Ascenso Ferreira
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Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira (Palmares, 9 de maio de 1895 — Recife, 5 de maio de 1965) foi um escritor brasileiro.
Órfão aos treze anos de idade, passa a trabalhar na mercearia de um tio e, em 1911, publica no jornal "A Notícia de Palmares" o seu primeiro poema, "Flor Fenecida". Em 1920, muda-se para o Recife, onde torna-se funcionário público e passa a colaborar com o Diário de Pernambuco e outros jornais. Em 1922 casa-se com Maria Stella, filha do poeta, funcionário público e literário pernambucano Fernando Griz, mas este casamento não durou muito. Em 1925, participa do Movimento Modernista de Pernambuco e, em 1927, publica seu primeiro livro, "Catimbó". Viaja a vários estados brasileiros para promover recitais.
Em 1933 conheceu Maria de Lourdes Medeiros e passou a morar com ela. Em 1948 nasce Maria Luísa, filha do casal. Em 1941 publica o seu segundo livro "Cana Caiana". O terceiro livro "Xenhenhém" está pronto para ser editado, mas só sairia em 1951, incorporado à edição de "Poemas", que foi o primeiro livro surgido no Brasil apresentando disco de poesias recitadas pelo seu autor - a edição continha, ainda, o poema "O Trem de Alagoas", musicado por Villa-Lobos.
Em 1955, participa ativamente da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, inclusive participando de comícios no Rio de Janeiro. Em 1966, é nomeado por JK para a direção do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, mas a nomeação é cancelada dez dias depois, porque um grupo de intelectuais recifenses não aceita que o poeta e boêmio irreverente assuma o cargo. É nomeado, então, assessor do Ministério da Educação e Cultura, onde só comparecia para receber o salário. Em 1963, a Editora José Olympio (RJ) lança "Catimbó e Outros Poemas". Usava sempre um grande chapéu de palha, que era uma verdadeira logomarca.