Crise no setor aéreo brasileiro
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Este artigo ou seção é sobre um evento atual. Segunda-feira, 16 de Abril de 2007 |
A crise no setor aéreo brasileiro ou apagão aéreo, como divulgado pela impressa, é uma série de colapsos no transporte aéreo que foram deflagrados após o acidente do vôo Gol 1907. O nome adotado para se referir a crise faz alusão ao Escândalo do apagão, episódio que afetou o fornecimento e distribuição de energia elétrica no Brasil.
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[editar] Antecedentes
As dificuldades no transporte aéreo brasileiro iniciaram-se após a crise financeira da companhia aérea Varig, que em poucos meses deixou de operar várias rotas domésticas e internacionais. Isso ocorreu devido à falta de aeronaves, retomadas por credores devido a falta de pagamento de contratos de arrendamento. As outras companhias aéreas demoraram a absorver os passageiros deixados pela Varig. É importante ressaltar a interferência política antes do início da crise. Em 24 de setembro de 2006 ocorreu um churrasco em Brasília organizado pelo deputado federal Alberto Fraga PFL-DF e os convidados foram os controladores de vôo. A reunião teria ocorrido com a intenção de angariar votos para a eleição do referido deputado. Foram feitas promessas de "apoio logístico para os controladores em suas reivindicações salariais". Houve a revelação de que um "grupo internacional estaria interessado na privatização do sistema de controle aéreo brasileiro. Só privatizando, explicou o deputado, seria possível aumentar os salários." (Revista Isto É, de 29 de novembro de 2006 [1])
[editar] Estopim
O que detonou a crise no setor aéreo foi a queda de um avião da GOL que cumpria o vôo 1907, em 29 de setembro de 2006, levando todos os seus passageiros e tripulação à morte. Devido ao acidente, 8 controladores de vôo foram afastados para investigações de possível falha operacional. Sem controladores sobressalentes, outros tiverem que ser deslocados para cumprir a falta dos que estavam afastados.
[editar] Operação-padrão
Em 27 de outubro de 2006, os controladores de tráfego aéreo começaram a se organizar para promover uma greve branca, que seria uma forma de pressionar o governo a atender reivindicações por melhores salários, menor carga horária e a contratação de mais profissionais. Entretanto, a maioria dos controladores, por serem militares subordinados à disciplina da Força Área Brasileira (FAB), não aderiu à greve. [1] Mesmo com a FAB negando que tal reunião tivesse existido, a greve branca ou operação-padrão foi iniciada. [2]
[editar] Falha de equipamentos
A primeira falha de equipamento noticiada que ocorreu na crise foi em 20 de outubro de 2006, quando uma pane no centro de processamento de dados obrigou o Cindacta 2 a desligar o sistema de radar no Sul do país, o que provocou atraso de até 3 horas e 40 minutos em pelo menos 146 vôos comerciais na região. No dia anterior, o centro de processamento de dados do Cindacta 2 já tinha apresentado problemas. Durante 2 horas, os vôos foram monitorados pela operação convencional, em que são feitos contatos por rádio entre o piloto e os controladores, o que é mais lento do que o sistema com radar. [3]
[editar] Overbooking
[editar] CPI do Apagão
[editar] Ver também
[editar] Referências
- ↑ Matais, Andreza e Marra, Lívia (27 de outubro de 2006). Controladores de tráfego aéreo se organizam e ameaçam greve branca. Folha Online. Acessado em 31 de março de 2007.
- ↑ Aeronáutica nega reunião entre controladores de tráfego aéreo. Folha Online (27 de outubro de 2006). Acessado em 31 de março de 2007.
- ↑ Pane desliga radares na região Sul e atrasa 146 vôos. Folha de São Paulo (21 de outubro de 2006). Acessado em 31 de março de 2007.