Desflorestação
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Desflorestação, desflorestamento ou desmatamento é o processo de desaparecimento de massas florestais (bosques), fundamentalmente causada pela actividade humana.
A desflorestação é directamente causada pela acção do homem sobre a natureza, principalmente devido a abates realizados pela indústria madeireira, tal como para a obtenção de solo para cultivos agrícolas.
Nos países mais desenvolvidos, produzem-se outras agressões como a chuva ácida que comprometem a sobrevivência dos bosques, situação que se pretende controlar mediante a exigência de requisitos de qualidade para os combustíveis, como a limitação do conteúdo de enxofre.
Nos países menos desenvolvidos, as massas florestais são reduzidas ano após ano, enquanto que nos países industrializados acontece uma recuperação devido a pressões sociais, reconvertendo-se os bosques em atractivos turísticos e lugares de espairecimento.
Contudo, deve ter-se em conta que as plantações de reflorestação não substituem em nenhum caso o bosque, já que este é um ecossistema que leva décadas e em alguns casos séculos em formar-se, constituindo o bio-sistema óptimo de aproveitamento da luz solar. A reflorestação no melhor dos casos é um conjunto de árvores situadas segundo uma separação definida artificialmente, entre as quais surge uma vegetação herbácea ou arbustiva que não costuma dar-se no bosque. No pior dos casos, plantam-se árvores não autóctones que em certas ocasiões danificam o substrato, como ocorre em muitas plantações de pinheiro, abeto ou eucalipto.
Uma consequência da desflorestação é o desaparecimento de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio em absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global.
Como medida de contenção, diversos organismos internacionais propõem a reflorestação, medida parcialmente aceita pelos movimentos ecologistas, ao entenderem estes que a repovoação deve considerar não só a eliminação do dióxido de carbono, mas também, a biodiversidade da zona a repovoar.
[editar] O desmatamento no Brasil
Há três importantes fatores responsáveis pelo desmatamento no Brasil: as madeireiras, a pecuária e o cultivo da soja. Como boa parte opera ilegalmente, principalmente na Amazônia, os estragos na floresta são cada vez maiores.
A Amazônia já está no seu limite de desmatamento. Se o processo de retirada de árvores de forma predatória persistir, em pouco tempo efeitos negativos começarão a ser sentidos pelo planeta, principalmente no que diz respeito ao clima.
No Brasil, os estados mais atingidos pelo desmatamento são Pará e Mato Grosso. Este último é o campeão em área desmatada, apesar de ter havido uma redução nos últimos anos.
A média de madeira movimentada na Amazônia - de acordo com um relatório divulgado pelo Governo Federal em agosto de 2006 - é de aproximadamente 40 milhões de m³, incluindo madeira serrada, carvão e lenha. Desse total, apenas 9 milhões de m³ vieram de manejo florestal (previamente autorizado).
O Brasil está se tornando em um dos maiores contribuintes para o aquecimento global do planeta. O crescente desmatamento - principalmente na Amazônia, que deixa a floresta cada vez mais seca e com menor capacidade de evaporação - ocasiona na redução das chuvas em várias regiões, afetando o clima do norte até o sul do país. Efeito semelhante já é percebido no Brasil com a retirada quase total da Mata Atlântica, que após ser dizimada afetou o microclima de várias regiões do país.
O cenário global do desmatamento se agravou muito nas últimas décadas. Além do Brasil, outros países do mundo continuam retirando área verde. A China e os EUA são alguns exemplos. Ambos utilizam termoelétricas a carvão para a geração de energia elétrica.
A desflorestação tem consequências negativas ao meio ambiente.