Legio XVIII
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Legio XVIII (ou décima-oitava legião) foi uma legião romana, criada por César Augusto por volta do ano 41 a.C. e destruída na derrota da batalha da Floresta de Teutoburgo a 9 de Setembro de 9 AD. O cognome e emblema da legião são desconhecidos.
A legião foi criada provavelmente para lidar com a presença de Sextus Pompeius na Sicília, onde o último resistente do segundo triunvirato ameaçava a produção de cereais de Roma. Foi também uma das legiões prometidas por César Augusto a Marco António, mas nunca entregues, para a sua campanha contra o império persa. Mais tarde, Augusto usou esta unidade contra a aliança entre António e Cleópatra na batalha de Actium em 31 a.C.. Após o fim da guerra civil, a XVIII legião foi deslocada para a Gália. No fim do século I a.C. foi transferida novamente para a fronteira do Reno e integrada no exército liderado pelos irmãos Drusus e Tibério que transformou a Germânia numa província romana em 5 AD.
A XVIII legião permaneceu na zona, agora administrada pelo governador Publius Quintilius Varus. No início de Setembro de 9 AD, Arminius, o líder dos Cheruscii, aliados romanos, trouxe notícias de uma revolta na zona do Reno. Sem suspeitar da veracidade da informação recebida, Varus mobilizou a XVIII legião, juntamente com a décima-sétima e a décima-nona, e dirigiu-se para oeste. A 9 de Setembro, os Cheruscii, liderados pelo próprio Arminius, emboscaram o governador e suas legiões perto de Osnabrück, no que ficou conhecido como a batalha da Floresta de Teutoburgo. O resultado foi desastroso para o lado romano e a XVIII legião e suas congéneres foram aniquiladas e os estandartes perdidos. Anos depois, Germanicus liderou uma expedição à área e depararam-se com um cenário tétrico, composto pelos restos mortais dos legionários, muitos deles mutilados. Germanicus recuperou os estandartes da XVIII legião e trouxe-os para Roma.