Vespasiano Barbosa Martins
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Vespasiano Barbosa Martins (Fazenda Campeiro, sul de Mato Grosso, 4 de agosto de 1889 — Campo Grande, 14 de janeiro de 1965) foi um médico e político brasileiro. Foi por quatro vezes prefeito de Campo Grande, governador revolucionário e foi senador por dois mandatos.
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[editar] Revolução Constitucionalista de 1932
Vespasiano Martins era o prefeito de Campo Grande à época da Revolução de 1932, que ora ocorria em São Paulo. Uniu-se àquele estado na busca de uma nova Constituição, contra o governo de Getúlio Vargas. Deu apoio ao General Klinger, então comandante do Exército Brasileiro estabelecido em Campo Grande e que mandaria suas tropas em auxílio aos paulistas. Naquela época, então, ocorreu a primeira cisão do estado de Mato Grosso, sendo criado o estado de Maracaju, em referência à Serra que corta o hoje Mato Grosso do Sul. Vespasiano, então, assume a administração do governo do novo Estado, apoiado por São Paulo.
Assume o novo estado em 10 de julho de 1932, um dia após o início oficial da Revolução Constitucionalista em São Paulo. O novo estado durou apenas três meses, mas serviria de embrião para o construção do que é hoje o estado de Mato Grosso do Sul.
Após o fim da Revolução, Vespasiano Martins e companheiros exilam-se na Argentina e depois, no Paraguai.
[editar] A volta do exílio
Frente à grande popularidade na época, é nomeado novamente prefeito de Campo Grande em 31 de outubro de 1934, onde permanceu até 17 de setembro de 1935, quando é eleito para seu primeiro mandato como Senador. Permanece como senador até 1937, quando é dissolvido a Assembléia Constituinte.
[editar] Atentado
Na época em que era senador, em 1936, Vespasiano Martins foi vítima de um atentado, que o feriu gravemente e matou o senador João Vilasboas. O crime, encomendado por Mário Correia, então governador do Mato Grosso, incomodado pela crescente oposição da Aliança Mato-Grossense, grupo de políticos de oposição que tinha entre seus líderes justamente os senadores Vespasiano e Vilasboas.
Foi alvejado por três tiros, um no braço esquerdo, um no ombro direito e outro na coxa, mas sobreviveu.
[editar] O fim da carreira política
Em 12 de agosto de 1941 é nomeado novamente prefeito de Campo Grande, a convite de Júlio Müller, governador de Mato Grosso.
Já em 1945, funda no estado a União Democrática Nacional (UDN), partido pelo qual se elegeu novamente senador da República. Teve um infarte em 1952, que compromete grande parte se seu coração. Retira-se da vida pública em 1955, quando acaba seu último mandato como senador.
[editar] O legado
Graças aos seus esforços políticos, a idéia da criação de um novo estado, no sul de Mato Grosso, frutificaram e tomaram corpo na década de 1970, quando em 1977, no Governo Ernesto Geisel, foi criado o estado de Mato Grosso do Sul.
Um de seus genros, Wilson Barbosa Martins, foi governador do novo estado por duas vezes.
Também é patrono da cadeira nº 22 da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.
[editar] Bibliografia
- MARTINS, Nelly. Vespasiano, meu pai, Brasília: Centro Gráfico do Senado, 1989.
- RODRIGUES, J. Barbosa. História de Campo Grande, São Paulo: Editora Resenha Tributária, 1980.
[editar] Ver também
Precedido por João Pedro de Sousa |
Prefeito de Campo Grande 29 de Abril de 1918 — 6 de Julho de 1918 |
Sucedido por João Pedro de Sousa |
Precedido por César Bacchi de Araújo |
Prefeito de Campo Grande 29 de Junho de 1931 — 11 de Julho de 1932 |
Sucedido por Artur Mendes Jorge Sobrinho |
Precedido por Pacífico Lopes de Siqueira |
Prefeito de Campo Grande 1 de Novembro de 1934 — 17 de Setembro de 1935 |
Sucedido por Antônio Luís Almeida Boaventura |
Precedido por Demóstenes Martins |
Prefeito de Campo Grande 1 de Setembro de 1941 — 12 de Setembro de 1942 |
Sucedido por Demóstenes Martins |
[editar] Ligações externas
- História de Campo Grande (MS)
- Discursos de Vespasiano no Senado Federal
- Página da Academia Sul-Matogrossense de Letras