Varzelândia
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Município de Varzelândia | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Varzelândia é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, entre o Rio São Francisco e Rio Verde Grande e ao sul pelo Rio Arapuim. Sua população estimada em 2006 era de 25.929 habitantes, representando 0,11% da população do estado, No município 44,50% dos habitantes viven na zona urbana e 55,50% dos habitantes viven na zona rural. Com área de 803,9 km², representando 0,14% da área do estado, sua densidade demográfica é de 24,28 habitantes por km² e seu IDH é de 0,631. Latitude 15° 41' 60S Longitude 44° 1' 60W.
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[editar] História
A povoação da região onde hoje se encontra Varzelândia está ligada a colonização do norte de Minas e ao Ciclo do Boi, quando os rebanhos vinham do norte do país pelo rio São Francisco abastecer as mineradoras.
Com esse processo surgiram várias fazendas, e Varzelândia - a cidade das várzeas - dai se originou. Dentre os seus fundadores, Melquiades Francisco Borges, Santos Gonçalves de Sousa, Bernardo Vermelho e João Borges Rego foram os principais. A origem do município está no distrito de São João da Ponte, do qual Varzelândia se emancipa em 3 de março de 1962.
[editar] Quilombolas e assentamentos
Localizados nas margens do rio Arapuim, afluente da margem esquerda do rio Verde Grande, na divisa dos municípios de São João da Ponte e Varzelândia, no Norte de Minas Gerais, a história de Brejo dos Crioulos é uma história que ainda não consta da historiografia dos brancos que ocuparam o Norte de Minas desde dos primórdios da colonização portuguesa, nos idos do século XVI.
Conforme relatam moradores mais velhos, desde meados do Século XVII, negros fugidos da escravidão passaram a se fixar às margens da Lagoa Peroba, existente na vazante do médio ribeirão Araquém. A ocupação dessa área foi possibilitada pela existência de brejo na vazante do referido ribeirão, propícia à proliferação da maleita, que a tornava imprópria para brancos e indígenas.Com o passar do tempo, muitos outros negros fugidos se dirigiram para a área, aumentando a população que no final do Século XIX era de 38 troncos familiares.Nesse contexto, as famílias aqui localizadas desenvolveram um sistema peculiar de organização social, cultural e produtiva, baseada em heranças africanas, indígenas e portuguesas.
A partir dos anos 1960, com a expansão agrícola no Norte de Minas, fazendeiros utilizando-se de recursos violentos, como jagunços armados, passaram a grilar e a tomar as terás de diversas famílias herdadas de seus ancestrais, utilizando o artifício da venda forçada, conforme diversos estudiosos da região, dentre eles Rodrigues (l999) e Santos(S/d).
No caso de Brejo dos Crioulos, conforme estudo de Costa(1999), algumas famílias mudaram-se para outras localidades e, outras, se fixaram em 'terra de santo', existente na localidade (Terra de Santo constitui-se de uma gleba de terra doada a Bom Jesus por um dos moradores como pagamento de promessa. Com a expulsão de diversas famílias das terras de seus ancestrais, muitos dos membros da comunidade, não querendo afastar do território, onde sempre viveram passaram a ocupar essa gleba. Tal ocupação deu origem ao povoado de Araruba, onde residem os deserdados da terra.)
Discriminados por questões políticas, os moradores de Brejo dos Crioulos, estereotipados pejorativamente, passaram a sofrer exclusão e discriminação na tanto no âmbito dos municípios onde residem, como dos poderes públicos estadual e federal que a eles se reportam apenas com políticas sociais compensatórias mas sem se atreverem na questão estrutural que permitiriam se apresentar como cidadãos: o resgate do territórios que lhes foi expropriado de forma vergonhosa e sob a conivência do poder público.
As trezentas famílias remanescentes do quilombo Brejo dos Crioulos, Já encaminharam ao Incra o pedido de regularização de suas terras. Segundo o órgão, a prioridade é da comunidade de Brejo dos Crioulos, a qual, da mesma forma que a dos Gurutubanos, fez ocupações em fazendas que estão sobrepostas a seus territórios tradicionais no intuito de pressionar o Incra para uma maior agilidade nos processos de titulação das terras e para poderem produzir e manter sua segurança alimentar. A falta de fontes de geração de renda nas regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais causa uma migração sazonal entre moradores quilombolas, que se deslocam para São Paulo e para o Paraná para trabalhar com a colheita de café e com o corte de cana. Os migrantes passam seis, sete e até oito meses nesses trabalhos, perdendo o laço com o local e a cultura quilombola
Desde 17 de setembro de 2002 a prefeitura vem recebendo verbas do INCRA destinadas a melhorar a infra-estrutura nos assentamentos Betânia e Conquista da Unidade.
Essas verbas são utilizadas na construção de habitações rurais, abertura e manutenção de estradas, eletrificação rural, sistemas de abastecimento d'água e outros créditos de apoio O município também participa do Programa de Assentamento pelo Fundep[1]
O município ainda participa do Projeto de Fundos Solidário no Semi-Árido recebendo apoio do Banco do Nordeste
"O objetivo do programa de apoio a Fundos Solidários, mais do que aportar recursos aos Fundos existentes, é dar visibilidade a experiências que confrontam a lógica do sistema financeiro dominante, pois estão fundadas na solidariedade, e não na exploração e na exclusão", relatou Ademar Bertucci, assessor da Cáritas. São apoiadas as mais diversificadas formas de fundos solidários produtivos: locais-comunitários rotativos, estaduais, regionais, nacionais; fundos de apoio específicos (cisternas, mulheres, sementes, arroz, pastos solidários para criação de gado etc.); com diferentes formas de algum retorno, inclusive as não monetárias.
[editar] Cultura
[editar] Movimentos culturais
Tradição e característica do lugar. Quando as pastorinhas saem pelas ruas com suas multicoloridas roupas, entoam versos louvando o Menino Deus. Em janeiro, folia, congado. O Batuque de São Gonçalo é sua festa maior, lembram o tempo da colonização do País. O padroeiro, Bom Jesus, e celebrado no dia 15 de agosto. A Festa do Senhor Bom Jesus de Varzelândia ocorre nos dias 13,14 e 15 de agosto. Durante os festejos são realizadas procissões, leilões, missas, batizados e a grande vaquejada que conta com muitos visitantes e corredores de todos os estados brasileiros.
[editar] Arte Rupeste e UFOs
8 mil a.C.: Antigüidade das pinturas rupestres encontradas nas cavernas; cujas imagens apresentam discos voadores e esquemas do Sistema Solar. A imaginação do homem primitivo era pouco desenvolvida, e representava apenas aquilo que via. Os animais que pintou cm cavernas demonstram acura- do senso de observação, mas há poucos desenhos imaginários e fantásticos, que seriam motivos comuns para os artistas de épocas mais recentes. Pois existem na China, na África e no Brasil cavernas onde podem ser vistos desenhos do que hoje conhecemos como discos voadores. Ufólogos pioneiros descobriram a existência de várias cavernas com estranhas escrituras e desenhos em suas paredes, sendo que em algumas delas existem figuras com formatos discóides. Apesar da arte rupestre estar em todo aquele Estado, é em Varzelândia que ela chama mais atenção. A caverna brasileira é a conhecida Lapa da Lagoa. Ali, segundo estudos já feitos, o homem viveu há perto de 10000 anos e deixou pintadas nas paredes, com tinta vermelha e preta, imagens de alguns animais, do Sol, da Lua, e as figuras discutidas de discos voadores, onde se distingue a cúpula arredondada superior. Nas cavernas chinesas surge a mesma imagem e perto dela, mais abaixo, figuras humanas em atitude de adoração ou espanto.
A partir de 1970, com o início do Programa de Pesquisas no Vale do São Francisco, o Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) vem localizando ao longo do curso do rio uma série de sítios arqueológicos. As pesquisas terminaram por concentrar-se em três diferentes regiões do território mineiro: a Serra do Cabral, no centro do Estado, Varzelândia, ao norte, e Unaí, a noroeste. A arte rupestre de cada uma destas regiões apresenta diferenças quanto à técnica de execução, estilo, tratamento, temática e concentração das figuras. Mas todas têm as mesmas enigmáticas figuras.
[editar] Sítios arqueológicos
Aldeia de Macaúbas, Lapa da Pintura, Lapa do Mutambal, Lapa do Piquenique, Lapa do Vicente, Macaúba I e II, /Lapa de Macaúbas, Gruta de Carrancas I, Lapa do Urubu. Sítio Boqueirão Soberbo apresenta os mais antigos vestígios de horticultura no país.
[editar] Solo
Solo de calcário arenoso, de boa fertilidade, terras profundas e de boa drenagem. São latossolos originados de rochas calcárias. O solo da várzea é muito propício para o cultivo de cana-de-açúcar. A região norte do estado de Minas Gerais tornou-se um grande produtor de cana-de-açúcar, o que propicia um novo rumo na economia da região.
[editar] Economia
A agropecuária é a base de sua atividade econômica, mas não deixa de ter uma participação no comércio, na indústria e nas telecomunicações.
[editar] Pecuária
Segundo IBGE de 2002 o município possui em cabeças: 34.150 Bovinos, 24.272 Galos, Frangas, Frangos e Pintos, 19.114 Galinhas, 4.045 Suínos, 445 Muar, 310 Assinos, 210 Caprinos e 127 Ovinos. O gado é destinado ao corte e a produção de leite.
[editar] Extração Vegetal
O umbu era fruto extraido em grande escala entre 1990 e 1996, atualmente ainda continua sua extração, mas em escala bem menor a toneladas. As extrações residem mais no campo do carvão (777 toneladas), lenha (10.424 toneladas), madeira em tora (36 toneladas) e do Pequí (71 tonelados) tanto in natura ou já na forma de óleo.
[editar] Lavoura
As lavouras permanentes são de banana, laranja, manga, mamão e tangerina. As temporárias são de algodão herbáceo, alho, amendoim, arroz, cana de açucar (40.000 toneladas), fava, feijão, fumo, mamona, mandioca (10.000 toneladas), melancia, milho (9.600 toneladas), sorgo granífero e tomate.
[editar] Indústria
Existe o alambique Cachaça da Varzea que foi a primeira fábrica da cidade que hoje exporta cachaça/pinga para outras partes do Brasil e também para outros países.
[editar] Comércio
Comércio em franco crescimento, contando com dois supermercados, vário mercados, mercearias, açougues, padarias, lojas de roupas, calçados e móveis, bem como dois postos de gasolina, vídeo locadoras, academias de musculação, casa de jogos e funerárias. O município possui um Mercado Municipal, onde os produtores locais se reúnem para vender seus produtos
[editar] Mídia
Existem três Rádios na cidade, a primeira foi a Nova FM fundada por Rubens Fagundes, e ainda existe um jornal da região.
[editar] Turismo
A cidade recebe várias visitantes no período de férias do final do ano e nas Festas de Agosto e também alguns espeliólogos e ufólogos que visitam os mais de 20 sítios arqueológicos da região.
[editar] Saúde
- Hospitais: 1
- Postos de Saúde: 6
- Centro de Saúde (inclusive Unidade de Saúde da Família): 2
[editar] Vacina terapêutica para a leishmaniose
A vacina está sendo testada na nos municípios de Caratinga e Varzelândia, em Minas Gerais, Colômbia e no Equador, sob a coordenação da OMS. Os testes estão em fase final e, até agora, os resultados são bons e pesquisador está otimista também com os resultados dos testes da vacina preventiva. A "Vacina Terapêutica para Leishmaniose", desenvolvida pelo Prof. Wilson Mayrink, pesquisador do Departamento de Parasitologia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), recebeu o registro do Ministério da Saúde e, agora, pode ser comercializada no Brasil.
[editar] Educação
O município conta com apenas com unidades de ensino púlicas e não participa de nenhum programa de inclusão digital como é o caso de seus municípios vizinhos São João da Ponte e Verdelândia.
[editar] Ensino Básico, Fundamental e Médio
- Pré-Escolas: 10
- Escolas de Ensino Fundamental: 33
- Escolas de Ensino Médio: 2
[editar] Ensino Superior
A Universidade Estadual de Montes Claros-UniMontes tem uma unidade na cidade que oferece o curso em Geografia e está em implatação o curso de Letras (Português) com cinqüenta vagas. O curso terá duração de quatro anos.
[editar] Bibliotecas
O município conta com uma biblioteca ainda em formação de seu acervo.
[editar] Esporte e lazer
[editar] Parques e praças
O município possui várias praças, algumas delas são em volta de alguma Igreja.
[editar] Clubes
Praça Esporte, com piscina, duas quadras: basquete (cimento) e futebol (gramado). varzelândia também conta com um grande campeonato de basquete esse esporte é o grande destaque da cidade..
[editar] Estádio
Foram construídos duas quadras cobertas pela prefeitura para jogos de futebol, basquete e voleibol, o local costuma ser usado nos finais de semana para jogos.
[editar] Monumentos
- Portão de Entada do Município
- Monumentos dos Rotarianos
[editar] Feriados
Aniversário do município:, 3 de março
[editar] Transporte
[editar] Transporte coletivo
- Varzelândia - Campo Redondo (municipal)
- Varzelândia - Ibiracatu (intemunicipal)
- Varzelândia - Montes Claros (acesso a aeroporto e rodoviária para outros estados)
- Varzelândia - São Paulo (operam três empresas na cidade)
[editar] Rodovias
A partir de Belo Horizonte, siga para Montes Claros e depois até Japonvar no percurso BR-040-135, depois siga pela MG-202 de Japonvar a São João da Ponte, depois pegue a MG-403 até Varzelândia. No percurso você passará por 551 km de rodovia pavimentada e 33 km de rodovia sem pavimentação.
[editar] Aeroporto
A cidade possui uma pista de pouso e decolagem, que possibilida o pouso e decologem de aviões de pequeno e médio porte.