Sabá
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O Reino de Sabá (ou Sheba, ou ainda, em árabe سبأ) é mencionado no Antigo Testamento e no Corão, como um reino muito rico, conhecido através da Rainha de Sabá, que teria visitado o rei Salomão. A localização exata deste reino é desconhecida, mas pensa-se que teria abrangido o Corno de África e parte da Península Arábica, o que fez com que fosse confundido com o reino de Axum que, de facto, tinha a sua capital em África (na actual Etiópia) e se tornou próspero e conhecido muito mais tarde.
O templo mais antigo da Península Arábica, chamado Mahram Bilqus, ou "palácio da Rainha de Sabá," encontrava-se em Marib, no sul do actual Yemen que era considerada a capital de Sabá. Esta cidade foi construída entre o segundo e o primeiro milénios antes de Cristo. Localizada numa situação estratégica, Sabá floresceu através do comércio de mercadorias, tanto da Ásia, como de África, incluindo o café, proveniente da região etíope de Kefa.
Aparentemente, Sabá era uma sociedade matrilinear, em que o poder é passado aos descendentes pela via feminina. Provavelmente, a população de Sabá seria uma mistura de povos africanos e da Arábia e, de facto, estudos linguísticos recentes indicam que as línguas semíticas do Médio Oriente podem ter-se originado a partir das línguas cuchíticas da Etiópia. Por outro lado, na África oriental ainda se encontram muitos grupos étnicos com tradição matrilinear.