Alfredo Bosi
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Alfredo Bosi (São Paulo, 23 de agosto de 1936) é um professor universitário, crítico e historiador da literatura brasileiro. Foi eleito em 20 de março de 2003 membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 12, que pertenceu a dom Lucas Moreira Neves.
[editar] Biografia
Descendente de italianos, Bosi é filho de Teresa Meli, salernitana, e Alfredo Bosi. Após de se formar em Letras Neolatinas pela Universidade de São Paulo (USP), em 1960, recebeu uma bolsa de estudos na Itália, onde permaneceu por dois anos na cidade de Florença.
De volta ao Brasil, tornou-se professor de língua e literatura italiana na USP, cargo que ocupou por dez anos.
Em 1964, escreveu a tese "A Narrativa de Pirandello". Seis anos mais tarde, doutorou-se com a tese "Mito e Poesia em Leopardi".
Embora professor de literatura italiana, Bosi sentia-se dividido interiormente por causa de seu grande interesse pela literatura brasileira, o qual o levou a escrever os livros: Pré-Modernismo (1966) e História Concisa da Literatura Brasileira (1970). Em 1972, Bosi decidiu-se pelo ensino de literatura brasileira no departamento de letras clássicas e vernáculas da faculdade de filosofia, letras e ciências humanas da USP.
Foi vice-diretor do IEA - Instituto de Estudos Avançados da USP de 1987 a 1997, ano em que passou, a partir do mês de dezembro, a ocupar o cargo de diretor.
Bosi é editor da revista Estudos Avançados desde 1989.
Entre outras atividades no IEA, coordenou o Programa Educação para a Cidadania (1991-96), integrou a comissão coordenadora da Cátedra Simón Bolívar (convênio entre a USP e a Fundação Memorial da América Latina) e coordenou a Comissão de Defesa da Universidade Pública (1998).
Em 2003, Alfredo Bosi decidiu tentar o ingresso na Academia Brasileira de Letras e foi eleito. Desde então ele ocupa a cadeira nº 12, que foi de dom Lucas Moreira Neves.
Alfredo Bosi é casado com a psicóloga social, escritora e professora do Instituto de Psicologia da USP, Ecléa Bosi, com quem tem dois filhos entre eles Viviana Bosi, atual professora do Departamento de Teoria Literária da USP.
[editar] Obra
- O pré-modernismo (Cultrix, 1966);
- História concisa da literatura brasileira (Cultrix, 1970 – 42ª ed., 2004;
- México, Fondo de Cultura Económica, 1983 – 2ª ed., 2001);
- O conto brasileiro contemporâneo (Cultrix, 1975 – 14ª ed., 2002);
- “As letras na Primeira República” em O Brasil republicano (Difel, 1977);
- O ser e o tempo da poesia (Cultrix, 1977; 6ª.ed., Companhia das Letras, 2000; Prêmio Associação Paulista dos Críticos de Arte 1978);
- Reflexões sobre a arte (Ática, 1985 – 7ª ed., 2002);
- Céu, inferno (Ática, 1988);
- Dialética da colonização (Companhia das Letras, 1992 – 4ª ed., com posfácio, 2001; Paris, L’Harmattan, 2000);
- “O tempo e os tempos” em Tempo e história (Companhia das Letras, 1992);
- Leitura de poesia (org. e apres., Ática, 1996);
- Machado de Assis: O enigma do olhar (Ática, 1999);
- Machado de Assis (Publifolha, 2002);
- Literatura e resistência (Companhia das Letras, 2002).
[editar] Prêmios
- Melhor Ensaio da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1977, por "O Ser o Tempo da Poesia", e, em 1992, por "Dialética da Colonização". Por este livro também recebeu, em 1993, o Prêmio Casa Grande e Senzala, conferido pela Fundação Joaquim Nabuco.
- Homem de Idéias, distinção que recebeu em 1992, conferida pelo Jornal do Brasil.
- Prêmio Jabuti, em 1993, para melhor obra de Ciências Humanas, da Câmara Brasileira do Livro.