Miguel de Moura
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Miguel de Moura (Lisboa, 4 de Novembro de 1538 - Lisboa, 30 de Dezembro de 1600), homem de Estado português, filho de Manuel de Moura, escrivão do município de Beja e mais tarde da Fazenda d'el-Rei.
Órfão de pai aos 10 anos e de mãe aos 12, foi confiado ao conde de Castanheira, que dada a sua influência na corte de D. João III, o levou a ser nomeado Escrivão da Fazenda por el-Rei.
Mais tarde, gozando da confiança dos regentes D. Catarina de Áustria, D. Henrique e do rei D. Sebastião, acabou por ser designado secretário de Estado.
Contudo, a sua reputação seria manchada, aos olhos dos nacionais, nos acontecimentos que, em 1580, levaram à entrega da coroa de Portugal a Filipe II de Espanha, tendo sido subornado por Cristóvão de Moura. Como recompensa, acabou por ser nomeado conselheiro de Estado pelo rei espanhol, mais tarde seu escrivão da puridade (1582) e depois, dada a sua excelente e ampla folha de serviços, foi nomeado um dos cinco membros do Conselho de Regência (1593-1598) que sucedeu ao vice-rei cardeal Alberto de Áustria.
Deixou duas obras inéditas: Autobiografia do Secretário de Estado Miguel de Moura, e Memórias da Fundação do Mosteiro de Sacavém, nas quais relata o modo como, devido a um alegado milagre, refundou o mosteiro de Nossa Senhora dos Mártires e da Conceição naquela povoação dos arrabaldes de Lisboa.
Precedido por Cardeal-Arquiduque Alberto de Áustria |
Membro do Conselho de Regência do Reino de Portugal (em conjunto com Miguel de Castro, João da Silva, Francisco de Mascarenhas e Duarte de Castelo Branco) 5 de Julho de 1593 - 1598 |
Sucedido por Francisco Gómez de Sandoval y Rojas, Marquês de Denia e Duque de Lerma |