado de Basílio II Romano desempenhou o cargo de juiz, e no reinado de Constantino VIII tornou-se prefeito de Constantinopla. Romano atraiu a atenção de Constantino VIII, que o obrigou a divorciar-se da sua esposa (mandando-a para um convento) e a casar-se com Zoé, filha do imperador. O casamento realizou-se a 12 de Novembro de 1028, e três dias mais tarde Constantino VIII faleceu, deixando Romano III como imperador.
O novo imperador demonstrou vontade de deixar a sua marca como governante, mas sofreu grandes reveses nos seus projectos. Gastou avultadas quantias em novas edificações e doações aos mosteiros, ao mesmo tempo que desorganizava a estrutura fiscal do império por querer reduzir a carga tributária. Idealizando Marco Aurélio, Romano aspirava a ser o novo "rei filósofo", e ao mesmo tempo queria imitar os feitos militares de Trajano.
Em 1030 decidiu retaliar contra as incursões dos Muçulmanos na fronteira oriental comandando um grande exército e conduzindo-o até Alepo, mas sofreu uma pesada derrota por se ter deixado surpreender em Azaz, perto de Antioquia. Embora este desastre tenha sido compensado pela conquista e posterior defesa de Edessa por Jorge Maniaques em 1032 e pela derrota de uma armada muçulmana no mar Adriático, Romano nunca recuperou a popularidade.
Enquanto membro da aristocracia, Romano III suspendeu a prática dos seus antecessores de redução dos privilégios da classe e reduziu-lhes os impostos, permitindo ao mesmo tempo que os lavradores livres fossem reduzidos à condição de servos. Numa tentativa vã de reduzir as despesas, Romano impôs limites às despesas da imperatriz, o que só veio aprofundar as divergências entre os cônjuges.
Internamente Romano III viu-se confrontado com diversas conspirações, a maior parte delas tendo como origem a sua cunhada Teodora, como as de 1029 e 1030. Embora tenha sobrevivido a estas conjras, a sua morte prematura em 1034 é atribuída ao envenenamento pela sua esposa, embora também se creia que foi afogado enquanto se banhava, por ordem de Zoé.
[editar] Família
Com a sua primeira esposa Helena, Romano III teve uma filha:
- (nome próprio desconhecido) Argira, prometida a Henrique III, imperador romano-germânico.
Com a sua segunda esposa Zoé, Romano III não teve filhos.
[editar] Bibliografia
- (fonte original) Miguel Psellus, Chronographia.
- The Oxford Dictionary of Byzantium, Oxford University Press, 1991.