Sandringham House
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Sandringham House é uma mansão campestre numa propriedade de 8.000 acres (32 km²) de terra perto do vilarejo de Sandringham, em Norfolk, Inglaterra, que pertence privativamente à Família Real Britânica.
O lugar tem sido ocupado desde os tempos elisabetanos e, em 1771, o arquiteto Cornish Henley preparou a propriedade para a construção de Sandringham Hall. A mansão foi modificada durante o século XIX por Charles Spencer Cowper, um entiado de Henry Temple, 3° Visconde Palmerston, que adicionou um pórtico e uma estufa de plantas, projetado pelo arquiteto Samuel Sanders Teulon.
Em 1862, a mansão foi adquirida pela Rainha Vitória sob o pedido do Príncipe de Gales (o futuro Eduardo VII, que queria Sandringham como residência para ele e para sua noiva, Alexandra, Princesa de Gales. Em 1865, no entanto, dois anos depois da mudança, o tamanho da mansão provou ser insuficiente para as necessidades do príncipe, que comissionou A. J. Humbert para demolir a mansão e construir uma maior.
A nova mansão, com tijolos vermelhos, ficou completa nos últimos anos de 1870, com uma mistura peculiar de estilos que não é considerada, de forma geral, o projeto de casas de campo vitorianas mais bem sucedido. Essa seção incorporou a espetacular entrada que é usada pela família real para ocasiões familiares e de entretenimento. Uma nova ala foi posteriormente adicionada no fim da casa num estilo mais tradicional, incorporando um salão de baile. Uma das partes de Sandringham House foi destruída num incêndio durante as preparações para o aniversário de 50 anos do Príncipe Alberto Eduardo em 1891, mas depois foi reconstruída.
Sandringham House tem sido a residência privada de quatro gerações de soberanos. Dúbia à primeira vista, a princesa Alexandra logo começou a amar Sandringham. As novas características da mansão eram as bay windows, que ajudaram a iluminar o interior. A nova mansão foi projetada com o conforto da família em mente, sem a intenção de ser uma grande construção arquitetural.
Os filhos de Eduardo e Alexandra, o Príncipe Alberto Victor e o Príncipe Jorge, tiveram quartos muito pequenos. O terreno espaçoso, no entanto, providenciou lugares para o conjunto de animais estranhos de Alexandra, como cavalos, cães, gatos, perus e outros - incluindo um grande mas amigável carneiro comprado de um açougueiro egípcio. Os animais encantaram seus filhos e seus netos. Os filhos de Jorge V amavam visitar Sandringham e seus avós. Umbabuíno talvez fosse o animal favorito.
Desde a morte de Jorge VI em 1952 em Sandringham, o costume da Rainha Isabel II tem sido passar o aniversário de morte de seu pai e sua própria acesão privativamente com sua família na casa. Sandringham é a base oficial da rainha até Fevereiro de cada ano. A mansão foi aberta ao público pela primeira vez em 1977, e há um museu com exibições da vida da realeza e da história de Sandringham.
A propriedade de Sandringham tem sido há muito tempo a propriedade favorita da família real, que continua a passar o Ano Novo na mansão. É também um excelente local para caça, sendo utilizada para festas reais de caça. O apego de caçar em Sandringham que Eduardo VII tinha era tão grande que ele ordenava que todos os relógios estivessem adiantados meia hora a mais do que o Greenwich Mean Time, para permitir maior tempo para o esporte.
Ao lado do Castelo de Balmoral, Sandringham House é uma propriedade privada e não parte do patrimônio real. Isso se comprovou em 1936, quando Eduardo VIII abdicou como rei e não abandonou automaticamente a propriedade privada que herdou. Jorge VI teve que explicitamente comprar Balmoral e Sandringham de seu irmão mais velho, para que ainda houvesse lugar de retiro para o monarca britânico.
A Rainha Alexandra, seu filho Jorge V e seu neto Jorge VI estão todos enterrados em Sandringham.