Supervia
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SuperVia é o nome da empresa criada pelo consórcio vencedor da licitação que deu a concessão por 50 anos (25 anos renováveis por mais 25 anos) para operação comercial e manutenção da malha ferroviária urbana de passageiros da região metropolitana do Rio de Janeiro, no dia 1 de novembro de 1998. Transporta mais de 9 milhões de pessoas por mês, com uma média de 450 mil usuários/dia, distribuídos em 89 estações, ao longo de 11 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Atualmente esta empresa tem dado atenção a diversas ações para o aumento ainda maior do número de passageiros, que ainda está bem aquém da capacidade do sistema. Em parceria com o governo estadual tem instalado escadas rolantes em diversas estações, tem integrado suas operações com outras modalidades de transporte, como os ônibus e o metrô, implantando um sistema eletrônico de bilhetagem eletrônica única, para realizar integrações com outros modais de transporte.
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[editar] História
Devido a falta de investimentos públicos na manutenção e expansão do transporte ferroviário, privilegiando o rodoviário, este sistema, que em 1987 chegou a transportar 900 mil passageiros por dia, passou a entrar em uma profunda crise, em que a degradação chegou a ponto de afetar a segurança das operações (acidentes), a pontualidade e a confiabilidade das viagens (constantes avarias e diminuição do número de material rodante em funcionamento), a segurança e limpeza das estações e composições. Isto resultou na queda constante e brutal do numero de passageiros, que em 1996 chegou a apenas 145 mil passageiros por dia.
Como parte de uma nova postura do poder público em relação aos transportes públicos, especialmente os sobre trilhos, a partir de 1995 o sistema passou para o controle do governo estadual (não mais federal), a ter suas operações subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua recuperação por parte do Banco Mundial, do governo estadual e federal. Em 1998, a operação do sistema fora privatizada, tendo o consórcio SuperVia ganhado o leilão com um lance de US$ 280.000.000,00 dos quais US$ 30.000,00 foram pagos de ao Estado e US$ 250.000.000,00 serão investidos no sistema, sem subsídios.
A SuperVia, como parte do seu compromisso de concessão, alega ter investido R$ 300.000.000,00 realizando uma série de melhorias ao longo de todo o sistema, trocando dormentes e trilhos, tornando vários trens confiáveis, reformando algumas estações, melhorando visivelmente a limpeza, conservação e segurança dos trens e estações. Também, com dinheiro do PET (Programa Estadual de Transportes), do governo federal e com financiamento do Banco mundial reconstruiu diversas estações, a frota rodante foi ampliada em 3 vezes (Da frota herdada de 58 trens em funcionamento, apenas 35 eram confiáveis, ou seja, tinham condições de terminar uma viagem) para em torno de 150 através de um amplo projeto de reforma e modernização de composições que estavam paradas por absoluta falta de condições de funcionamento, ampliação da eletrificação do ramal de Gramacho até Saracuruna, instalação de climatização em algumas composições e recente compra de 20 composições realmente novas do Japão e Coréia (também com sistema de climatização central).
Estas ações resultaram, num curto espaço de tempo em um salto no número de passageiros que no início eram de apenas 145 mil pessoas transportadas por dia e que atualmente esse número se aproxima dos 450 mil passageiros transportados por dia.
[editar] Características do Sistema
[editar] Tabela do Sistema
Linha | Terminais | Inauguração | Comprimento (km) | Estações | Duração das viagens (min) | Funcionamento |
---|---|---|---|---|---|---|
Deodoro | Central do Brasil ↔ Deodoro | A partir de 1998 | 22,05 | 19 | 40 | Diariamente, das 05:00 às 24:00 |
Santa Cruz | Central do Brasil ↔ Santa Cruz | A partir de 1998 | 54,755 | 23 | 75 | Diariamente, das 05:00 às 24:00 |
Japeri | Central do Brasil ↔ Japeri | A partir de 1998 | 61,749 | 20 | 83 | Diariamente, das 05:00 às 24:00 |
Paracambi | Japeri ↔ Paracambi | A partir de 1998 | 8,255 | 4 | --- | Diariamente, das 05:00 às 24:00 |
Belford Roxo | Central do Brasil ↔ Belford Roxo | A partir de 1998 | 27,699 | 18 | 55 | Diariamente, das 05:00 às 24:00 |
Saracurana | Central do Brasil ↔ Saracurana | A partir de 1998 | 34,021 | 18 | 60 | Diariamente, das 05:00 às 24:00 |
Vila Inhomirim | Saracurana ↔ Vila Inhomirim | A partir de 1998 | 15,349 | 8 | --- | Diariamente, das 05:00 às 24:00 |
[editar] Linhas
[editar] Linhas Especiais
Linha | Terminais | Status | Estações | Tipo do trem |
---|---|---|---|---|
Campo Grande | Central do Brasil ↔ Campo Grande | Ativada | 29 | Parador |
Bangu | Central do Brasil ↔ Bangu | Ativada (com terminal em Santa Cruz) | 25 | Parador |
Queimados | Central do Brasil ↔ Queimados | Ativada | 17 | Semi-Direto |
Nova Iguaçu | Central do Brasil ↔ Nova Iguaçu | Ativada | 14 | Semi-Direto |
Gramacho | Central do Brasil ↔ Gramacho | Ativada | 15 | Parador |
[editar] Frota
[editar] Projetos de Expansão
- Reforma dos Trens Urbanos Elétricos e instalação de sistema de climatização. O Programa Estadual de Transportes, ainda em execução, prevê a revitalização de 50 TUEs, sendo que mais de 4 dezenas de trens já reformados dos quais 9 com contam com ar-condicionado.
- Remodelação e revitalização de estações Madureira, Bangu, Méier, São Francisco Xavier.
- Ampliação da frota especialmente para o Pan 2007 com a aquisição de 20 novas composições de origem coreana custando R$ 1.000.000,00 cada carro.
- Planos para a criação da linha especial Central do Brasil ↔ Nilópolis que tem como objetivo atender melhor os passageiros da divisa entre Nilópolis e Rio de Janeiro.
[editar] Tarifas
[editar] Bilhetes
- Bilhete Unitário com direito a baldeação - R$ 2,00.
[editar] Integrações
- Integração trem-ônibus custa R$ R$ 2,80, o que só pode ser executado em determinadas estações, as consideradas mais movimentadas, a saber, Santa Cruz, Campo Grande, Bangu, Deodoro, Marechal Hermes, Madureira, Cascadura, Méier, São Cristóvão e Central do Brasil.
- Integração trem-metrô custa R$ 3,40 podendo ser utilizada nas estações Central do Brasil, São Cristóvão, Triagem e estação divisa Pavuna/São João de Meriti.
[editar] Sistema ferroviário em concessão da Supervia e suas conseqüências
- Uma construção de parcerias, ainda que incipiente com outras concessionárias como o Metrô Rio e as empresas de ônibus do Rio de Janeiro, o que garante acesso bem mais facilitado à áreas interioranas pelos habitantes da Zona Oeste e acesso à Zona Sul e Grande Tijuca pelos passageiros da malha ferroviária da SuperVia.
- A concessão da SuperVia causou e ainda causa polêmica, com diversas reclamações de passageiros alegando maus serviços da concessionária, como por exemplo a má-conservação dos TUE's da antiga linha auxiliar e a alegação dos passageiros de acessos à estação serem complicados pela estrutura das mesmas.
- Multiplicação em torno de 30% no número de trens operando nas linhas regulares e especiais.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
- Site Oficial da Supervia
- Mapa Oficial da Supervia
- Governo do Estado do Rio de Janeiro
- Mapa do sistema ferroviário operado pela Supervia
- Estações do Rio de Janeiro
- Cronologia do Sistema de Trem Metropolitano do Rio de Janeiro
- Mapa da Rede
[editar] Mais
- A Eletrificação nas Ferrovias Brasileiras
- Informações sobre cada estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, Leopoldina e outras do Brasil
- A história do trem no Rio de Janeiro
- Secretária de transportes do Rio de Janeiro
- História do trem na perspectiva de um passageiro de trem, que narra esta história, o cotidiano dos passageiros, fala do serviço da Supervia, etc...
- Catálogo do trem ROTEM