Sertã
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Brasão | Bandeira |
Ponte romana sobre a ribeira da Sertã |
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Gentílico | Sertaginense; Sertagenense; Sertanense[1] |
Área | 453,13 km² |
População | 16 720 hab. (2001) |
Densidade populacional | 36,7 hab./km² |
Número de freguesias | 14 |
Região | Centro |
Sub-região | Pinhal Interior Sul |
Distrito | Castelo Branco |
Antiga província | Beira Baixa |
Orago | São Pedro |
Feriado municipal | 24 de Junho |
Código postal | 6100 Sertã |
Endereço dos Paços do Concelho |
Largo do Município 6100-738 Sertã |
Sítio oficial | |
Endereço de correio electrónico |
cmsgeral@cm-serta.pt |
Municípios de Portugal |
A Sertã (antigamente Certã) é uma vila portuguesa, sede do município do mesmo nome pertencente ao distrito de Castelo Branco, região Centro, subregião do Pinhal Interior Sul e diocese de Portalegre e Castelo Branco.
A vila tem cerca de 5 500 habitantes. O município, subdividido em 14 freguesias, com 453,13 km² de área tem 16 720 habitantes (8 003 homens e 8 717 mulheres[2]).
Índice
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[editar] Geografia
[editar] Confrontações
O município é limitado a norte pelo município da Pampilhosa da Serra, a nordeste por Oleiros, a sueste por Proença-a-Nova, a sul por Mação e Vila de Rei, a oeste por Ferreira do Zêzere e a noroeste por Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.
[editar] Orografia, hidrografia, flora e clima
A área de xisto do centro do País, profundamente entalhada pelo Rio Zêzere e pelos seus afluentes, é singularmente desprovida de núcleos urbanos e só tarde se abriu a novas vias de comunicação. (...) Uma única vila faz excepção, pela aparência do comércio e a animação dos mercados: a Sertã. |
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A vila da Sertã localiza-se num vale xistoso, numa área florestal com predominância de pinheiro bravo e, mais recentemente, de eucalipto. A oliveira é outra das espécies frequentes na flora local.
O ponto mais alto do concelho, nos limites co concelho de Oleiros, é a serra do Cabeço da Rainha, que atinge os 1080 m.
A localidade é banhada por duas ribeiras, a ribeira da Sertã, também conhecida localmente como ribeira Grande, e a ribeira de Amioso (ou ribeira Pequena). Todo o oeste do concelho é delimitado pelo rio Zêzere, mais especificamente pelas albufeiras das barragens do Cabril, da Bouçã e do Castelo de Bode. A grande massa de água influencia o clima tornando-o bastante húmido.
O clima é de tipo mediterrânico, com algumas influências continentais. Os verões são bastante quentes, com temperaturas que excedem frequentemente os 30 °C e invernos consideravelmente frios, com noites de temperaturas mínimas negativas, registando-se assim uma elevada amplitude térmica.
[editar] História
A primitiva ocupação humana da zona onde agora se localiza a Sertã remonta à época pré-romana.
No contexto das lutas pela Reconquista cristã da península Ibérica, o conde D. Henrique de Borgonha (1095-1112), teria determinado o repovoamento do local bem como a reedificação do seu castelo.
Os domínios da Sertã pertenceram à Ordem do Templo e, com a sua extinção em Portugal, passaram à Ordem do Hospital. Sob o reinado de D. Afonso V (1438-1481), a povoação recebeu Carta de Foral (1455), confirmado em 20 de Outubro de 1513 por D. Manuel I (1495-1521). Algumas décadas mais tarde, em meados do século XVI, foi alcaide-mor da Sertã, Vicente Caldeira.
[editar] Lenda da fundação da Sertã
Segundo a lenda, o castelo da Sertã terá sido edificado por Sertório (uma figura histórica), um militar romano, que fora exilado por razões políticas. Veio para a península Ibérica por volta do ano 80 a.C. e aliou-se aos Lusitanos. Sertório foi traído e assassinado durante um banquete por Perpena um lugar-tenente a soldo de Roma. A Lusitânia ficou então sob domínio romano.
Nas lutas ocorridas na conquista da Lusitânia, houve um ataque romano ao castelo, durante o qual o chefe do castelo pereceu. Sua mulher, Celinda, ao saber da notícia, dando conta que o inimigo chegava às muralhas, subiu às ameias com uma enorme sertã ou sertage (uma frigideira quadrada) cheia de azeite a ferver na qual fritava ovos. Lançou o azeite fervente sobre os invasores que foram obrigados a recuar. Deu assim tempo que chegassem reforços dos lugares mais próximos. Foi assim que o nome de Sertã foi dado ao lugar.
A data provável da edificação do castelo é no entanto o século X. Segundo algumas fontes, D. Henrique teria ordenado a reedificação da vila e castelo em 1111. Esta informação é possivelmente um erro: uma confusão com a vila de Sátão, que efecftivamete recebeu uma carta de aforamento assinada por D. Henrique naquele ano.
A Sertã lembra já uma povoação da Estremadura ou limiar da Beira Litoral. É, no conjunto, uma elegante vilazinha clara, debruçada num meandro gracioso da ribeira da Sertã, entre montes que se vão fazendo pequenos, à borda de águas que já perderam a braveza serrana para regarem mansamente leiras de milho, mancha branca entre verduras de pinhal e olivedo, a que não falta, para acentuar a nota atlântica da paisagem, o moinho de vento no coruto dos montes, onde já se sente soprar o vento húmido do oceano. |
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A primeira intervenção real em relação à Sertã ocorreu com D. Afonso Henriques que doou à Ordem dos Templários a terra limitada pelo rio Tejo e o rio Zêzere. A posse da Sertã pelo Templo demorou apenas entre 1165 e 1174, já que neste ano o primeiro rei português transferiu-a para as mãos da Ordem do Hospital.
Nos inícios do século XVII,o castelo construído no século X ainda se encontrava em boas condições, embora não tivesse a mesma utilidade de alguns século antes. Mas, no final do século seguinte a fortaleza encontrava-se completamente arruinada.
A Sertã recebeu foral de D. Manuel I em 1513. Era já então um concelho de relativa importância, já que os seus representantes tinham assento nas Cortes. Nesta altura, a vila pertencia à Ordem de Malta, Em 1665, a vila passou para a Casa do Infantado, que assimilou os rendimentos do Grão-Mestrado da velha Ordem de Malta.
[editar] Filhos ilustres do concelho
- Beato Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira) (1360-1431)
- Gonçalo Rodrigues Caldeira (século XIV)
- Lopo Barriga (século XVI)
- José Parada Leitão (1808-1890)
- Pe. António Lourenço Farinha (1883-1985)
- Prof. David de Melo Lopes (1867-1942 )
- Albano Augusto de Portugal Durão (1871-1925)
- Pe. Manuel Antunes, S.J. (1918-1985)
- Pe. Miguel Farinha, (1942-)
- Pedro Rosa Mendes, (1968-).
[editar] Economia e sociedade
O sector do comércio e serviços, apresenta um peso bastante significativo. O turismo, nas suas diversas vertentes (hotelaria, restauração, artesanato, lazer, património) tem vindo a ser uma aposta determinante que está a revelar-se benéfica para a economia de toda a região. A indústria assenta principalmente nas empresas transformadoras ligadas às madeiras e derivados. Têm também expressão significativa a indústria transformadora de carnes, de papel e cartão, de corte e acabamento de pedra, indústria das confecções, produção de energia eléctrica (hídrica, biomassa e eólica). A agricultura é um sector de subsistência, que é composta essencialmente por produtos hortícolas, batatas, frutas, azeitonas e azeite, milho e vinha, com expressão reduzida, quer na ocupação de mão-de-obra, quer nos recursos tecnológicos empregues.[5]
Em 2001, a taxa de desemprego do concelho era de 7,1%.[6]
Em 1991, a taxa de analfabetismo na Sertã era ainda de 23,0%, passando a 19,4% em 2001.
Em 2001, o concelho tinha 0,7 médicos por milhar de habitantes e 1,8 fármacias por 10 000 habitantes.
[editar] Evolução demográfica
Entre 1991 e 2001, a população reduziu-se em 8,1%.
[editar] Distribuição etária (2001)
População total: 16720.
[editar] Religião
(de acordo com os censos de 2001, em relação à população de mais de 15 anos)
[editar] Nacionalidades dos residentes
(de acordo com os censos de 2001) (a tabela indica o país da primeira nacionalidade)
[editar] Cultura
Os habitantes da Sertã chamam-se sertaginenses, enquanto que a expressão sertanenses deve ser utilizada quando é feita referência aos adeptos do Sertanense Futebol Clube.
[editar] Património edificado
[editar] Imprensa
Existem dois jornais locais: "A Comarca da Sertã" dirigida por João Miguel (com uma tiragem que não excede os 5000 exemplares por semana)[7] e o O Expresso do Pinhal dirigido por Teresa Aires, que se publicam ambos semanalmente.
A rádio regional é a Rádio Condestável[8], sediada em Cernache do Bonjardim. Emite em FM em 91,3 MHz e 94,2 MHz.
[editar] Recintos culturais
Existem na sede de concelho quatro recintos culturais, com projecções irregulares de cinema: o Cine-Teatro Tasso do Clube da Sertã, a Casa da Cultura (onde também se realizam exposições, concertos e debates) da câmara municipal , e o Cinema Monte Verde.
[editar] Gastronomia
A gastronomia da Sertã é muito rica. Destacam-se os maranhos e o bucho recheado, sendo de referir, ainda, a presença do cabrito estonado, que apesar de ser um símbolo gastronómico de Oleiros, enriquece a mesa sertaginense desde tempos imemoriais. Na doçaria: Cartuchos à moda de Cernache do Bonjardim.
[editar] Heráldica
Armas: Escudo de vermelho com uma torre torreada de prata, aberta e iluminada de negro. Em chefe, de ouro, uma sertã de negro, acompanhada por duas cruzes de vermelho, uma do Templo e outra de Malta. Em contra-chefe, dois rios, de prata e de azul, que se ligam ao centro e seguem para o pé do escudo. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a legenda de negro : "Vila da Sertã" e "Sartago Sternit Sartagine Hostes" (A Sertã derruba os seus inimigos com uma sertã).[9]
[editar] Agremiações sociais, culturais e desportivas
- Agrupamento n.º 170 do Corpo Nacional de Escutas, Sertã
- Agrupamento n.º 721 do Corpo Nacional de Escutas, Cernache do Bonjardim
- Associação Cultural e Social da Freguesia de Figueiredo
- Foz Sã-Associação de Protecção, Cultura e Recreio da Foz da Sertã
- Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Cabeçudo
- Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Carvalhal
- Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Castanheiras, Ermida
- Associação Recreativa Cultural e Desportiva da Maceira, Troviscal
- Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Santa Rita, Castelo
- Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Troviscal
- Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Várzea dos Cavaleiros
- Associação Recreativa Cultural e Desportiva Nossa Senhora das Neves, Pampilhal
- Centro Social, Cultural, Recreativo e Desportivo de Cumeada
- Centro Social Recreativo e Cultural de Vale do Laço
- Centro Social, Recreativo e Desportivo de Marmeleiro
- Clube da Sertã, antigamente Grémio Sertaginense.
- Clube Bonjardim, em Cernache do Bonjardim, fundado em 1885.
- Escola de Música da Casa do Povo de Cernache do Bonjardim
- Escola de Artes Tulio Vitorino em Cernache do Bonjardim
- Santa Casa da Misericórdia da Sertã
- Sertanense Futebol Clube
- SelindaBTT - Associação de BTT
- Filarmónica União Sertaginense
- Grupo Cultural e Recreativo Castelense, Castelo
- Rancho Folclórico do Club Bonjardim
- Rancho Folclórico e Etnografico da Casa do Povo de Cernache do Bonjardim
- Rancho Folclórico Unidos de Alcobia
- Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense, Pedrógão Pequeno
- Grupo Desportivo Vitória de Sernache~
[editar] Organização política e administrativa
[editar] Câmara Municipal
[editar] Presidência
O actual presidente da Câmara Municipal é José Paulo Barata Farinha (eleito em Dezembro de 2001[10], re-eleito em Outubro de 2005).
Os presidentes precedentes foram José Manuel Lopes Carreto (substituiu o precedente por morte deste em 1994; e foi eleito em Dezembro de 1997[11]), Ângelo Pedro Farinha (eleito em Dezembro de 1982, re-eleito em 1985, 1989 e 1993, morreu em funções em 1994), Reinaldo Lima da Silva (eleito em Dezembro de 1979), Ângelo Patrício Soares de Bastos (eleito em Dezembro de 1976), Amaro Vicente Martins (presidente da comissão administrativa após os 25 de Abril de 1974 e até Dezembro de 1976), José Antunes, Flávio Reis e Moura e Abílio Marçal.
[editar] Vereação
Actual (2005) vereação: Vítor Cavalheiro (vice presidente), Fernando Manuel da Silva Pereira, José Ramos Moreira, Francisco Laia Nunes (em substituição de Jorge Rodrigues, que substituira Catarina Sofia Monteiro Gonçalves Nunes da Silva) Joaquim Filipe Patrício e José Carlos lourenço.
[editar] Assembleia Municipal
[editar] Presidência
O actual presidente da assembleia municipal é Zeferino Vidigal Marinha Lucas (eleito em 2005). Os presidentes precedentes foram José Farinha Nunes (2001-2005). Álvaro Aires (até 2001), Manuel António da Silva e Luís Damas Moreira 'eleito em Dezembro de 1976.
[editar] Deputados municipais
Actuais deputados municipais (2005): Zeferino Lucas, Manuel Luís Farinha, António Manuel de Oliveira Guerra, Luís Martins Ribeiro, Olinda Brandão, António José Lopes Simões, Álvaro Monteiro, José Lopes Ferreira, Carlos Alberto Miranda, Maria João Mota Torres, Franklin Adosindo Silva, Maria da Conceição Nunes da Silva, João Carlos Almeida, Paulo Jorge Lopo, Cláudia Sofia André, Marco Barata, Maria de Lourdes Gomes Matos, Joaquim José Silva Pereira Alves, Arnaldo Domingos Nunes da Silva, Jorge Coluna, Miguel Fernandes Castanheira e, por inerência os 14 presidentes das Juntas de Freguesia.
[editar] Resultados das últimas eleições autárquicas[12]
[editar] Câmara Municipal
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[editar] Assembleia Municipal
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[editar] Outros serviços adminustrativos
- Seccção de Finanças. Chefe: Adriano Rosa Rodrigues
[editar] Plano director municipal
O plano director municipal (PDM) foi aprovado em 26 de Julho de 1994 pela Assembleia Municipal e ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.° 119/94 e encontra-se publicado no Diário da República, 1ª Série-B, nº 278, de 2 de Dezembro de 1994.[13] O plano, constitui o instrumento definidor das linhas gerais de política de ordenamento físico e de gestão urbanística do território municipal, tendo em atenção os objectivos de desenvolvimento definidos para o concelho.
[editar] Feriado Municipal
O feriado municipal celebra-se no dia 24 de Junho, dia de São João. A data, no entanto, não comemora este santo já que o orago da freguesia-sede de concelho é São Pedro, mas Nuno Álvares Pereira, que nasceu em Cernache do Bonjardim a 24 de Junho de 1360.
[editar] Subdivisões administrativas
As freguesias da Sertã são as seguintes:
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Freguesia População Área km² Densidade h/km² Cabeçudo 999 9,95 100,4 Carvalhal 613 9,84 62,3 Castelo 1163 24,62 47,2 Cernache de Bonjardim 3283 72,06 45,6 Cumeada 573 23,10 24,8 Ermida 301 27,98 10,8 Figueiredo 286 14,70 19,5 Marmeleiro 304 29,70 10,2 Nesperal 335 7,74 43,3 Palhais 346 22,04 15,7 Pedrógão Pequeno 916 42,75 21,4 Sertã 5500 81,71 67,3 Troviscal 1134 54,06 21,0 Várzea dos Cavaleiros 968 32,88 29,4
[editar] Notas e referências
- ↑ O Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora regista também a palavra sertainho como gentílico da Sertã. No entanto, esse termo é de uso inteiramente desconhecido para os locais.
- ↑ Censos de 2001.
- ↑ Orlando Ribeiro (1970).
- ↑ Guia de Portugal.
- ↑ Instituto de Emprego e Formação Profissional.
- ↑ De acordo com dados do INE.
- ↑ Garcia (1983).
- ↑ O site da Rádio Condestável na Internet é http://www.radiocondestavel.pt/.
- ↑ Diário do Governo, I Série de 23/01/1936.
- ↑ Resultados oficiais e completos das eleições autárquicas de 2002 disponíveis no Mapa oficial N° 1-B/2002 da Comissão Nacional de Eleições, publicado no Diário da República.
- ↑ Resultados oficiais e completos das eleições autárquicas de 1998 disponíveis no Mapa oficial N° 1/98 da Comissão Nacional de Eleições, publicado no Diário da República.
- ↑ Resultados oficiais e completos das eleições disponíveis no Mapa oficial N° 1-A/2006 da Comissão Nacional de Eleições, publicado no Diário da República.
- ↑ Para o texto do PDM, ver o Diário da República.
[editar] Bibliografia
- BATATA, Carlos, Carta Arqueológica do Concelho da Sertã, Sertã, 1998.
- FARINHA, Pe. Antonio Lourenço, A Sertã e o seu Concelho, Escola Tipográfica das Oficinas de S.José, Lisboa, 1930.
- FARINHA, Luísa Maria Lourenço, Memórias da Sertã – Regresso a Casa, Sertã, 2006.
- GARCIA, João Carlos, A Comarca da Sertã - análise geográfica de um periódico, Finisterra, Lisboa, XVIII, 35, 1983, p. 139 - 145.
- LAJES, Guilherme, O Castelo da Sertã in Comunicações das 1ªs Jornadas Regionais sobre Monumentos Militares, Castelo Branco, 1993.
- LIMA, Jacinto Leitão Manso de, Certã Ennobrecida ou Descripção Topographica da Vila da Certan, 1730.
- RIBEIRO, Orlando, A Sertã: pequeno centro na área de xisto da Beira Baixa, in Finisterra-Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), V (9), p. 103-112, Lisboa, 1970;
- RIBEIRO, Orlando e Sant'Anna, Guia de Portugal - Beira Baixa.