Moscavide
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Brasão | Bandeira |
Gentílico | Moscavidense |
Concelho | Loures |
Área | 1,02 km² |
População | 12 184 hab. (2001) |
Densidade | 15 823,4 hab./km² |
Localização no concelho de Loures | |
Fundação da freguesia | 23 de Março de 1928 |
Orago | Santo António |
Código postal | 1885 Moscavide |
Endereço da Junta de Freguesia |
Rua António Maria Pais, n.º 6 1885-001 Moscavide |
Sítio | www.jf-moscavide.pt |
Endereço de correio electrónico |
jfm-geral@netcabo.pt |
Freguesias de Portugal |
Moscavide é uma minúscula freguesia portuguesa do concelho de Loures, fronteira a Lisboa, com 1,02 km² de área e 12 184 habitantes (2001). Densidade demográfica: 15 823,4 h/km².
Índice |
[editar] Geografia
Localizada no extremo sudeste do concelho, a freguesia de Moscavide faz fronteira com Sacavém, a norte, Portela, a oeste (em Loures), com Santa Maria dos Olivais, a sul (na cidade de Lisboa), e ainda com o rio Tejo, a este. Para além disso, inclui ainda uma parte do Parque das Nações, estrutura onde esteve alojada em tempos a EXPO 98.
[editar] Demografia
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1930 | 1991 | 2001 |
1 867 | 14 730 | 12 184 |
[editar] Orago
Moscavide tem por orago Santo António.
[editar] História
Moscavide é uma freguesia relativamente recente. Foi criada em 23 de Março de 1928, através do decreto n.º 15 222, por desmembramento das freguesias de Santa Maria dos Olivais (Lisboa) e de Sacavém (Loures), ficando integrada no concelho de Loures. Abrangia então os sítios da Encarnação, dos Marcos e de Beirolas, envolventes da chamada Estrada de Moscavide (à qual foi buscar o seu nome), que seguia rumo a Sacavém (curiosamente, no entanto, a dita estrada continuou integrada na freguesia dos Olivais até hoje; a parte remanescente originou a Avenida de Moscavide, que é hoje a rua mais movimentada da localidade). Mais tarde, na década de 50 no entanto, por motivos ainda não completamente esclarecidos,[1] a região de Beirolas, onde estava sediado um quartel do Exército, transitou para o espaço da freguesia dos Olivais, o que confere à freguesia a sua estranha configuração geográfica na parte oriental.
O nome Moscavide parece derivar do árabe maskabat, que significa «sementeira», denotando assim a grande antiguidade do sítio. Conhecem-se alusões em tempos antigos ao sítio de Busca-Vides, que eventualmente também terá contribuído para a formação do topónimo moderno.
Não obstante o seu reduzido espaço, Moscavide cresceu bastante, fazendo com que a freguesia fosse, durante muito tempo, uma das de maior densidade populacional do concelho de Loures. Este desenvolvimento populacional exagerado é ainda hoje recordado no seu brasão, através dos favos de mel que fazem lembrar o modo como a freguesia cresceu. Paralelamente, a vida operária deu lugar ao comércio e aos serviços, que ainda hoje são uma imagem de marca da terciarização do espaço urbano moscavidense.
Moscavide viria, em face disso, a ser elevada a vila em 3 de Abril de 1964, pelo decreto n.º 45 637.
Destaca-se, do conjunto urbano, a Igreja de Santo António, construção recente e em linhas modernas (foi inaugurada em meados dos anos 50). Moscavide integra também no seu território o Seminário do Cristo-Rei, pertença do Patriarcado de Lisboa, algumas velhas quintas (Alegria, Candeeiro, Cabeço), e antigas vilas operárias.
- ↑ Consta que a razão da passagem de Beirolas para a freguesia dos Olivais prendeu-se com o custo das comunicações telefónicas do quartel. Ficando dentro de Lisboa, os telefonemas do quartel para a capital eram mais baratos.
[editar] Projecto de criação da Freguesia do Oriente
Os habitantes do Parque das Nações defendem, actualmente, a criação da Freguesia do Oriente, cujo limite Norte será, uma vez fundada, o rio Trancão, o que, na óptica da Junta de Freguesia de Moscavide, amputará uma parte significativa de território da freguesia. No entanto, esse território não faz parte, em termos funcionais, de Moscavide, mas sim da Cidade de Lisboa. A proposta visa, portanto, adequar a divisão administrativa à realidade das populações.
Tal desejo é, em geral, recusado pelos habitantes de Moscavide que não habitam no Parque das Nações. No entanto, os partidos e organizações que defendem esta alteração administrativa (ou seja, a criação da Freguesia do Oriente dentro do Concelho de Lisboa ou, no mínimo, a inclusão de todas as áreas do Parque das Nações na Freguesia de Nossa Senhora dos Olivais) defendem ser esta a forma mais racional de gerir um espaço como o Parque das Nações, que actualmente é dividido por três freguesias e dois concelhos (além de que o Concelho de Loures, actualmente, não administra o território do Parque das Nações - por exemplo, não administra a distribuição de água nem os outros serviços municipalizados, ao contrário com o que acontece com a porte de Lisboa - recebendo apenas os impostos municipais provenientes do mesmo, o que implica um desfasamento entre quem recebe e quem actua).
Com a dissolução parlamentar em finais de 2004, ordenada pelo Presidente da República, as iniciativas legislativas em causa caducaram, mas já na presente Legislatura foram ambas de novo apresentadas à discussão pelo PSD, achando-se de momento na comissão de ordenamento territorial, para discussão.
[editar] Heráldica
Moscavide utiliza presentemente a seguinte bandeira e brasão de armas:
Um escudo de azul, faixa ondada de prata, acompanhada em chefe de uma cruz latina de vermelho, contornada e coroada de ouro, entre duas alfaces de verde orladas e realçadas de ouro; em campanha, catorze favos de ouro, postos dois, três, quatro, três, dois. Uma coroa mural de prata de quatro torres. Um listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: «MOSCAVIDE». Bandeira esquartelada de amarelo e azul; cordões e borlas de ouro e azul.
Anteriormente, Moscavide usava o seguinte brasão:
Um escudo de azul, catorze favos, postos dois, três, quatro, três, dois, dos quais o segundo e o terceiro da terceira linha e o segundo da quarta de vermelho, e os restantes de ouro, assentes num pé, também de ouro. Em chefe, à dextra, escudete de prata, com três faixas de verde, e chefe de vermelho, e à sinistra, escudete carregado com as armas de Portugal. Contra-chefe ondado de prata e azul de seis peças. Uma coroa mural de prata de quatro torres. Um listel branco com os dizeres de negro, em maiúsculas: «VILA DE MOSCAVIDE».
[editar] Património
- Capela de Nossa Senhora da Quinta do Candeeiro
- Igreja de Santo António de Moscavide
- Seminário Maior do Cristo-Rei dos Olivais