São José do Rio Pardo
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Município de São José do Rio Pardo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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São José do Rio Pardo é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 21º35'44" sul e a uma longitude 46º53'19" oeste, estando a uma altitude médio de 676 metros. Sua população estimada em 2004 era de 52 494 habitantes. Além da sede, o município tem um distrito, Espírito Santo do Rio Peixe.
Seu clima é tropical de altitude, amenizado por estar no vale do Rio Pardo, entre as montanhas da Serra do Cervo (braço da Serra da Mantiqueira), com a média das temperaturas máximas próximas a 30°C entre novembro e fevereiro, e média das mínimas próximas a 10°C entre maio e agosto. Seu ponto culminante é o Morro da Antena (canal 2), localizado a 1.050 metros de altitude.
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[editar] História
Segundo Rodolfo José Del Guerra, historiador e cronista da cidade, em seu livro "São José do Rio Pardo: história que muitos fizeram", "(...)em 4 de abril de 1865 alguns fazendeiros se reuniram, traçando os planos para edificar a capela, primeira etapa para a criação da futura freguesia.
Em dezembro de 1868, a pedido de Antônio Marçal Nogueira de Barros, a Câmara Capitular de São Paulo concedeu licença para se benzer, na forma do ritual romano, depois de cercado, o cemitério do bairro de São José do Rio Pardo, distrito da freguesia do Espírito Santo do Rio do Peixe.
A 30 de maio de 1873, o Vigário Capitular do Bispado de São Paulo assinou documento autorizando bênção e celebração da missa e dos demais ofícios divinos na Capela de São José do Rio Pardo, filial da Matriz do Espírito Santo do Rio do Peixe. A primeira missa só foi celebrada em 19 de março de 1874.
A Capela Curada de São José foi elevada à categoria de freguesia em 14 de abril de 1880, pela Lei nº 70, da Assembléia Provincial. São José do Rio Pardo, desanexou-se da vila de Caconde, passando à de Casa Branca, constituindo-se em paróquia, confirmada pelo Bispo de São Paulo, em 1º de fevereiro de 1881.
Pela Lei nº 49, de 20 de março de 1885, a freguesia foi elevada à categoria de vila, vinte anos depois daquela primeira reunião dos fundadores. Mas outra lei determinava que sem o edifício da Casa de Câmara e Cadeia, construído às expensas dos respectivos povos, a Vila não poderia ser instalada.
Chegou 1889, o ano da Proclamação da República. Um acontecimento político, ocorrido em 11 de agosto, três meses antes da Proclamação, ressoou, projetando nacionalmente a Vila de São José do Rio Pardo. O episódio teve seu prelúdio em junho, quando membros da Sociedade Italiana XX de Setembro, infiltrada de republicanos, depois de uma festa de assentamento da pedra fundamental de sua sede, saíram às ruas, cantando a Marselhesa, defrontando-se com monarquistas. Houve agressão, confusão e envio de tropas. Dois meses passados, depois de aparente paz, a contenda recomeçou. Na noite de 10 de agosto, o Hotel Brasil, do republicano Ananias Barbosa, foi atacado pela polícia, depois de uma reunião e homenagens ao pregador republicano e líder, Francisco Glicério... A 11 de agosto de 1889, os republicanos (...) apoderaram-se do edifício da Casa da Câmara e Cadeia, que representava a força e a lei, hasteando, a bandeira revolucionária de Júlio Ribeiro, proclamando a República, sob o som da proibida Marselhesa."
[editar] Vegetação
A forma de vegetação predominante no município é a Floresta Estacional Semidecídual, conhecida também como Mata Atlântica de Interior. A característica mais marcante desta floresta é que ela perde suas folhas na estação seca, e principalmente de maio a setembro. Outra característica importante desta região é a presença de uma transição do Cerrado para Floresta Estacional, sendo facilmente encontrado matas com características de Cerrado e Floresta, muitos autores chamam isto de ecótono. No último levantamento vegetacional realizado pelo Instituto Florestal do estado de São Paulo, comprovou que São José do Rio Pardo carece de áreas florestais de grande porte, sendo mais comuns pequenos fragmentos de vegetação em topos de morros e fundo de vales.
[editar] Fauna
Por ser uma área de transição vegetacional (ecótono) existe uma rica fauna associada, inclusive de aves. Já foi visto na região espécies de onça-parda (Puma concolor), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), este último muito comum nas fazendas. Nas últimas décadas houve um declínio de peixes provocado pelo barramento do Rio Pardo para geração de energia elétrica, sendo encontrado poucos exemplares de peixes nativos da bacia do Rio Pardo, sendo muito comum espécies introduzidas pelo homem como a Tilápia, por exemplo.
[editar] Conservação da Biodiversidade
Apesar de estar inserido em uma área de extrema importância biológica (ver Acões prioritárias para conservação da biodiversidade brasileira), poucos estudos são no município feitos no sentido de estimar e conhecer a real biodiversidade local. Estes estudos são de vital importância para o planejamento correto do ecoturismo, atividade crescente na região. Além disso, não existe nenhum parque ou área protegida para conservar importantes resquícios de mata existentes naquela região. Atualmente existe somente a ONG GRUPO ECOLÓGICO NATIVERDE trabalhando em pról do meio ambiente na cidade.
[editar] Faculdades
Faculdade Euclides da Cunha (FEUC) e Universidade Paulista (UNIP)
[editar] Igreja Católica
O município pertence à Diocese de São João da Boa Vista.
[editar] Rodovias
O município de São José do Rio Pardo é servido por duas rodovias, a SP-350 e a SP-207.
[editar] Administração
- Prefeito: João Batista Santurbano (2005/2008)
- Vice-prefeito: Paulo Sérgio Rodrigues
- Presidente da câmara: Reinaldo Milan (2005/2006)