Antioquia
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- Nota: Se procura o departamento colombiano, consulte Antioquia (Colômbia).
Antioquia-nos-Orontes (do grego Αντιόχεια, do nome próprio Αντίοχος, talvez vindo de αντι: em lugar de, igual a, em comparação de + οχειον: garanhão) foi uma cidade antiga erguida na margem esquerda do rio Orontes; é a moderna Antaquia, na Turquia). Atualmente, é um sítio arqueológico. Foi fundada nos finais do século IV a.C. por Seleuco I Nicator, que a fez capital do seu império. Seleuco I servira como um dos generais de Alexandre, o Grande, e o nome Antíoco ocorria freqüentemente entre membros da sua família.
Antioquia ocupa um importante lugar na história do Cristianismo. Foi aqui que Paulo de Tarso pregou o seu primeiro sermão cristão (numa sinagoga), e foi aqui que os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez de Cristãos (Actos 11:26).
Escavações arqueológicas têm descoberto numerosas ruínas do passado. O circo, um dos maiores dos templos romanos, a acrópole, numerosos banhos, vilas e cemitérios romanos e belos pisos de mosaico que datam do período apostólico.
Flávio Josefo a descreve como sendo a terceira maior cidade do império e também do mundo, com uma população estimada em mais de meio milhão de habitantes, depois de Roma e Alexandria. A cidade cresceu a ponto de se tornar o principal centro comercial e indústrial da Síria Romana. Esta cidade era considerada a porta para o oriente, César, Augusto e Tibério a utilizavam como centro de operações. Era também chamada de "Antioquia, a bela", "rainha do Oriente", devido as riquezas romanas que a embelezavam, desde a estética grega até o luxo oriental.
Todavia, era também uma das mais sórdidas e depravadas cidades do mundo, como todas as grandes metrópoles da época. O culto à deusa Astarote pelas mulheres da cidade de Antioquia era tão indecente que Constantino o aboliu mediante o uso da força. A maioria da população era síria (gentios), embora houvesse numerosa colônia judaica. Sua cultura era tipicamente grego-helenista.
A cidade conservou a sua grande opulência e a Igreja continuou a crescer enquanto durou o Império Romano. Em 538 d.C., Cosroes, rei persa, tomou e destruiu-a. O imperador Justiniano reconstruiu-a, mas no ano 635 d.C., os sarracenos a tomaram, e em 1084 passou para o domínio turco. Excetuando o período decorrente entre 1068 e 1269, em que foi sede de um reino cristão, fundado pelos cruzados, tem continuado em poder dos muçulmanos. Hoje a moderna Antaquia, permanece sede de um patriarcado das igrejas católica romana e ortodoxa.