Durão Barroso
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José Manuel Durão Barroso, GCC, (Lisboa, 23 de Março de 1956) é um político português e presidente da Comissão Europeia desde Novembro de 2004, após abandonar o cargo de primeiro-ministro de Portugal.
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[editar] Formação e início de carreira
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, fez mestrado em Ciências Económicas e Sociais pela Universidade de Genebra (Institut européen de l'université de Genève). A sua carreira académica continuou como professor assistente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e no Departamento de Ciência Política da Universidade de Georgetown (em Washington), onde efectuou trabalho de pesquisa no âmbito do seu doutoramento. De regresso a Lisboa, Durão Barroso foi professor de Ciência Política, e director do departamento de Ciência Política da Universidade Lusíada. Hoje em dia ocupa o cargo de presidente da comissão europeia, fazendo-se valer dos seus conhecimentos linguísticos de francês.
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[editar] O início da actividade política
A sua actividade política teve início nos seus tempos de estudante, antes da Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974. Foi um dos líderes da FEM-L (Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas), as "jotas" do PCTP-MRPP (Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses - Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado), força política de inspiração maoísta. Em 1980, Durão Barroso aderiu ao Partido Social Democrata, principal partido da direita portuguesa, no qual está filiado até hoje.
[editar] Alguns factos marcantes
A sua carreira política no PSD levou-o aos seguintes cargos:
- Sub-Secretário de Estado no Ministério de Assuntos Internos (1985-1987)
- Secretário de estado dos Assuntos Externos e Cooperação (1987-1992)
- Ministro dos negócios estrangeiros (1992-1995)
Em 1990 ele foi o principal promotor dos acordos de Bicesse, que levaram a um armistício temporário na Guerra Civil de Angola entre MPLA e a UNITA de Jonas Savimbi. Foi também um divulgador no panorama político internacional da causa da independência de Timor-Leste, ex-colónia portuguesa invadida a 7 de Dezembro de 1975 pela Indonésia e considerada por este país como a sua 27ª província.
Em 1993 o World Economic Forum refere-se a Durão Barroso com um dos "Global leaders for tomorrow" e considera-o um "political star".
[editar] Governação
Na oposição, Durão Barroso foi eleito deputado por Lisboa no Parlamento Nacional em 1995 e foi o presidente da comissão para os negócios estrangeiros. Em 1999 foi eleito presidente do PSD, tendo-se tornado então o líder da oposição.
A 6 de Abril de 2002, Durão Barroso tornou-se primeiro-ministro de Portugal. Como primeiro-ministro destacou-se pela política de contenção da despesa pública (onde se destaca a actividade da sua ministra das finanças, Manuela Ferreira Leite) e pelo apoio à invasão do Iraque em 2003, uma decisão que, de acordo com as sondagens, era contrária à opinião de parte dos portugueses.
[editar] A mudança para Bruxelas
A 29 de Junho de 2004, Barroso anunciou a sua demissão, para assumir o cargo de presidente da Comissão Europeia, remodelada e com mais poderes, sucedendo neste cargo a Romano Prodi, depois de o seu governo ter, durante bastante tempo, apoiado António Vitorino (socialista, da oposição) como candidato português para este cargo. Deveria ser conduzido no cargo a 1 de Novembro de 2004, para um mandato de cinco anos. No entanto, devido a não ter conseguido reunir os apoio necessários junto do Parlamento Europeu para a aprovação da lista de comissários, a 27 de Outubro de 2004, Durão Barroso pediu que a votação fosse adiada para data posterior.
[editar] A vida familiar
Durão Barroso é casado e tem três filhos.
[editar] Curiosidades
Durante a campanha eleitoral de 2002, a esposa de Durão Barroso, Margarida Sousa Uva, dedicou publicamente ao marido um excerto do poema "sigamos o cherne" de Alexandre O'Neill, pretendendo destacar as capacidades de liderança do marido:
- Sigamos o cherne, minha amiga!
- Desçamos ao fundo do desejo
- Atrás de muito mais que a fantasia
- E aceitemos, até do cherne um beijo,
- Senão já com amor, com alegria...
Este momento teve amplo eco na comunicação social, sendo a alcunha de "Cherne" posteriormente utilizada com fins humorísticos, especialmente por parte da oposição.
Precedido por António Guterres |
Primeiros-ministros de Portugal (XV Governo Constitucional) 2002 - 2004 |
Sucedido por Pedro Santana Lopes |
Precedido por Romano Prodi |
Presidente da Comissão Europeia 2004 — |
Sucedido por corrente |
Precedido por Marcelo Rebelo de Sousa |
Presidente do PSD 1999 - 2004 |
Sucedido por Pedro Santana Lopes |
Precedido por João de Deus Pinheiro |
Ministro dos Negócios Estrangeiros XII Governo Constitucional |
Sucedido por Jaime Gama |