Júlio Prates de Castilhos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Governador do Rio Grande do Sul | |
Mandato: | de 15 de julho de 1891 a 12 de novembro de 1891 e de 25 de janeiro de 1893 a 25 de janeiro de 1898 |
Precedido por: | Fernando Abbott |
Sucedido por: | José Antônio Correia Câmara Antônio Augusto Borges de Medeiros |
Data de nascimento: | 1860 |
Local de nascimento: | Vila Rica |
Data da morte: | 24 de outubro de 1903 |
Local da morte: | Porto Alegre |
Partido político: | PRR |
Profissão: | advogado |
Júlio Prates de Castilhos (Vila Rica, 29 de junho de 1860 — Porto Alegre, 24 de outubro de 1903) foi um político brasileiro.
Embora formado em direito, atuou como jornalista e político. Dirigiu o jornal A Federação de 1884 a 1889, onde fez propaganda das idéias republicanas. Em 1891 elegeu-se deputado para a Assembléia Constituinte e se opôs a Rui Barbosa no capítulo que versava sobre a discriminação de rendas, defendendo os pequenos estados da federação.
Em 15 de julho de 1891, Júlio de Castilhos foi eleito presidente do estado do Rio Grande do Sul. No entanto, com a queda de Deodoro da Fonseca, foi deposto em 3 de novembro daquele mesmo ano. Pouco mais de um ano depois, Júlio de Castilhos disputa uma eleição (sem concorrentes) e volta a ocupar o antigo posto. Obteve 26377 votos e sua posse ocorre em 25 de janeiro de 1893. Neste mesmo ano, contém a Revolução Federalista, de tendência parlamentarista e liderada por Gaspar Silveira Martins.
Júlio de Castilhos exerceu influência singular sobre a política gaúcha. Redigiu praticamente sozinho a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul de 1891 e usou todos os meios possíveis para sua aprovação. Tal constituição inspirava-se muito fortemente no positivismo do filósofo francês Auguste Comte e garantia ao governante os meios legais de implementar a política de inspiração positivista. Embora tida por autoritária, tal constituição pretendia implementar no caráter do regime republicano aspectos racionais, baseados na História e na Ciência a fim de superar aspectos populares ou metafísicos.
O castilhismo consolidou-se como corrente política e teve voz ativa por cerca de quarenta anos. Borges de Medeiros, sucessor de Castilhos, seguiu firmemente os ideais do mestre. No plano nacional, Getúlio Vargas procurou implementar o castilhismo no Estado Novo (1937-1945).
Júlio de Castilhos morreu prematuramente em 1903, vítima de câncer na garganta. A última casa em que viveu foi adquirida pelo governo do Estado em 1905 e ainda neste ano ali instalou o Museu Júlio de Castilhos, no centro de Porto Alegre.
Precedido por Fernando Abbot |
Governador do Rio Grande do Sul 1891 |
Sucedido por junta governativa |
Precedido por Fernando Abbot |
Governador do Rio Grande do Sul 1893 — 1898 |
Sucedido por Borges de Medeiros |