Júlio Verne
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Júlio Verne (em francês Jules Verne) (Nantes, 8 de Fevereiro de 1828 — Amiens, 24 de Março de 1905) foi um escritor francês.
Filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado (avoué), e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de um família burguesa de Nantes. É considerado, por críticos literários, o precursor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.
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[editar] Infância e juventude
Júlio Verne passou a infância com os pais e irmãos, na cidade francesa de Nantes e na casa de verão da família. A proximidade do porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Com nove anos foi mandado para o colégio com seu irmão Paul. Mais tarde, seu pai, com a esperança de que o filho seguisse sua carreira de advogado, enviou o jovem Júlio para Paris, a fim de estudar Direito. Ali começou a se interessar mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns livretos de operetas e pequenas histórias de viagens. Seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro, o que o levou a trabalhar como corretor de ações, o que teve como propósito lhe garantir alguma estabilidade financeira. Foi quando conheceu uma viúva com duas filhas chamada Honorine de Viane Morel, com quem se casou em 1857 e teve em 1861 um filho chamado Michel Jean Pierre Verne. Durante esse período conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo.
[editar] Carreira literária
A carreira literária de Júlio Verne comecou a se destacar quando se associou a Pierre Jules Hetzel, editor experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand e Erckmann-Chatrian.
Hetzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas em um balão. Essa história continha detalhes tão minunciosos de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa.
Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado em navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne ao seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas idéias.
O sucesso de Cinco semanas em um balão lhe rendeu fama e dinheiro. Sua produção literária seguia em ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novo livro de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: Vinte Mil Léguas Submarinas, Viagem ao centro da terra, A volta ao mundo em oitenta dias, Da terra à lua, Robur - o conquistador.
Seu último livro publicado foi Paris no século 20. Escrito em 1863, somente publicado em 1989, quando o manuscrito foi encontrado por bisneto de Verne. Livro de conteúdo depressivo, foi rejeitado por Hetzel, que recomendou Verne a não publicá-lo na época, por fugir à fórmula de sucesso dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias. Verne seguiu seu conselho e guardou o manuscrito em um cofre, só sendo encontrado mais de um século depois.
Até hoje Júlio Verne é o escritor cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 70 livros.
[editar] Últimos anos
Seu único filho Michel era considerado um garoto rebelde, e não seguiu as orientações do pai. Júlio Verne mandou seu filho, aos 16 anos, em uma viagem de instrução em um navio, por 18 meses, com esperança que a disciplina a bordo e a vida no mar corrigissem o seu caráter, mas de nada adiantou. Michel acabou casando-se com uma atriz, contra a vontade do pai, tendo com ela dois filhos.
Em 9 de Março de 1886, seu sobrinho Gaston deu dois tiros contra o autor, quando este chegava em casa na cidade de Amiens. Um dos tiros o atingiu no ombro e demorou a cicatrizar, deixando-o com perigo de morte. Não se sabe bem por que seu sobrinho tenha atentado contra a sua vida, mas ele foi considerado louco e internado em um manicômio até o final da vida. Este episódio serviu para aproximar pai e filho, pois Michel vendo-se em vias de perder o pai passou a encarar a vida com mais seriedade. Neste mesmo ano, morria o editor Pierre Hetzel, grande amigo de Júlio Verne, fato que o deixou muito abalado.
Nos últimos anos, Verne escreveu muitos livros sobre o uso errôneo da tecnologia e os seus impactos ambientais, sua principal preocupação naquela época. Continuou sua obra até a sua morte em 24 de Março de 1905. Seu filho Michel editou seus trabalhos incompletos e escreveu ele mesmo alguns capítulos que estavam faltando, quando da morte do pai.
[editar] Alguns dos seus livros
- Cinco semanas em um balão, 1863
- Capitão Hateras,1863
- A Estrela do Sul,1863
- Paris no século vinte, 1863
- Viagem ao centro da terra, 1864
- Da terra à lua, 1865
- Vinte Mil Léguas Submarinas,1870
- A volta ao mundo em oitenta dias,1872
- A ilha misteriosa, 1874
- As tribulações de um chinês na China, 1879
- Robur, o conquistador, 1886
- Os conquistadores
- O senhor do mundo
- A jangada
- O raio verde
- Miguel Strogoff
- O Segredo de Wilhelm Storitz
- Um Padre Em 1839
[editar] Ligações externas
- Júlio Verne Portugal
- Biografia
- Edições On-line dos Livros
- Zvi Har’El’s Jules Verne Collection (em inglês)
- Museu Júlio Verne em Nantes (em francês)
- Obras de Júlio Verne: textos com concordâncias e lista de freqüência
- Jules Verne mobile ebooks
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