Luís XVIII de França
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Ordem: | Rei de França |
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Reinado: | 1814–1815 1815–1824 |
Predecessor: | Napoleão I, Imperador dos Franceses |
Sucessor: | Carlos X |
Data de Nascimento: | 17 de Novembro de 1755 |
Local de Nascimento: | Versailles |
Data de Falecimento: | 14 de Setembro de 1824 |
Local de Falecimento: | Paris |
Pai: | Luís, Delfim de França |
Mãe: | Maria Josefa de Saxe |
Consorte: | Luísa de Sabóia |
Louis-Stanislas-Xavier, Luís XVIII, rei da França (1814-1815 e 1815-1824), neto de Luís XV e marido de Luísa de Sabóia. Era irmão de Luís XVI e recebeu o título de conde de Provença, muito jovem.
Luís XVIII nasceu em Versalhes, em 17 de novembro de 1755. permaneceu em Paris quando irrompeu a revolução de 1789, provavelmente com a perspectiva de chegar ao trono. Com a gravidade dos acontecimentos, no entanto, fugiu para o exílio em 1791. No exílio, assumiu posições contra-revolucionárias. Quando os reis franceses foram guilhotinados em 1793, foi proclamado regente do sobrinho, Luís XVII. Após a morte dele, em 1795, assumiu o título de Luís XVIII. Tentou a restauração da monarquia, mas as vitórias militares da revolução e a chegada ao poder de Napoleão aliada à proclamação do Império em 1804, fê-lo cair no esquecimento. Viveu exilado em vários países europeus até que se tornou rei depois da abdicação de Napoleão Bonaparte (1814).
O surgimento do império napoleônico, em 1804, pareceu suprimir todas as possibilidades de regresso dos Bourbons à França. Napoleão Bonaparte, porém, foi derrotado em 1814, e Luís XVIII manifestou sua disposição de restaurar o trono e adotar uma Constituição. Em 2 de maio de 1814, o rei entrou triunfalmente em Paris, onde Talleyrand fizera um trabalho preparatório em seu favor. Concedeu a Carta de 4 de junho de 1814, que previa um poder executivo nas mãos da monarquia, um parlamento bicameral, tolerância religiosa e direitos civis. Negociou com os Aliados o Tratado de Paris (1814), que mantinha as fronteiras da França existentes em 1792. Primeiro Bourbon a reinar na França depois da revolução, Luís XVIII aceitou ser monarca constitucional e esforçou-se por aplicar o sistema parlamentar a um país profundamente dividido pelas lutas políticas.
Quando Napoleão, que se encontrava em Elba, voltou ao poder (março de 1815) no período denominado governo dos Cem Dias, foi obrigado a exilar-se na Bélgica. Foi reposto no trono após a derrota definitiva de Bonaparte em Waterloo. Luís XVIII regressou de Gante (Bélgica), onde estava refugiado, retomou o poder em Julho de 1815, outorgou uma Constituição e teve de aceitar o segundo Tratado de Paris (Novembro de 1815).
O reinado de Luís XVIII representou o primeiro período de normalidade parlamentar após a revolução. As facções monárquicas extremistas, decididas a apagar todos os vestígios do liberalismo, não encontraram o apoio do rei, que sempre preferiu adotar uma conduta moderada. Ainda assim, conseguiram opor obstáculos a quase todas as tentativas do monarca de pacificar o país.
No interior do país as medidas reacionárias da Câmara inencontrável (1815) e o Terror branco, que lavrou no Sul, levaram-no a dissolver a Câmara (Setembro de 1816). No mesmo ano ampliou o direito de voto e suavizou a censura.
A partir de 1820 foi aumentando progressivamente, sobre o monarca, a influência dos setores mais reacionários, liderados por seu irmão, o conde d’Artois. O assassínio do duque de Berry (1820) foi explorado pelos radicais, que impuseram ao rei novas medidas reacionárias (ministério Villèle, 1821), que por sua vez provocaram várias conspirações, obra do carbonarismo. O seu irmão e sucessor Carlos X e os ultra-realistas fizeram-lhe uma forte oposição, não conseguindo, através da sua política moderada, a paz política e civil para França. A guerra da Espanha (1823) foi o último acontecimento importante do reinado. Luís XVIII morreu em Paris em 16 de setembro de 1824 e foi sucedido por irmão Carlos X.
Precedido por Napoleão Bonaparte |
Rei de França 1814 - 1815 |
Sucedido por Carlos X |