Cipriano Barata
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cipriano José Barata de Almeida (Salvador, 26 de setembro de 1762 — Natal, 7 de junho de 1838) foi um médico, político brasileiro, um dos principais partidários da Independência do Brasil.
Formado em Medicina e Filosofia pela Universidade de Coimbra, era um entusiasta dos ideiais iluministas que ganhavam força nos meios acadêmicos da época. Inquieto e combativo,só usava roupas feitas com o tecido do Brasil.
Participou da Conjuração Baiana, organizando e orientando as camadas mais pobres da população. Há quem diga que ele escreveu o manifesto ao povo, que chamava à revolução, sendo por isso preso.
Participou também da Revolução Pernambucana de 1817.
Eleito deputado às Cortes em 1821 pela província da Bahia, adotou uma postura radicalmente nacionalista, o que enfureceu os deputados portugueses.
Retornando ao Brasil, fixou-se em Pernambuco, continuando a desenvolver intensa atividade política através do jornal Sentinela da Liberdade (Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco), de orientação liberal, que fundou, em abril de 1822, em Recife. Foi um dos que organizou a resistência baiana aos portugueses em 1822, que culminou com a vitória dos baianos e pernambucanos em 2 de julho de 1823.
Depois da Independência, foi eleito deputado à Assembléia Constituinte pela Bahia. Não tomou assento, sendo preso, assim como João Mendes Viana, redator do periódico Escudo da Liberdade do Brasil, acusados de inimigos do governo do Rio de Janeiro. Foi expulso da província e ficou preso sete anos.
Envolveu-se como um dos líderes da Confederação do Equador mas, ao contrário de outros líderes como Frei Caneca, cujas preocupações eram eminentemente políticas, propunha reformas sociais, defendendo a abolição da escravidão. Com a repressão imperial ao movimento, foi preso no Forte do Brum, sendo enviado para o Rio de Janeiro.
Começou a publicar no periódico A Sentinela da Liberdade. Por causa da mordacidade do jornal, e do envolvimento com outras insurreições no Primeiro Reinado, como a Confederação do Equador, foi preso durante mais de seis anos. Quando deixou o cárcere tinha mais de setenta anos.
Anos mais tarde abandonou a política, foi lecionar francês em Natal, onde veio a falecer.