Dopagem
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A dopagem (em inglês, doping) é a utilização de substâncias proibidas no esporte, por promoverem o aumento ilícito do rendimento do atleta. Essas perigosas substancias fazem com que os atletas tenham um melhor rendimento fisico no desporto.
A história mais famosa de doping foi a de Maradona, que no meio da copa do mundo de futebol de 1994 (sediada nos EUA) foi retirado por doping, ele jogava sobre o efeito de um substancia chamada efedrina que melhora os reflexos e diminui a fadiga.
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[editar] Drogas que são considerada doping
As substâncias pertencentes as seguintes classes farmacológicas:
- Estimulantes: pseudoefedrina, efedrina, anfetamina, etc.
- Narcóticos: morfina, codeína, propoxifeno, etc.
- Agentes anabólicos: testosterona, nandrolone, estanozolol, etc.
- Diuréticos: hidroclorotiazínicos, furosemide, etc.
- Betabloqueadores: propranolol, atenol, etc.
- Hormônios peptídeos e análogos: Hormônio do crescimento, eritropoetina, corticotropina.
[editar] Exame antidoping nas Olimpíadas
Os vencedores das provas individuais e alguns atletas de equipes coletivas, indicados por sorteio, são obrigados a permitir a análise da sua urina para que se proceda ao controle antidoping. A lei também permite a convocação de outros atletas sob suspeita.
O material colhido é separado em dois frascos (prova e contraprova), numerado e encaminhado para o laboratório de análises. A quantidade mínima de urina é de 65 ml. No laboratório, dois aparelhos - cromatógrafo e espectrômetro - são usados para a análise da urina. O resultado, em envelope lacrado, é enviado ao presidente do Comitê Antidoping do COI, que atualmente é o príncipe belga, Alexandre de Merode.
O presidente do Comitê Antidoping é o único que tem a lista que relaciona os números de cada amostra aos nomes do atletas. No caso de algum resultado positivo, ele encaminha ao laboratório o pedido para que a contraprova seja analisada.
Todo o processo se repete. Se a contraprova confirmar o resultado positivo, o nome do atleta será divulgado pelo próprio réu de jugamento, que também providencia as punições imediatas.
[editar] O truque
Ao contrário dos estimulantes, que para fazer efeito devem ser tomados uma única vez nas vésperas das competições, os anabolizantes são ingeridos em época de treinamentos por períodos contínuos que variam entre três e seis meses. O tratamento é interrompido de duas a três semanas antes das provas: tempo suficiente para o organismo eliminar traços das substâncias proibidas e permitir a passagem pelo exame antidoping. Para fazer face a essa situação, desde 1993 que a Federação Internacional de Atletismo realiza exames-supresa nos melhores atletas do mundo.
O exame de sangue seria muito mais eficiente no controle antidoping, mas não é permitido pelo Comitê Olímpico Internacional. A entidade teme o protesto de alguns países , que alegarão motivos religiosos para evitar que seus atletas tirem sangue.
[editar] As substâncias que dopam
[editar] Betabloqueadores
Os betabloqueadores são remédios que baixam a pressão sanguínea. Atuam no sistema cardiovascular, diminuindo o número de batimentos do coração. Ajudam em categorias que exigem precisão, como o arco e flecha e o tiro.
[editar] Diuréticos
Os diuréticos são usados pouco antes das provas para desidratar o organismo e diminuir o peso dos atletas. Atletas de boxe, luta, judô e halterofilismo podem usar a substância para atuarem em categorias de peso inferior ao seu.
[editar] Estimulantes
Os estimulantes agem direto no sistema nervoso, fazendo o atleta ficar mais excitado. A cafeína é o exemplo mais comum. Os velocistas de atletismo conseguiram melhorar seus tempos com esse tipo de substância.
[editar] Injeção de sangue
Alguns atletas injetam até um litro de sangue pouco antes da competição. A transfusão aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos, melhorando a capacidade de circulação de oxigênio entre as células até 5%.
[editar] Narcóticos
Os narcóticos são usados para combater dores moderadas e agudas. A maior parte tem efeitos colaterais, incluindo transtornos respiratórios em proporção a dose e risco de dependência física.
[editar] Esteróides anabolizantes
São hormônios sintéticos que quando comparados à testosterona (hormônio masculino natural), têm maior atividade anabólica (promovem crescimento).
Geralmente são usados por via oral ou parental (injetáveis). Alguns usuários fazem abuso de preparações farmacêuticas disponíveis uso para veterinário.
[editar] Uso dos esteródes anabolizantes
Por indicação médica são usados no tratamento de doenças como por exemplo da anemia, hipogonadismo e angioedema hereditário, por exemplo.
O uso ilícito por atletas, freqüentadores de academias ou pessoas de baixa estatura é feito na crença de que essas drogas:
- Aumentam a massa muscular;
- Aumentam a agressividade;
- Diminuem o tempo de recuperação entre os exercícios intensos;
- Melhoram a aparência;
- Melhoram a performance sexual; ou com fins de diversão.
No entanto, o uso abusivo leva a efeitos colaterais graves, claro que muitos atletas usam essas substâncias sem estarem cientes dos efeitos colaterais mas a grande maioria tem ciência dos mesmos e as ultilizam mesmo assim, em ciclos com dosagem bastante regulada.
[editar] Brasileiros pegos no exame
Alguns atletas brasileiros foram pegos em flagrante pelo uso de um anabolizante chamado nandrolona, usado pelos atletas para aumentar a massa muscular.
Em 1986, o velocista Salviano Domingues foi apanhado quando disputava o Meeting Internacional de Atletismo em São Paulo. Na mesma competição, seis anos depois, a velocista Berenice Ferreira acabou caindo na malha fina do antidoping.
Um dos casos mais comentados, porém, foi o da lançadora de dardo Sueli Pereira dos Santos. Em 1994, ela consegiuiu a marca de 65,96 metros e ficou entre as dez melhores do mundo. Um exame de supresa realizado em janeiro de 1995 constatou a presença da droga. Sueli foi suspensa por quatro anos.
A Atleta Mauren Maggi, do salto triplo, ficou recentemente dois anos suspensa, envolvida em um caso de doping.
[editar] Curiosidades
- Para usar a cafeína como estimulantes, o atleta teria que tomar num curto espaço de tempo 36 copos de café.
- Foi no Canadá, em 1967, numa prova de ciclismo, que estrearam os testes antidoping oficialmente no esporte amador. No mesmo ano, a comissão médica do COI instituiu um índex de substâncias proibidas.
- Na Olimpíada de Roma, em 1960, o ciclista dinamarquês Knut Jensen morreu durante a prova de perseguição por equipes. O laudo falava em "insolação", mas a autópsia constatou que ele havia ingerido grandes doses de anfetaminas.
- A nadadora da ex-Alemanha Oriental Kristiane Knacke, medalha de bronze nos 100 metros borboleta, levou oito anos para perder quinze quilos de musculatura gerada por anabolizantes. Sua filha, nascida dois anos depois que ela deixou as piscinas, apresenta graves problemas hormonais.
- O halterofilista russo Kaarlo Kangasniemi, medalha de ouro, na Olimpíada de 1968, sofreu um grave acidente. Ao erguer uma barra de 160 quilos, um dos músculos de suas costas, inchado pelo uso de anabolizantes, rompeu pelo uso dos alteres. A barra caiu sobre sua nuca, quebrou uma das vértebras e ele ficou paralisado pelo resto da vida.
- Em 1991, a velocista alemã Katrin Krabbe estava treinando na África do Sul quando recebeu a visita de um fiscal da Federação Internacional de Atletismo para colher a sua urina. O laboratório descobriu que o material tinha sido adulterado. Não foi detectada nenhuma droga, mas verificou-se que a urina de Katrin era idêntica a de outras duas corredoras que forneceram amostras do mesmo dia. A adulteração do material é punida com a mesma severidade que um caso de doping.
- Antes mesmo do início da competição, o velocista inglês Jason Livingston e dois levantadores de peso da equipe britânica foram desligados da Olímpiada de Barcelona, em 1992. Os três atletas sofreram a punição quando se soube do resultado positivo dos exames de doping realizados do início de Julho, ainda na Inglaterra, durante o período final de treinamento para os jogos. A droga usada por Livingston chamava-se Methandianone, um medicamento da família dos esteróides anabolizantes.