Maria Madalena
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Santa Maria Madalena | |
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Maria Madalena, de Pietro Perugino | |
Penitente | |
Festa litúrgica | 22 de Julho |
Portal dos Santos |
- Nota: Se procura o filme argentino de 1953, consulte María Magdalena.
Maria Madalena ou Maria de Magdala, é decididamente uma das discípulas de maior destaque nos Evangelhos. Era natural de Magdala, Galileia, uma localidade na costa ocidental do Lago de Tiberíades.
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[editar] Maria de Magdala no Novo Testamento
Segundo o Novo Testamento, Jesus de Nazaré expulsou dela sete demônios, argumento bastante para ela pôr fé nele como o predito Messias (Cristo). (Lucas 8:2; 11:26; Marcos 16:9). No Evangelho de João 13(23:28) há uma referência sem nomeação sobre um determinado discípulo " a quem Jesus amava", e este "estava reclinado no seio de Jesus" . Esteve presente na crucificação, juntamente com Maria, mãe de Jesus, e outras mulheres. (Mateus 27:56; Marcos 15:40; Lucas 23:49; João 19.25) e do funeral. (Mateus 27:61; Marcos 15.47; Lucas 23:55) Do Calvário, voltou a Jerusalém para comprar e preparar, com outros crentes, certos perfumes, a fim de poder preparar o corpo de Jesus como era costume funerário, quando o dia de Sábado tivesse passado. Todo o dia de Sábado ela se conservou na cidade - e no dia seguinte, de manhã muito cedo "quando ainda estava escuro", indo ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjo a notícia de que Jesus Nazareno tinha ressuscitado e devia informar disso aos apóstolos. (Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-5,10,11; Lucas 24:1-10; João 20:1,2; compare com João 20:11-18)
Maria Madalena foi a primeira testemunha ocular da sua ressurreição e foi quem foi usada para anunciar aos apóstolos a ressurreição de Cristo. (Mateus 27:55-56; Marcos 15:40-41; Lucas 23:49; João 19:25) Nada mais se sabe sobre ela a partir de leitura dos Evangelhos Canônicos. É festejada pela Igreja Católica no dia 22 de Julho.
Em Lucas 8:2, faz-se menção, pela primeira vez, de "Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios". Não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a prostituta arrependida que pediu perdão pelos seus pecados a Jesus Cristo. Este episódio é freqüentemente identificado com o relato de Lucas 7:36-50, ainda que não seja referido o nome da mulher em causa.
[editar] Evangelho apócrifo
No Evangelho Apócrifo de Maria Madalena, Pedro disse à Maria " Irmã, nós sabemos que o salvador a amou mais que a outras mulheres" e Levi responde a Pedro que "Por isso ele a amou mais que nós" , sendo assim Maria Madalena seria "o discípulo" "a quem Jesus mais amava" e que Maria Madalena no Novo Testamento participava da última ceia com os outros discípulos.
[editar] Teorias
Alguns escritores contemporâneos, principalmente Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh, autores do livro que em português se intitulou O Sangue de Cristo e o Santo Graal (1982), e Dan Brown no romance O Código da Vinci (2003), narram Maria Madalena como uma "apóstola", mulher de Cristo que teve com ele, inclusive, filhos. Na narrações desta ficção, estes fatos teriam sido escondidos por revisionistas cristãos que teriam alterado os Evangelhos.
Estes escritores teriam baseado suas afirmações nos Evangelhos canónicos e nos livros apócrifos do Novo Testamento, além dos escritos gnósticos. Segundo os evangelhos aceitos pela Igreja Católica, Jesus Cristo, o suposto filho de Deus, não veio à Terra para casar com uma humana e ter filhos. Portanto, para os preceitos desta Igreja, Maria Madalena não foi e nem poderia ser esposa de Jesus Cristo.
Tornou-se muito célebre, com a divulgação do livro de Dan Brown, o argumento de que na A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, a personagem que está à sua direita, com traços femininos, seja Maria Madalena e não o apóstolo João, como outros defendem. O facto de Jesus não envergar nenhum cálice - o Graal - poderá levar a interpretações que muitos consideram flagrantemente abusivas do ponto de vista histórico e religioso, como acreditar que Maria Madalena é, de facto, o "cálice sagrado" onde repousa o "sangue de Cristo" ou seja, na altura, que ela estaria grávida de Jesus Cristo.
Os teólogos consideram inaceitável a história narrada no romance de Dan Brown. Argumentam que Leonardo da Vinci se inspirou no Evangelho de João (no texto João 21:20) em que se fala do discípulo amado - que seria o próprio apóstolo João - e não propriamente nas passagens referentes à instituição da Última Ceia.
Como obra de ficção, grande parte dos factos apresentados em O Código Da Vinci não são historicamente embasados. Um deles refere-se a uma das maiores fraudes históricas, o Priorado de Sião. Pierre Plantard, responsável por esta instituição, em 1992, que confessou perante a justiça francesa ter criado todo um conjunto de argumentos com a finalidade de justificar que era descendente da dinastia dos reis merovíngios. Esta dinastia teria alegadamente a sua origem no filho de Jesus Cristo com Maria Madalena.
Some-se a isso que uma análise racional e desapaixonada da tese que afirma que Jesus ter-se-ía casado e tido filhos com Maria de Magdala leva a concluir pela sua impossibilidade. Não só nos próprios relatos evangélicos, onde Jesus recomenda a um potencial seguidor que deixe sua família e seus bens para o seguir, como no relato das vidas de todos os grandes mensageiros do bem que se dedicaram a ajudar os menos favorecidos, verifica-se que a dedicação de um bom pai à sua família consanguínea não lhe deixa tempo para uma dedicação aos despossuídos e necessitados do mundo do porte daquela que tais seres assumiram.
[editar] O Evangelho de Maria
O Evangelho de Maria traz uma nova interpretação de quem teria sido Maria de Magdala. Segundo este evangelho apócrifo gnóstico, ela aparece com uma discípula de suma importância à qual Jesus teria confidenciado informações que não teria passado aos discípulos homens, sendo por isso questionada por Pedro e André. Ela surge ali como confidente de Jesus, alguém, portanto, mais próximo de Jesus do que os demais discípulos. No entanto, nada na leitura daquele evangelho leva a concluir que ela tenha tido com Jesus um relacionamento a nível de marido e mulher e sim um a nível de mestre e discípula.
Inserir texto não-formatado aquitrecho O apego à matéria gera uma paixão contra a natureza. É então que nasce a perturbação em todo o corpo; é por isso que eu vos digo: Estejais em harmonia... Se sois desregrados, inspirai-vos em representações de vossa verdadeira natureza. Que aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça. Após ter dito aquilo, o Bem-aventurado saudou-os a todos dizendo: Paz a vós – que minha Paz seja gerada e se complete em vós! Velai para que ninguém vos engane dizendo: Ei-lo aqui. Ei-lo lá. Porque é em vosso interior que está o Filho do Homem; ide a Ele: aquele que o procuram o encontram. Em marcha! Anunciai o Evangelho do Reino. (Evangelho de Maria Madalena)